terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Ainda as doações

Em artigo publicado no Boletim Carta Maior, Fábio de Sá e Silva pergunta:

A tese de que as “vaquinhas” para o pagamento das multas penais poderiam ocultar qualquer prática de lavagem de dinheiro não resiste a qualquer escrutínio básico da razão. Afinal, se há valores desviados ou sonegados que transitam por mãos próximas às dos condenados, o que os envolvidos nisso ganhariam em canalizar o dinheiro para os cofres públicos – destino último, pois, das multas penais?

 Para utilizar o título do Editorial do mesmo boletim (o de 18 de Fevereiro de 2.014, que trata de outro tema), O nome disso é escárnio.



 O sr Fábio - PhD em Direito, Política e Sociedade pela Northeastern University (EUA) - pergunta.
E eu respondo:

  Os envolvidos nisso ganharam a possibilidade de utilizar recursos não contabilizados para quitar suas multas sem precisar explicar a origem desses recursos.

 E prefiro pensar que o sr. Fábio sabe perfeitamente disso, pois assim não preciso concluir que perdeu tempo e dinheiro para obter o PhD que ostenta. Ele está apenas, como nos versos de Humberto Teixeira, na canção Kalu, mangando di eu.

 O facto é que em tudo que se relaciona com a ação penal 470 (a do mensalão) - e em vários outros temas - os militantes e simpatizantes do PT e adjacências procuram gerar calor e nenhuma luz para que a nada se chegue.

 Essa questão das vaquinhas para pagar as multas impostas aos condenados resume-se a:
 1 - Existe um forte odor de lavagem de dinheiro nesse procedimento.
2 - Para higienizar o ambiente basta que sejam apresentadas - à fiscalização da Receita Federal ou, de preferência, ao público em geral - documentos idóneos que comprovem sem sombra de dúvida a origem dos recursos arrecadados. Se tais documentos não forem apresentados, a fiscalização e o respeitável público terão não só o direito mas a obrigação de considerar tais vaquinhas como lavagem de dinheiro.

Qualquer outra atitude dos envolvidos nisso e/ou de seus asseclas será cortina de fumaça.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Doações?

Alguns dos condenados, no Brasil, no âmbito do processo conhecido como  mensalão, criaram sítios na Internet para arrecadar recursos para o pagamento das multas que devem pagar ao Estado, como parte da pena que lhes foi atribuída no julgamento.

Um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) estranhou a rápida arrecadação de quase dois milhões de reais (mais de 500 mil euros) por parte de tais sítios. Questionou se não haveria aí algum esquema de lavagem (branqueamento) de dinheiro.

Como, por inevitável coincidência, todos esses sítios são para arrecadar recursos para próceres do Partido dos Trabalhadores (PT), a aguerrida militância do PT saiu a campo para dizer, horrorizada:
- Oh! Como alguém pode pensar uma leviandade dessas?


Pois bem. Meus quase últimos vinte anos de trabalho foram vividos como Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (as Finanças, como se chama esse órgão em Portugal).

Desde o primeiro momento em que soube que tais sítios de arrecadação seriam criados, pareceu-me evidente tratar-se de lavagem de dinheiro. Claro que para verificar se minha intuição está correta seria preciso fazer um trabalho de investigação de - diga-se - difícil realização.

Mas eu aposto um pastel de nata na conclusão afirmativa.

Como se está a falar de Brasil, nada acontecerá. Quase certamente.
E o planeta Terra continuará a percorrer sua trajetória habitual.

Quanto às tais multas, que tal chamá-las pelo mais sugestivo nome de parcial devolução?

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O humor chega à Feira do Fumeiro

Começa hoje a XXXIV Feira do Fumeiro de Vinhais.



E começa bem. Um vídeo com uma paródia a Wrecking Ball, de Miley Cyrus

Pra quem - como eu - nunca viu o vídeo parodiado, aí vai ele:





E agora a paródia, que é o que interessa.




O vídeo já foi visto por mais de 80.000 pessoas em apenas três dias.

 Penso que só se deve levar a sério algo que se permita fazer graça de si mesmo.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Aniversário



O dono do blogue tem quase 70 anos. O blogue, por ser quase cão, tem também isso.
E vamos em frente. Talvez ainda haja tempo para escrever mais alguma coisa.