terça-feira, 29 de novembro de 2005

sexta-feira, 25 de novembro de 2005

Minhas manchetes


O blog do Josias de Souza reúne em um post, todo dia, as manchetes dos quatro principais jornais do eixo Rio – São Paulo (JB, Folha, Estadão e Globo).
Para não repeti-lo, forneço aqui manchetes que eu gostaria de ver publicadas:

Público:

Papa Bento XVI renuncia por ter se apaixonado por Elton John


Correio da Manhã:

Mario Soares é eleito presidente de Portugal
e Felipão convoca Eusébio


O Globo:

Partido dos Trabalhadores encerra atividades
com a publicação do panfleto “Desculpem qualquer coisa”


Diário do Grande ABC:

Lula garante que assassinato de Trotsky foi crime comum

quarta-feira, 23 de novembro de 2005

Penso? Existo?
(ou: Criador e Criatura)


Dia desses, meu criador levou uma amável bronca de um primo: como um indivíduo, esse Santos Passos, diz ter 44 anos e foi preso em 1.971, aos dez?!
Tem toda razão. Assim fica estranho. Vamos, então, lavar essa louça, deixar tudo em pratos limpos.
A história começa no início de 2.004, há quase dois anos. Meu criador tinha acabado de voltar de Portugal, cheio de fotos. Pretendia mostrar as fotos aos parentes. Perguntou ao filho: não há uma forma de se colocar essas fotos na Internet, pros parentes e amigos poderem ver? O filho sugeriu: por que você não faz um blog?
Foi aí que começou a funcionar este espaço aqui. Primeiro, por meio do fatídico Mblog. Mais tarde, no Blogger.
No início, ele assinava Beto, a alcunha dele desde pequeno. O nome do blog surgiu da junção de Santos (cidade natal, no estado de São Paulo, Brasil) e Passos (aldeia de origem, no concelho de Vinhais, distrito de Bragança, Portugal).
Ao passear pela blogolândia, começou a ser chamado Santos Passos pelos outros blogueiros. Confundiam o blog com o autor, caso banal de metonímia.
Quando da mudança para o Blogger, pareceu natural adotar como nome o tal Santos Passos. Num acesso de inventividade, meu criador tascou-me o pré nome Renato, sob pretexto de um duplo nascimento, esquecido de que se tratava apenas de dupla nacionalidade. Mas o homem é passional. Fazer o quê.
Por ter se esgotado a criatividade do tal Beto, eis que o dito cujo foi buscar nas obras do pai um novo nome para o blog. Foi quando virei definitivamente criatura, Renato Santos Passos. O blog passou a ser Meu Bazar de Ideias (primeiro com acento, como se grafa no Brasil. Depois, sem ele, como é o uso em Portugal).
Problema até hoje não resolvido foi a questão de meu nascimento. O Beto nunca se decidiu. Uma hora diz que nasci em 03 de dezembro, data do registro dele como português. Outra hora me faz nascer em 26 de junho, data da morte do pai. Enfim, mais confuso que o governo Lula. Quanto ao ano de nascimento, então, nem se fala: ora nasci em 1.961 (ainda graças à data da morte do pai) e tenho, portanto, 44 anos. Ora nasci junto com ele, em 1.945. O homem não sabe o que fazer.
Meu criador é assim mesmo: confuso. Além do mais, como acostumou-se, durante a militância política, a ter codinomes, vai criando personagens assim, sem muito planejamento. Qualquer dia falo sobre os codinomes que ele tinha nos tempos da ditadura militar.
Por enquanto (pelo enquanto, como ele falava quando era pequeno), ficamos assim: real, real mesmo, é o Beto (será?). Sou um personagem, um avatar do Beto. Temos, ele e eu, diferenças e semelhanças: ele, no Brasil, é torcedor do São Paulo F. C., eu, do Santos F. C. . Já em Portugal, somos – ambos – F. C. do Porto. Ele é agnóstico. Eu sou ateu, mesmo. E por aí vai.
Qualquer dia volto ao assunto. Se ele deixar.

sábado, 19 de novembro de 2005

Pequenos prazeres


Já que ainda estou derrubado, olhos vermelhos, sem poder ler A Entrega - memórias eróticas, de Toni Bentley, vamos a um Real Madrid x Barcelona.
Sem esquecer a Grappa, como digestivo.

Saúde!








