quinta-feira, 11 de novembro de 2004

Viagem - 1

Enquanto essa porcaria de blog não consegue receber imagens, vamos conversar um pouco sobre minha viagem. Pra falar a verdade (de vez em quando é bom, né), eu já estou em ritmo de viagem. É certo que estou a trabalhar feito um louco. Parece que quando as férias se aproximam o trabalho vai aumentando, aumentando. Além disso, estou nessa tentativa de fazer as imagens aparecerem aqui. É chato, porque bastava estudar um pouco e pronto. Mas eu já não tenho muito saco pra isso. Já programei em assembler, cobol, fortran, algol, pascal, basic, spl (você nem sabe o que é isso, nem precisa saber), já fiz compilador de linguagem que eu próprio desenvolvi, já fiz o diabo (principalmente). Agora, chega. Quero resolver problemas localizados e pronto. Nada de grandes estudos informáticos. Já me enchi.
Mas a viagem. Ah, a viagem. Isso sim, é bom. Desabo em Lisboa dia 4 de dezembro, sábado. Por falar nisso, lembrei da primeira vez em que cheguei a Lisboa. Do aeroporto tomei um táxi, não sem antes trocar dólares por uns escudos. Nunca tinha visto notas de escudos na minha vida. Cheguei ao hotel. Paguei o motorista do táxi com uma nota alta. Ele me deu um monte de notas de troco. Tinha várias de 200 escudos, 100 escudos, coisas assim. Registrei-me no hotel e um garoto de uns catorze, quinze anos me acompanhou até o quarto. Fiquei impressionado porque o menino trajava terno, com gravata e tudo. Super bonitinho. Colocou minha mala no lugar adequado, deu as dicas sobre o funcionamento do quarto e já ia embora. Dei-lhe uma nota de 200 escudos (naquela época isso devia ser algo tipo 2 ou 3 dólares). Ele olhou a nota, olhou-me e sentenciou:
- Esta nota já nada vale.
E eu:
- Mas acabo de recebê-la do motorista do táxi.
Com um sorriso meio zombeteiro e em voz cantada, ele completou:
- Então o senhor foi enganado.
E eu, justo eu, que me achava o rei da cocada preta. Sabia tudo de malandragem. Chego a Lisboa e já me passam a perna logo de cara?!?
Mas desta vez já não me enganam.
Será?

Sem comentários: