tag:blogger.com,1999:blog-69936242024-03-08T00:47:57.422+00:00Meu Bazar de IdeiasÉ incrível como, pensando bem, as coisas são simples.Santos Passoshttp://www.blogger.com/profile/03949006643909196835noreply@blogger.comBlogger2099125tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-51275808121188263992017-02-02T15:13:00.000+00:002017-02-02T15:13:40.396+00:00Necrológio<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Este blog, já moribundo há tempos, morre hoje.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sem foguete, sem retrato, sem bilhete, sem luar, sem violão. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Exatamente como o amor cantado por Noel Rosa em "Ultimo desejo".</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ou quase. Afinal, este derradeiro post não deixa de ser bilhete de despedida.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No exato dia em que o blog deveria comemorar 13 anos de vida.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ficam aí seus órgãos - seus posts - para que os aproveite quem deles precisar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Basta citar a fonte.</span><br />
<br />Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-37834681086543319062016-12-28T22:08:00.000+00:002016-12-28T22:10:48.338+00:00Desastre<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Quando eu tinha
dezesseis anos, aconteceu que meu pai morreu.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Uma morte cercada de
detalhes que agora não vêm ao caso.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Estava eu sentado em
uma cadeira lateral no templo da Primeira Igreja Batista de Santos, o
corpo de meu pai dentro de um caixão flutuava junto ao púlpito em
que ele pregara por vinte e cinco anos.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Sentou-se a meu lado um
indivíduo ainda jovem, moreno, cujo nome jamais lembrarei.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Ele sentenciou:</span></div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- <i>Chore! Chore,
porque eu não chorei quando da morte de meu pai. E nunca mais
consegui chorar na vida</i>.</span><br />
<div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Não tenho, é
óbvio, a menor ideia de como foi a vida daquele rapaz. Quanto a
mim, não chorei na morte de meu pai e chorei muito depois disso.</span><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Até e principalmente
agora. Quando o que mais prezava na vida me deixa a olhar o vazio.</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
</div>
Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-53337871377906654142016-07-30T22:30:00.001+01:002016-07-30T22:30:20.135+01:00Imbecilimpíadas<div style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<span style="line-height: 19.32px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O Jornal da Noite, da TV SIC, apresentou reportagem sobre o assassinato de 11 atletas da delegação de Israel por terroristas palestinianos, em Setembro de 1.972.</span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não pude acompanhar detalhes da tragédia à época. Fiquei na cadeia todo o ano de 1.972. Mais tarde, já em liberdade, inteirei-me dos fatos.<br />Mas esse acontecimento não frequentou muito a imprensa ocidental nos últimos 44 anos. E a razão é simples: a esquerda, em toda parte, era (e é) a favor do grupo t<span class="text_exposed_show" style="display: inline;">errorista.<br />A reportagem da SIC, muito bem feita, mostra declarações actuais de atletas da delegação olímpica portuguesa da época. Chocou-me a pouca importância que até hoje concedem à tragédia. Que à época o fizessem é quase compreensível. Jovens empolgados pelo desafio olímpico, teriam encarado a tragédia apenas como um acidente de percurso. Mas 44 anos depois continuam a pensar assim?!<br />Junta-se à minha perplexidade a surpresa com a actual disposição de atletas de todos os países a quererem competir nas Olimpíadas do Rio a qualquer custo.<br />Já passou da hora de reconhecer-se o mal que a quase totalidade das modalidades desportivas olímpicas (ditas de alto rendimento) causam ao ser humano.<br />Indivíduos completamente alheados de tudo que não seja seu preparo para determinado desporto deformam o próprio corpo, suportam dores constantes e intensas, tudo para atingir recordes. Além de se doparem das mais variadas formas.<br />E todos a afirmarem que "desporto é saúde".<br />Se eu ainda me interessasse por alguma causa, lutaria pelo fim das olimpíadas.</span></span></div>
Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-44120266496292726632016-07-03T14:48:00.000+01:002016-07-03T14:48:00.747+01:00Recato e memória<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Li ontem, no Facebook de uma amiga, a história do assassinato, em 1.957, do pai de Jânio da Silva Quadros, ex-presidente brasileiro.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na época eu tinha 12 anos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por isso fiquei espantado. Como foi possível que eu desconhecesse tal história?!</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aos 12 anos eu lia todo santo dia o jornal A Tribuna. Era o jornal da cidade de Santos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Primeiro lia tudo sobre esportes. Aliás, quase só futebol.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em uma das raras vezes em que meu pai me aconselhou de modo simpático, sem ser autoritário, lembro que me disse:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Não é preciso ler tudo. Leia apenas os títulos e os resumos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(ainda não se usava "lead"...)</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Talvez justamente por ter ele sido simpático, não segui o conselho.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Lia também tudo sobre política. Quando, entretanto, minha irmã assinou o Diário Oficial do Estado de São Paulo, passei a ler os discursos dos deputados na Assembleia Legislativa.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nomeadamente os discursos do deputado batista João Hornos Filho (ainda não havia "bancada da Bíblia"), cuja propaganda eleitoral aproveitava-se das iniciais de seu nome e perpetrava:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Justiça, Honra e Fé.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mesmo assim, passou-me despercebido o "caso" Gabriel Quadros.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É verdade que, em casa de meus pais, assuntos de alguma forma vinculados a alcova passavam longe de meus ouvidos. Meus pais não os comentavam diante dos filhos. Ao menos do filho pequeno, eu.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quem sabe minhas irmãs tenham tido conhecimento contemporâneo do imbroglio. Afinal, já viviam em São Paulo, à época.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quanto a mim, só agora fico a saber que a loucura de Jânio era hereditária.</span><br />
<br />Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-64192352776607992642016-06-06T23:05:00.001+01:002016-06-06T23:05:29.452+01:00Para quando Paulo Coelho?<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não li e não gostei.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É minha convicção a
propósito de Paulo Coelho e de vários outros escrevinhadores.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Certeza assim causa-me algum
desconforto mas é inelutável.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O argumento de Janer
Cristaldo na defesa de tal postura ajuda um bocadinho:</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se milhões de pessoas
afirmam gostar desse ou daquele romancista, ele não é recomendável.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não há milhões de
pessoas de bom gosto.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Cá em Portugal há
José Rodrigues dos Santos. Âncora do Jornal das Oito da RTP, a TV
estatal.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Escreve romances como
quem come cerejas.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em Português e em
outros idiomas vende milhões de exemplares.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Meteu-se, agora, em
polêmica ao afirmar, em um de seus últimos produtos, que o fascismo
originou-se do socialismo marxista.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por querer inteirar-me
do sarilho fui à leitura de textos sobre. Nomeadamente o de
Francisco Louçã e o de António Araújo.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A discussão recente
não me entusiasmou. Mas levou-me a textos do final de 2.014 de
António Araújo.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="http://chovechove.blogspot.pt/2014/11/jose-rodrigues-dos-santos-por-antonio.html" target="_blank">Em cinco primorosos capítulos</a>, AA disseca os milhares de romances de JRS (relevem algum
exagero).</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Descobri que uma
idiossincrasia alheia pode ser-me benéfica.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como os comentários de
leitores ao fim de cada capítulo confirmam, é mesmo assombroso que
alguém que não gosta de um escritor dedique tempo e cachimônia a
esmiuçar sua obra em tanto detalhe.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Acontece que essa
atitude incomum permitiu que eu substituísse a desagradável leitura
de mais de uma dezena de calhamaços (cada romance de JRS não
ocupa menos de 500 páginas) pelo prazer da leitura de cinco
textos. Embora um bocadinho longo, esse pentateuco nos faz rir
imenso. E transforma seu leitor em especialista em José Rodrigues
dos Santos.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aguardo algum outro
doidivanas que faça o mesmo com o obrar de Paulo Coelho.</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-54769371636625636492016-05-13T22:02:00.000+01:002016-05-14T00:46:23.072+01:00Nunca conheci quem tivesse levado porrada - 001<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Começo aqui a série inspirada no "Poema em linha reta", de Álvaro de Campos:</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><i>Nunca conheci quem tivesse levado porrada.</i></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><i>Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.</i></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">(...)</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">E começo por vilania antiga.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Corria o ano de 1979. Talvez início de 80.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Por ter três filhos pequenos, pensei que seria bom se eles convivessem desde logo com um cão.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Resultou cadela, apesar de não existir ainda a tal ideologia de gênero.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Decorrido pouco tempo, dei-me conta de que o interesse dos putos pelo animal caiu a zero.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Os pais não sabíamos cuidar de animais.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">E a cadelinha, que eu havia batizado de Laura, pois à época eu trabalhava em uma biografia de Cipriano Barata, pai de outra Laura, era um tanto desengonçada. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Por tudo isso, certo dia a meti em meu automóvel, levei-a a uma rua habitada mas com piso de terra e lá a deixei.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Espero que minha doce Doga, já no apogeu de seus anos, não leia esta minha confissão.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><i>Nota: Havia escrito que o nome da cadelinha era Veridiana. Minha ex-esposa corrigiu. Ambas, Veridiana e Laura, eram filhas de Cipriano Barata. Eu me confundi. Está já corrigido.</i></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><i> Cipriano Barata era casado com
dona Ana Joaquina de Oliveira e tinha seis filhos: Cipriana Sibila, Horácio
Cipriano, Iria Joaquina, João Raimundo Nonato, Laura Cipriana e Veridiana
