sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

As eleições presidenciais em Portugal


Como tinha nossa volta a São Paulo marcada para dia 22 de janeiro, sabia que não poderia votar nas eleições presidenciais de 23, domingo.
Em função disso, acompanhei as notícias sobre os candidatos com certo desinteresse.
Quando, graças à Doga (ou melhor, graças à minha falha de memória), percebi que ficaria em Portugal no domingo, 23, percebi também que não sabia em quem votar. Sabia, quando muito, em quem não votar.
O presidente atual (e, agora se sabe, reeleito) não me agrada. Só o ouço a proferir obviedades com ar grave.
No Alegre não voto. Simplesmente por ser - ou dizer-se - socialista. Mesmo depois de meu neto de 3 anos ter achado que era eu que lá estava, em um outdoor do Alegre. Já esgotei minha paciência com as esquerdas. Portanto, fica excluído - mais ainda - o candidato do Partido Comunista. Aliás, é surrealista que ainda haja partido comunista em país democrático. E, salvo engano, em Portugal há dois!
Quanto ao Defensor, prestei relativa atenção a uma entrevista que ele concedeu à RTP. A única coisa que consegui saber dele é que tem caspa. Quem manda ir à TV de paletó preto?
Quanto ao Coelho, o Tiririca português, não acho graça em suas arengas. O Tiririca original, brasileiro, é incomparavelmente mais engraçado. E mesmo assim não votei nele.
Sobrou o Nobre. Quanto a esse, acabei por ficar sem saber de quem se trata. Por culpa minha, diga-se.
Daqui a 5 anos talvez eu esteja um pouco mais esclarecido a respeito da política portuguesa.
Talvez. Ou, como repetem constantemente os portugueses: se calhar...

domingo, 23 de janeiro de 2011

Pequeno detalhe


Anteontem, sexta, 21, alugámos um carro e partimos para o Porto. Claro que, antes disso, verificámos exaustivamente se estávamos a levar todo o necessário.
Deixámos Bragança com um céu impecavelmente azul, sol a brilhar e um frio danado, com muito vento. Vento gelado.
Nosso voo para o Brasil partia às 10:15 do sábado, 22. Por isso, preferimos ir ao Porto na véspera, caso contrário teríamos de sair muito cedo de Bragança no próprio dia do voo.
Ficámos hospedados no Hotel Castelo de Santa Catarina. Aceitam cães, desde que aceitemos ficar em quarto do jardim e não em quarto do castelo. O preço é bom: € 43 com pequeno-almoço incluído.
À noite, deixámos a Doga no quarto e fomos à pé jantar no Majestic. Fica na mesma rua Santa Catarina.
Jantar magnífico seguido de caminhada ladeira acima.
Tínhamos de acordar às 7 e pouco, o que - para nós - é bastante cedo.
Bem antes disso, exatamente às 4:08, acordei e me dei conta de que deixáramos toda a documentação da Doga guardadinha em Bragança.
Já devolvêramos o carro. Não havia forma de retornar a Bragança e voltar a tempo de embarcar.
Depois do pequeno-almoço fomos de táxi ao aeroporto, alterámos nossas reservas para o próximo voo - terço, 25, mesmo horário, alugámos outro carro e... de volta a Bragança.
O envelope com os documentos da Doga - agora - já está na mala.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Uma coisa ou outra


As festas de final de ano, em casa, foram movimentadas. Afinal, eram 16 pessoas com idades entre 0 e 65 anos.
Graças às atuais facilidades de captação e transmissão de imagens e - é preciso dizer - graças também à influência de minha nora de origem nipônica, foram milhares de fotos tiradas durante pouco mais de 10 dias.
Houve momentos em que todos tiravam fotos de todos:

Fora os fotógrafos que não aparecem

Os compreensivos leitores deste blog sabem que não é recomendável publicar fotos familiares em um blog de acesso irrestrito.
Mas alguma coisa pode ser posta aqui.
Por exemplo, esta cena do banho do neto australiano Taj. Enquanto se limpa, aproveita para gastar parte de sua infindável energia:



Já o neto carioca Rafael enfrentou a chuva, em Rio de Onor, para colocar o pé direito em Portugal enquanto o esquerdo se apóia em Espanha:

A Península Ibérica sob os pés

Por fim, um arroz de bogavante, saboreado avidamente por todos no restaurante La Rua, em Zamora:

Hummmmm!

sábado, 8 de janeiro de 2011

O primeiro ano de minha nova vida


É verdade que ainda há alguns meses de trabalho pela frente.
Mas a partir de algo como início de junho o ócio poderá ser total.
E, para iniciar tão auspicioso ano, passei de 31 de dezembro a primeiro de janeiro deitadinho na cama, enquanto a família festejava o novo ano na sala.
Acontece que o antibiótico que tomei errou o alvo. E a infecção voltou com força total.
Comecei o dia primeiro com nova visita à Urgência. E como não há males que não venham pra bem, pude conhecer o dr. Raul Mora, que é - mais que médico - sacerdote. Fica claro que sacerdote no antigo sentido da palavra, no tempo em que ela se dava ao respeito.
Corrigidos os rumos do tratamento, chego amanhã ao último dia de antibiótico. E já quase pronto pra outra.
Enquanto isso, em Brasília, parece que a turma lá da Comissão de Anistia passou a interessar-se por meu processo, no qual reivindico o reconhecimento de ano e meio em que trabalhei na USP sem contrato, por razões políticas.
Caso esse tempo seja reconhecido, terei já tempo de folga para a aposentadoria.
Bom demais para ser verdade? Pode ser, pode ser.

Cá em Bragança, chuva, chuva e mais chuva.
É o tempo delas, as chuvas.
Vez em quando, como agora, um tímido solzinho ilumina alguma colina próxima.
Agora que todos se foram, restam-nos duas semanas para aproveitar este paraíso, antes de retornar a São Paulo.
Vou aproveitar esse tempo para visitar meu médico de família.
É aquela velha história:
Dos 20 aos 30 anos:
- Nem te conto as mulheres que tenho conhecido! [no sentido bíblico de conhecer]
Dos 30 aos 50:
- Não sabes o restaurante a que fui ontem!
A partir dos 60:
- Conheci um médico que nem te conto!

Pois é. É hora de conhecer o meu. Mesmo porque um remédio que custa - digamos - € 55, passa a custar € 5 caso comprado com a receita do médico de família.

Continuação de bom ano!