Quando saí do Brasil imaginei que não mais escreveria posts com esse título.
Mas há a internet...
Ontem, domingo, resolvi assistir a um seminário do grupo e-teacher cujo assunto seria O Nome de Deus. Claro, em um pano de fundo do estudo do hebraico bíblico.
O seminário começaria às 16:30 horas, no horário de Brasília. Portanto, para mim, 20:30 horas.
Quando estabeleci a conexão com o sítio do seminário, verifiquei que participariam dezenas de pessoas. A grande maioria composta de habitantes da terra brasileira.
As pessoas recebiam o som da central, tinham microfone para falar, podiam ligar a webcam para aparecer e havia um espaço para chat.
Antes de iniciar a palestra que duraria mais ou menos uma hora, seguida de debates (uns 20 a 30 minutos), a professora Maya Levin solicitou que todos fechassem seus microfones e desligassem suas câmeras. Para não haver microfonia e para que os que utilizam internet de baixa velocidade não fossem prejudicados pela utilização de câmeras. Pediu ainda que os participantes não ficassem a conversar pelo chat durante a palestra.
Tudo muito simples e lógico.
Mas não para brasileiros, pelo que me foi dado observar.
E ressalte-se que não se tratava de nenhuma plebe ignara. Afinal, pessoas que resolvem dedicar quase duas horas de seu domingo a uma discussão sobre questões de hebraico no Velho Testamento não parecem ser propriamente analfabetos ou imbecis.
Analfabetos certamente não os havia na plateia virtual.
Já quanto a imbecis...
O facto é que durante todo o tempo de duração da palestra a professora teve de ficar reiteradamente a pedir que desligassem microfones e que não ficassem a utilizar o chat.
Em resumo: zorra absoluta.
Decididamente, o Brasil passou do primitivismo à barbárie sem o estágio intermediário da civilização.
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