Rosa.</i></span>Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-35762055615441614522016-05-08T21:46:00.000+01:002016-05-08T21:46:33.169+01:00Santos, Osasco e futebol<div style="background-color: white; color: #141823; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<span style="line-height: 19.32px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nasci em Santos, trabalhei quase vinte anos em Osasco.</span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nada disso é significativo.<br />Mas acontece que uma equipa de Osasco, o Audax, disputa - nesse instante - o título de campeão paulista com o Santos F.C..<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br />Jamais fui adepto do Santos. Quanto ao Audax, nunca soube de sua existência.<br />Neste momento, o Santos vence com um golo do pastor Ricardo Oliveira. Antigamente pastores não marcavam golos, a não ser em sentido metafórico.<br />Mas o Audax me impressiona por mostrar alguma qualidade.<br />Deixei até de lado o jogo do Benfica com o Marítimo...<br />Tudo isso faz parte da desconversa que costuma exacerbar-se aos domingos.</span></span></div>
Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-68553257964287764712016-05-05T13:10:00.004+01:002016-05-05T13:10:38.964+01:00Dia da Língua Portuguesa<div style="background-color: white; color: #141823; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 19.32px;">Em meu caso não há paradoxo. Aquiles vence a corrida com a tartaruga.</span><span style="line-height: 19.32px;"> </span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aquiles é o conhecimento, o saber.<br />A tartaruga sou eu.</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; line-height: 19.32px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="margin-bottom: 6px;">
Ao tornar-me português, quis passar a usar a língua portuguesa em sua modalidade europeia. Escrever como português. Falar como português.<br />Não é tarefa simples. Percebi isso já nos Correios, ao me perguntarem se desejava Aviso de Receção. Pensei logo que seria alguma advertência em relação à crise de 2.008. Despendi algum esforço até perceber que se tratava do popular AR (Aviso de Recebimento).<br />Não desisti. Passei a escrever "facto" para referir-me não a roupa mas a acontecimento.<br />Aí, cá em Portugal, ratificaram o tal Acordo Ortográfico. Quase tudo passou a ser escrito como no Brasil Quase.<br />Quase todos os opinadores e politólogos continuaram a utilizar a grafia antiga. Quase.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
E eu fiquei como o guarda-redes traído pelo contrapé: ao inclinar-se para um lado vê a bola entrar no outro.<br />Ou, ainda em metáfora de futebol: senti-me como aquele defesa brasileiro. Veio jogar na Itália. Não aprendeu italiano e esqueceu o português.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Hoje é o dia da língua portuguesa.<br />Qual delas?</div>
</span></div>
Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-13162355990925824412016-04-14T21:44:00.001+01:002016-04-14T21:44:28.422+01:00Luta de qualquer coisa<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A luta de classes saiu de moda. Afinal, é mesmo cada vez mais difícil definir o que seja "classe". Mais ainda fazer com que lutem umas contra as outras.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vai daí, é preciso descobrir novas formas de pôr setores da sociedade em conflito.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Qualquer coisa serve.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Há negros e brancos? Joguemos uns contra os outros. Como a escravidão já vai um tanto longe no passado, que tal lançar a ideia de cotas que privilegiem negros a pretexto de que até aqui foram injustiçados?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Há homossexuais e heterossexuais? Lancemos no ar a ideia de combate à homofobia. Os homossexuais já têm largo espaço na sociedade? Já são até nicho cobiçado pelo marketing? Não faz mal. Ainda é possível colocar em luta os dois grupos. Basta atuarmos fortemente na busca desse objetivo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Há homens e mulheres? Vamos explorar a identidade de gênero. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nessa vertente, o Bloco de Esquerda (BE), em Portugal, lançou-se destemidamente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Considerando que não há mais guerras, não há terrorismo, não há fome no mundo, não há mais problemas reais, lancemo-nos aos problemas imaginários.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Até há pouco, Portugal identificava seus cidadãos por meio do BI (Bilhete de Identidade). De uns anos para cá, surgiu o Cartão do Cidadão, a reunir em um só documento a identidade civil, o número de contribuinte, o número da segurança social e o número de utente de saúde. Pode ser manipulado em computador e guarda, sob senha, informações como a morada do indivíduo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Para o BE o importante é que o nome desse documento gera uma indesculpável discriminação das mulheres. E exige que a denominação seja alterada para Cartão da Cidadania.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Menos mal.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se estivéssemos sob o governo Dilma, no Brasil, a "presidenta" exigiria: Cartão do Cidadão para homens, Cartã da Cidadã para mulheres e Cart d Cidad para @s demais.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Dessa maneira chegaremos inevitavelmente ao socialismo. Isso quanto aos homens.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As mulheres chegarão à socialisma. Etc etc.