sábado, 8 de janeiro de 2011

O primeiro ano de minha nova vida


É verdade que ainda há alguns meses de trabalho pela frente.
Mas a partir de algo como início de junho o ócio poderá ser total.
E, para iniciar tão auspicioso ano, passei de 31 de dezembro a primeiro de janeiro deitadinho na cama, enquanto a família festejava o novo ano na sala.
Acontece que o antibiótico que tomei errou o alvo. E a infecção voltou com força total.
Comecei o dia primeiro com nova visita à Urgência. E como não há males que não venham pra bem, pude conhecer o dr. Raul Mora, que é - mais que médico - sacerdote. Fica claro que sacerdote no antigo sentido da palavra, no tempo em que ela se dava ao respeito.
Corrigidos os rumos do tratamento, chego amanhã ao último dia de antibiótico. E já quase pronto pra outra.
Enquanto isso, em Brasília, parece que a turma lá da Comissão de Anistia passou a interessar-se por meu processo, no qual reivindico o reconhecimento de ano e meio em que trabalhei na USP sem contrato, por razões políticas.
Caso esse tempo seja reconhecido, terei já tempo de folga para a aposentadoria.
Bom demais para ser verdade? Pode ser, pode ser.

Cá em Bragança, chuva, chuva e mais chuva.
É o tempo delas, as chuvas.
Vez em quando, como agora, um tímido solzinho ilumina alguma colina próxima.
Agora que todos se foram, restam-nos duas semanas para aproveitar este paraíso, antes de retornar a São Paulo.
Vou aproveitar esse tempo para visitar meu médico de família.
É aquela velha história:
Dos 20 aos 30 anos:
- Nem te conto as mulheres que tenho conhecido! [no sentido bíblico de conhecer]
Dos 30 aos 50:
- Não sabes o restaurante a que fui ontem!
A partir dos 60:
- Conheci um médico que nem te conto!

Pois é. É hora de conhecer o meu. Mesmo porque um remédio que custa - digamos - € 55, passa a custar € 5 caso comprado com a receita do médico de família.

Continuação de bom ano!

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