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Ontem, lenços de papel de um lado, colírio do outro, assisti ao filme Depuis q'Otar est parti...Sei que é um filme de 2003. Se você é ligadão em cinema já assistiu. Caso seja como eu, que não me apresso em assistir aos filmes, não deixe de ver.
De uma ternura acima de qualquer ironia.

terça-feira, 15 de novembro de 2005

Pílulas Paloccianas


No momento em que o ministro da Fazenda está pela bola sete, cabe fazer duas observações:

1. Nunca entendi esse negócio de auto-crítica. Eu, por exemplo, quando me dei conta de que tinha feito tudo errado em política, simplesmente enfiei a viola no saco e fui cuidar da minha vida. Já os Genoínos et caterva não. Eles fazem as besteiras, aí fazem auto-crítica e continuam a fazer besteiras.
Agora, Paloccinho meu querido, ter sido da Libelu não dá direito a auto-crítica. É ridículo demais. Parodiando Nicolau, ninguém foi da Libelu impunemente.

2. Palocci me lembra um outro político do meu tempo de infância: o ex-goleiro do Santos F.C., Athiê Jorge Cury. Athiê foi goleiro do time do Santos campeão paulista de 1.935. O futebol era ainda amador. Então, quando os jogadores encerravam a carreira, arrumavam pra eles uns empregos excelentes, tipo conferente das Docas (naquele tempo era bom).
Athiê enveredou pela política e se deu bem. Durante muitas eleições foi o deputado federal mais votado no estado de São Paulo. Foi prefeito de Santos.
Conta a lenda que sua mãe, já anciã, ao ver o filho tornar-se tão proeminente, teria afirmado:
- Se soubesse que o Athiê ia ser tão importante, eu o teria obrigado a aprender a ler e escrever.
Palocci: aqui entre nós, se você soubesse que ia tornar-se o Ministro por excelência do governo federal, herói dos mercados financeiros, não teria aprontado as lambanças que aprontou em Ribeirão, né não?
(o diabo é que – nesse caso – não teria chegado lá)

Vestidos


Se fosses um vestido pendurado em um cabide no closet de tua dona: preferirias que ela te esquecesse pra ficares quietinho em teu canto ou gostarias que ela te usasse com freqüência, para passeares por lugares lindos (e envelhecer depressa)?

sábado, 12 de novembro de 2005

sábado, 5 de novembro de 2005

Poesia pura


Não faço a mínima ideia de se a ALCA é algo bom ou não para os países cucarachas. Mas gostei do quase hai kai do Hugo Chaves:

ALCA, ALCA,
Al carajo!

terça-feira, 1 de novembro de 2005

Imaginários


Subo na esteira (/passadeira) e começo a caminhada. Da varanda de meu quarto vejo o skyline do Morumbi, ao norte.


Ritmo constante, pensamento solto, lá vou eu, nesse passeio imaginário que a tecnologia me proporciona.
Aos poucos, a esteira se prolonga. Estou na Promenade des Anglais, Nice.


Na baía des Anges, as praias se sucedem: Galion, Ruhl, Lido, Sporting, Blue beach. Ultrapasso o Hotel Negresco. E continuo: Neptune, Forum, Voilier, Florida, Bambou, Miami, Régence. Os aviões não param de subir, descer. O aeroporto é logo ali.
Logo ali, depois da pequena ponte que me leva da margem direita do riacho ao lado de lá, à margem esquerda.


E as árvores da Promenade de la Rivière de l’Arc me protegem do sol, esse sol que enche Aix-em-Provence de luz e cores.


Agora o piso é acidentado. É preciso tomar cuidado com os seixos que se espalham pelo caminho de terra batida.
Por esse chão de terra chego até a estrada que corta Passos, estrada de asfalto da qual avisto a montanha que limita o vale. E lá no alto do monte já é Espanha.


Bem perto, pra lá dos edifícios do Morumbi. Pra lá desse horizonte recortado de prédios.


Morumbi, Nice, Aix, Passos, Espanha. Tudo real, tudo imaginário. Categorias que a navalha de Ockam há muito deveria ter destruído. Conceitos de que a filosofia se utiliza pra tentar inutilizar nossas vidas. Este skyline, estes aviões indo e vindo, esta Espanha próxima, este burburinho de água do riacho, estes ancestrais vivos na memória. Imaginários. Reais.
Aqui. Em mim.