</span>Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-82074869774306108752016-04-13T14:04:00.003+01:002016-04-13T14:08:01.940+01:00O melhor do mundo<div class="" data-block="true" data-editor="7k1qe" data-offset-key="fiptu-0-0" style="background-color: white; color: #373e4d; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="fiptu-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span style="font-family: 'trebuchet ms', sans-serif; font-size: large;">Em uma reportagem sobre o túnel do Marão, publicada no portal da RTP, dia 09/04/2016, li o comentário de um bem humorado português:</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="7k1qe" data-offset-key="9710c-0-0" style="background-color: white; color: #373e4d; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="9710c-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;">"Surpreende-me. Tudo o que se faz em Portugal costuma ser o melhor ou o maior do mundo. Por que raio este feito, agora é apenas o maior só da Península Ibérica? Enganaram-se a medir! "</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;">Comecei a perceber este hábito nacional antes de vir cá morar. Visitei Figueira da Foz em um dia cinzento e chuvoso. Toda gente sabe que praia com chuva é como dançar com irmã: não tem a menor graça. O que podíamos fazer, minha mulher e eu, era entrar em um restaurante e almoçar.</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;">Pedimos camarões e ouvimos do dono do restaurante a convicta informação de que iríamos saborear o melhor camarão do mundo. Nem mais nem menos.</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;">Já lá se vão uns doze anos e entretanto não parei de ouvir e ver diferentes "melhores do mundo".</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;">O azeite de Macedo de Cavaleiros, os pastéis de nata, o vinho do Douro, as praias do Algarve, as alheiras de Vinhais, a cortiça do Alentejo, os ovos moles de Aveiro, o Cristiano Ronaldo, o José Mourinho, o queijo da Serra da Estrela, as sardinhas de Matosinhos, os leitões de Mealhada, uma lista infindável de "melhores do mundo".</span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;">O túnel do Marão talvez não seja mesmo o maior do mundo. Mas, pra mim, que vivo pra cima e pra baixo da autoestrada A4, passa a ser o melhor do mundo.</span></div>
</div>
Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-10710380668729737162016-04-09T18:41:00.003+01:002016-04-09T18:41:21.536+01:00Câmbio fixo, amor volátil<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Agora entendo por que Fernando Henrique Cardoso manteve o real sobrevalorizado durante todo seu primeiro mandato.<br />É que a mesada dada por ele à ex-amante era em dólar.</span></div>
Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-80509688564461493832016-04-04T17:17:00.000+01:002016-04-04T17:17:07.402+01:00Minhas bibliotecas (1)<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A maioria das pessoas
que eu conheço nasceu em hospitais. Eu nasci numa biblioteca.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Minha mãe deu-me à
luz em casa.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E a casa de meus pais
era entupida de livros. Nela quase não se viam as paredes.
Cobriam-nas estantes abarrotadas de livros.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Fosse meu pai um
comerciante, eu cedo teria aprendido a diferença entre fatura e
duplicata.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em vez disso,
apaixonei-me por livros.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Esse meu berçário,
essa manjedoura ao pé da qual os animais e os magos e a estrela guia
brotavam da imaginação do leitor, foi minha primeira biblioteca.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Minha em termos. Era de
meu pai. Graças a esse detalhe, vivi minha primeira experiência com
a censura. A cada livro que eu pegava para ler era preciso submetê-lo
ao juízo paterno, que decidia se era leitura para um guri de 10 anos
ou pouco mais.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Foi assim que li Coelho
Neto. E não li Machado de Assis.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">De Monteiro Lobato só
me eram permitidos os livros para crianças. Os demais ficavam no
índex.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Um livro de contos de
Humberto de Campos mereceu censura seletiva. Meu pai, cuja
honestidade tinha o bônus de uma acentuada ingenuidade, assinalou
com uma pequena cruz o título de cada um dos contos que eu deveria
evitar.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O leitor pensou certo.
Foram os primeiros que li. E que me presentearam com alguns
pesadelos.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Com a morte de papai,
minha mãe resolveu doar a biblioteca à Faculdade de Teologia, em
São Paulo. E, ao preparar nossa mudança de Santos, autorizou-me a
separar um ou dois caixotes de livros que eu quisesse manter. Escolhi
com cuidado os que me eram mais queridos.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ao chegar a São Paulo
o caminhão com a mudança, constatei que haviam confundido os
caixotes de livros. Os que eu escolhera foram para a Faculdade. Para
mim vieram dois caixotes com livros guardados ao acaso. Não me
lembro de nenhum que me despertasse interesse.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Perdi minha primeira
biblioteca. Mas não seria a última perda.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(continua)</span></div>
Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-41264814746356242372016-03-31T11:50:00.003+01:002016-03-31T11:50:27.273+01:00A fé de Lula<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">Encontrou o Lula no aeroporto de Brasília.<br />- Que é que você tá fazendo aqui?<br />- Tô esperando o Messias. A Dilma me avisou que ele tá vindo pra me salvar.</span></div>
Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-16527936192947846652016-03-22T23:04:00.001+00:002016-03-23T11:39:30.802+00:00Pela sobrevivência da Europa<div class="" data-block="true" data-editor="6fd9s" data-offset-key="al651-0-0" style="background-color: white; color: #373e4d; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="al651-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<div class="" data-block="true" data-editor="6fd9s" data-offset-key="al651-0-0" style="background-color: white; color: #373e4d; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="al651-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<div style="color: #141823; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; white-space: normal;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Quando eu estava nas mãos do DOI-CODI (1.971/1.973), aparelho de tortura da ditadura militar brasileira, passada a fase mais brutal, era comum ouvir dos torturadores::<br />- Vocês criticam a tortura, mas sem ela não chegaríamos a lugar nenhum. Sem tortura vocês não falariam nada.<br />Foi assim que a "esquerda revolucionária" sul-americana foi facilmente aniquilada.<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br />Os Tupamaros, no Uruguai, os Montoneros, na Argentina, o conjunto da esquerda no Brasil caíram como castelo de cartas.</span></span></div>
<div class="text_exposed_show" style="color: #141823; display: inline; line-height: 19.32px; white-space: normal;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br />
<div style="margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">É verdade que alguns remanescentes chegaram ao poder recentemente, por via democrática. Mas isso é outra história.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">
</span>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">As previsões são de que existem presumíveis 12.000 terroristas islâmicos na Europa, actualmente. Ou seja, um nada.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Como dar cabo deles?</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Vai ser necessário que a Europa aceite sacrificar algo dos direitos à privacidade, dos direitos de ir e vir, para que se consiga destruir esse cancro.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Será preciso chegar ao limite que separa a civilização da tortura.</span></div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Um facto que me impressionava sobremodo na repressão brasileira nos anos 70: não existia a chamada "inteligência" na investigação. Tudo era obtido sob tortura. A burrice dos interrogadores era notável.<br />
Será preciso, no caso actual, substituir a tortura por inteligência, valendo-se dos recentes avanços tecnológicos na comunicação e na informação.<br />
Actos terroristas como os de hoje, em Bruxelas, causam muito dano, muito sofrimento, mas são fruto do "trabalho" de não mais que meia-dúzia de fanáticos.<br />
Acabar com esses malucos é mais fácil do que aparenta ser.<br />
Mão à obra, Europa!<br />
Lutemos em nome das vítimas inocentes que tombaram hoje.</div>
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcc-8ztkd-1CGgBnSHfHUK6SvwDMofBA2MT3dj5G5PTwMcBlSfwR0K5PSLXzy14I3x4KHSD2FQN7vGwV4IttfGZ3eSHrNZwBitwtq5L7pxzhT8HSmDxSkOPGncDhSvrJoaS90A/s1600/Atentado+Bruxelas+02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="167" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcc-8ztkd-1CGgBnSHfHUK6SvwDMofBA2MT3dj5G5PTwMcBlSfwR0K5PSLXzy14I3x4KHSD2FQN7vGwV4IttfGZ3eSHrNZwBitwtq5L7pxzhT8HSmDxSkOPGncDhSvrJoaS90A/s320/Atentado+Bruxelas+02.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-29228798546597503922016-03-17T23:02:00.000+00:002016-03-17T23:02:00.184+00:00Do tamanho do mundo<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em 1.968, conheci
Henrique Setti Neto.
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ele dava aulas de
Português e eu de Matemática no curso CAPI, preparatório para
faculdades.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ficámos amigos.
Imensamente amigos.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Algum tempo depois ele,
Henrique, trouxe para o CAPI um jovem professor português, Luís
Pardal.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Entrou em nossa equipe,
a dar aulas de História. E foi um dos que abandonaram o CAPI quando
fui demitido. Todos em solidariedade a mim.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando casei-me pela
primeira vez, Pardal foi meu padrinho de casamento.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Antes, ele já fora
chamado pela repressão da ditadura a prestar depoimento.
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu fui preso,
condenado, fiquei preso quase um ano e meio. Nada a ver com Pardal.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas tudo isso me fez
perder contato com ele.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Milhares de anos
depois, Henrique faleceu.
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu vim viver em
Portugal.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pardal, à procura de
Henrique, encontrou-me na Internet.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Também graças à web,
encontrei André Setti, filho de Henrique.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mesma aparência.
Igualmente poeta.
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Levo agora Pardal a
André, para que celebrem a memória de Henrique.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E que esse mundo
pequeno, onde todos se encontram, se engrandeça nessa união.</span></div>
Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-56075993759108169072016-03-08T23:08:00.000+00:002016-03-08T23:11:10.962+00:00Tristeza hilária<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Confesso que quando li
Alberto Gonçalves, no DN deste domingo (6/03/16), a mencionar que o
ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do governo
português havia dito, na Assembleia da República, “tenhemos a
humildade” , julguei que algo ia mal com a cabecinha de meu
homônimo.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Foi ao ler Rentes de
Carvalho a referir o mesmo episódio que resolvi investigar.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Vai aí o vídeo.</div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
E fica comigo a
tristeza de ver Portugal entregue a essa gente.</div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/yPp3CBp1XEw" width="420"></iframe></div>
Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-82479187748038842862016-02-25T15:13:00.001+00:002016-02-25T15:13:22.266+00:00Zambujo e Miguel Araújo<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Do cante alentejano a Lupicínio.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Do fadista Max (Rosinha dos Limões) a Nelson Gonçalves (A deusa da minha rua), Chico e Caetano.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">A singular voz de Zambujo, a competência musical e o encanto da voz de Miguel Araújo.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Cenário e iluminação inspirados.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Coliseu do Porto abarrotado, a cantar em uníssono.</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br />Experiência inesquecível.</span><br />
<br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5U2hOpIwaDN1efZK56FNPTJLehlAveEMr9VU05y2RdzBZe9XprrF7vJ3MPS586bKu9uTx_hChNea6afFivg79iRG0QT8MKioYAFWDhqS-jsMgwkp90szn_YblC4NRWlSO6Iag/s1600/20160225_001004.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5U2hOpIwaDN1efZK56FNPTJLehlAveEMr9VU05y2RdzBZe9XprrF7vJ3MPS586bKu9uTx_hChNea6afFivg79iRG0QT8MKioYAFWDhqS-jsMgwkp90szn_YblC4NRWlSO6Iag/s320/20160225_001004.jpg" width="320" /></a></div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br /></span>Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-2164403336978633572016-02-22T17:21:00.001+00:002016-02-22T17:21:37.200+00:00Amantes, jornalistas e outros bichos<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Esse episódio das recentes declarações da ex-amante de Fernando Henrique Cardoso me leva a pensar a respeito de alguns aspectos deontológicos do jornalismo tupiniquim.</span><br /><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No Brasil, os jornalistas costumam evitar a conversão de temas de alcova em matéria jornalística. </span><br /><br />
<br /><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O excelente Carlos Brickmann, por exemplo, entende ser essa atitude essencial a um jornalista:</span><br /><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span><br />
<h4 style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #303030; font-weight: 300; line-height: 1.2; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Diz Ricardo Kotscho, grande jornalista, que foi secretário de Imprensa do presidente Lula: “Tenho por norma de conduta como jornalista não tratar da vida privada de políticos nas análises que faço (…) Limito-me a relatar e comentar fatos de interesse público”. Normalmente, discordo de todas as ideias de meu amigo Kotscho, até quanto a futebol; mas temos o mesmo conceito de jornalismo, o que muito me honra. Quem não tem esse conceito jornalista não é.</span></h4><div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Macaco, olha teu rabo, in Chumbo Gordo, 20/02/2016)</span></div><div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Foi necessário que a ex-amante botasse a boca no trombone para que os jornalistas corressem em peso a declarar que "</span><span style="color: #333333; line-height: 18px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Até o gramado do Congresso sabia da relação extraconjugal entre o senador e a jornalista." (Augusto Nunes, A ressentida e a vigarista, Direto ao Ponto, in Veja on line, 20/02/2016).</span></span></div><div><span style="color: #333333; line-height: 18px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div><div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não vou aqui discutir a validade de tal norma deontológica. Lembro apenas que não se trata de preceito universal.</span></div><div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Que os jornalistas brasileiros obedeçam tal orientação me parece compreensível. Apenas gostaria que deixassem de lado a corriqueira afirmação de que o distinto público está sempre em primeiro lugar. </span></div><div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Afinal, nesse episódio como em muitos outros do gênero, nós - ouvintes, leitores, telespectadores, internautas - ficamos aquém da grama do Congresso. </span></div><div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Somos apenas outros bichos.</span></div>Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-62561542387220133452016-02-17T17:46:00.000+00:002016-02-17T17:46:26.615+00:00Antroponímia – do patriotismo pueril ao indigenismo burgesso<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Além do <i>Aedes Aegypti</i>,
há outra praga que assola o Brasil: a mania de meter nos nomes
próprios termos como Kaiowá, Guarani-Kaiowá etc etc.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ainda bem que o
fenômeno se restringe – até onde sei – ao Facebook.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Um curioso trabalho do
historiador Helio Vianna (1.908-1.972), publicado no <i>Jornal do
Comércio</i>, do Rio de Janeiro, a 23/11/1962, dá inúmeros exemplos de
algo semelhante acontecido logo após a independência do Brasil,
anos 1822 a 1824.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Muitos brasileiros
abandonaram seus sobrenomes de origem lusitana para adotar outros
pretensamente “nativos”.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Alguns exemplos:</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No Rio de Janeiro:</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>“</b>Além dos nomes,
hoje diríamos nacionalistas, que publicamente se adotaram, outros
permaneceram secretos na Maçonaria e na carbonária Nobre Ordem dos
Cavaleiros da Santa Cruz, o Apostolado carioca de 1822/1823. Assim,
se naquela foi o Príncipe Regente, depois Imperador D. Pedro I,
astecamente cognominado Goutimozim (<i>sic</i>), na segunda coube essa
designação indo-mexicana (Guatimosin) ao Ministro da Fazenda,
Martim Francisco Ribeiro de Andrada.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Seus irmãos, José
Bonifácio de Andrada e Silva, “Cônsul” do Apostolado, e Antônio
Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva, “Apóstolo”, foram,
brasílica e britanicamente, Teberiça (<i>sic</i>) e Falkland,
respectivamente. D. Pedro, “Arconte-rei”, romanamente começou
como Rêmolo, nome logo corrigido para Rômulo.<b>”</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na Bahia:</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>“</b>No jornal <i>O
Independente Constitucional</i>, a partir de 1º de março de 1823
publicado na vila da Cachoeira, redigido pelo famoso bacharel
Francisco Gomes Brandão Montezuma, futuro senador do Império e
Visconde de Jequitinhonha, registraram-se aquelas mudanças de nomes.
(…) seu próprio redator declarou que dali por diante seria seu
nome Francisco Gê Acaiaba de Montezuma, curiosa aproximação do
prenome português a sobrenomes respectivamente tapuia, tupi e
asteca. (…)</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(…) Manuel José
Milagres, transformado em Manuel José Olandim.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(…) Sobrenomes
idênticos a nomes de cidades portuguesas foram especialmente
rejeitados pelos nacionalistas baianos de 1823.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(…) Manuel da Silva e
Sousa Coimbra passou a Manuel da Silva Caraí; Inácio Joaquim
Pitombo Lisboa abandonou a lembrança da capital lusitana; outro
Lisboa passou a Antônio Cosme Baiense, José Luís Valença trocou-a
por Baitinga. (…)
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Até portadores de
antigos e fidalgos sobrenomes, vindos do século XVI, trocaram-nos
por outros, aparentemente mais brasileiros. Foi o que aconteceu a
José Garcia Cavalcanti de Albuquerque Aragão, que passou a ser José
Cavalcanti d'Caramuru (<i>sic</i>) Imbiara. Ou Francisco da Cunha Nabuco de
Araújo, transformado em Francisco Cambuí de Itapagipe. (…) Não
ficaria esquecido o rio Paraguaçu, por José Pedro Alexandrino de
Morais, depois José Pedro Paraguaçu. Topônimo mais longínquo
adotou Caetano Pascoal dos Santos, transformado em Caetano de Araújo
Mato Grosso. (…)
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Reminiscência africana
apareceu no novo nome do Padre Manuel José de Freitas, Manuel Dendê
Bus. (…) <b>“</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E muito mais em
Pernambuco e Ceará revolucionários de 1824, a confirmar a suspeita
de que o festival de besteiras que assola o Brasil tem raízes
antigas.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(trechos extraídos de
Helio Vianna, Vultos do Império, Companhia Editora Nacional, 1968)</span></div>
Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-61102683518175359712016-02-15T22:50:00.002+00:002016-02-15T22:50:25.479+00:00R. Osvaldo Cruz, 460 - Santos/SP/Brasil.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqN0CzIkgb4-TZOj0-_uADOyXIg1IYwknfxCmTYlpjClBYID2btgf8WOma2Et-MLoWvDoAHMmrWpm4jlQQqOqZGN0y-9bzxNHfLK5VuA6EYmttNfFPPze8pi_Cb7CRQ6PhdovA/s1600/Osvaldo+Cruz+460+01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqN0CzIkgb4-TZOj0-_uADOyXIg1IYwknfxCmTYlpjClBYID2btgf8WOma2Et-MLoWvDoAHMmrWpm4jlQQqOqZGN0y-9bzxNHfLK5VuA6EYmttNfFPPze8pi_Cb7CRQ6PhdovA/s320/Osvaldo+Cruz+460+01.jpg" width="180" /></a></div>
<br />
<br style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px;" /><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 18px;">Meu primo </span><a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100003689148946&extragetparams=%7B%22directed_target_id%22%3A0%7D" href="https://www.facebook.com/mauro.fernandes.35" style="background-color: white; color: #3b5998; cursor: pointer; line-height: 18px; text-decoration: none;">Mauro</a><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 18px;"> e sua </span><a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100000002845920&extragetparams=%7B%22directed_target_id%22%3A0%7D" href="https://www.facebook.com/rosangela.paz.54" style="background-color: white; color: #3b5998; cursor: pointer; line-height: 18px; text-decoration: none;">Rosangela</a><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 18px;"> me enviam essa foto (e outras) da casa em que vivi dos 10 aos 16 anos.</span><br style="background-color: white; color: #141823; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 18px;">Casa em que morreu meu pai. Que, fosse eterno, teria feito agora, - 13/02/2016 - 110 anos.</span><br style="background-color: white; color: #141823; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 18px;">Casa de cujo telhado eu passava ao telhado da casa ao lado direito de quem olha a foto, habitada à época por um velho casal de italianos. E corria meus limitados </span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; line-height: 18px;">perigos.<br />Aquela barra branca horizontal logo acima das portas servia de referência para meus arremessos de bola a uma cesta imaginária.<br />De resto, há o episódio um tanto grotesco que protagonizei:<br />como escravo habitual da casa, fui certa vez encarregado por minha irmã mais velha (<a aria-describedby="js_8w" aria-haspopup="true" aria-owns="js_8v" data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100011137533323&extragetparams=%7B%22directed_target_id%22%3A0%7D" href="https://www.facebook.com/alcely.celizinha" id="js_8x" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;">Alcely</a>) a ir buscar um pacote de Modess na farmácia da esquina com Epitácio Pessoa.<br />A mana recomendou-me discrição.<br />Ao farmacêutico, fiz o pedido em voz baixa.<br />Mas tive de voltar a casa. Gritei por minha irmã. Ela apareceu naquela sacada lá de cima. Perguntei aos berros:<br />- Não tem Modess! Serve Miss?</span></span>Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-21746043021912032492016-02-04T22:40:00.002+00:002016-02-04T22:40:26.874+00:00O percurso do Brasil<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: large;">De Ariano Suassuna a Jonas Suassuna.</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6CuGAM44IC23R5s8UVkwdNDwfgKbTuBc7l5nLpMTFSnAZZaAR_pAg6iNh9EjLGwZT8bMXInCSm7ehjwmXleKLuSAEFcgYqQ7F-PoeepmIFlcAdvYIkAH7vugvmUQ1kNLpeROQ/s1600/Suassunas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6CuGAM44IC23R5s8UVkwdNDwfgKbTuBc7l5nLpMTFSnAZZaAR_pAg6iNh9EjLGwZT8bMXInCSm7ehjwmXleKLuSAEFcgYqQ7F-PoeepmIFlcAdvYIkAH7vugvmUQ1kNLpeROQ/s320/Suassunas.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-784844360333202472016-02-02T22:38:00.000+00:002016-02-04T22:38:33.396+00:0012 anosEste Bazar completa 12 anos.<br />
Mas é apenas um fantasma a assombrar seu autor.<br />
Os blogs já não são o que eram.Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-129753396244522792016-01-26T17:19:00.001+00:002016-01-26T17:19:15.567+00:00Destruir a Europa é que é “estilo nazi”.<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A Dinamarca alterou em
vários itens a legislação voltada aos refugiados.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Basicamente:</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Terão confiscados
valores/bens estimados acima de 10.000 coroas dinamarquesas (1.340
euros);</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">(daí estão excluídos
bens de valor sentimental (alianças, por exemplo) e itens
necessários no dia a dia (telemóveis, relógios etc) )</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O prazo para que possam
reunir toda a família aumentou de um para três anos;</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">As inefáveis
organizações de defesa de direitos humanos chamaram a isso medidas
de “estilo nazi”.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A elas não interessa
que os refugiados estejam a custar 0,47% do PIB ao país que os
acolhe.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A elas não interessa
que os próprios dinamarqueses sejam submetidos a regra semelhante
quanto aos bens. Os cidadãos nacionais só podem recorrer a auxílio
estatal desde que esgotados seus próprios recursos acima de 10.000
coroas.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A elas não interessa
que, apenas em 2015, a Dinamarca – país de população da ordem de
6 milhões – tenha recebido 21.300 pedidos de asilo e que esse
número esteja a crescer em ritmo alarmante, ano a ano. Seria algo
como Portugal receber, em um ano, 40 mil refugiados. Ou o Brasil
receber, em intervalo de 12 meses, perto de 900 mil pessoas.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A essas organizações
interessa, aí sim, promover o desastre na Europa.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Ao “estilo nazi”.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Pode ler a matéria de El Pais <a href="http://internacional.elpais.com/internacional/2016/01/26/actualidad/1453796798_630517.html" target="_blank">aqui</a></span></div>
Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-84450903446946344912016-01-23T22:55:00.001+00:002016-01-23T22:55:28.680+00:00A graça perdida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; text-align: left;" /><br style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; text-align: left;" /><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 18px; text-align: left;">Quando eu era miúdo, lá pelos 9 anos de idade, costumava jogar botão comigo mesmo. Dispunha os dois times em "campo" (o piso do hall de entrada da casa de meus pais) e partia para a disputa.</span><br style="background-color: white; color: #141823; line-height: 18px; text-align: left;" /><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 18px; text-align: left;">Às vezes me empolgava com alguma jogada de um dos times. E, no decorrer dela, se algo de irregular acontecia, vinha-me o desejo de fingir que nada houvera.</span><br style="background-color: white; color: #141823; line-height: 18px; text-align: left;" /><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 18px; text-align: left;">Mas - por isso mesmo - algo de impor</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; line-height: 18px; text-align: left;">tante se perdia.<br />E, muito a contragosto, eu interrompia o jogo.<br />Perdia a alegria da jogada mas readquiria o prazer do jogo.<br /><br />Parece que estamos a ver esvair-se a saudável excitação de uma disputa esportiva. Até no tênis.<br /><br />(revista Visão nº1194 (Portugal) 21 a 27/01/2016, pag. 24)</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEYfBlfy1ykhq9B1TO3j9wQiKSx09O34l5Mo37uOoPv8tSHHQmPEbmpT3vnhMH-wP-KvFkHiUN2lx6hMpDfkMsaGZ2Dhf5G9nFboQIn5eRITL7BNOQGqc630MuwcDwn_cChT9y/s1600/Subornos+no+tenis.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEYfBlfy1ykhq9B1TO3j9wQiKSx09O34l5Mo37uOoPv8tSHHQmPEbmpT3vnhMH-wP-KvFkHiUN2lx6hMpDfkMsaGZ2Dhf5G9nFboQIn5eRITL7BNOQGqc630MuwcDwn_cChT9y/s320/Subornos+no+tenis.jpg" width="284" /></a></div>
<br />Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6993624.post-21249788038086617622016-01-23T17:52:00.001+00:002016-01-23T17:57:08.920+00:00Mulher virtuosa (de valor)<br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Cantam os judeus no Shabat.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">(Provérbios 31:10 - 31)</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Gosto muito do versículo 27 que informa que a mulher virtuosa "não come o pão da preguiça".</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Ainda bem que não sou mulher. Gosto imenso desse pão.</span><br />
<div>
<br /></div>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/XsH0Tp0tFZk" width="459"></iframe>Albertohttp://www.blogger.com/profile/09413197448870485583noreply@blogger.com0