terça-feira, 16 de novembro de 2004

A República e Maria João

Dia desses escrevi aqui sobre a reserva de quarto em pousada de Manteigas e os mil e um e-mails da minha Scheerazade portuguesa, a Maria João.
Pois bem. Este final de semana, no Brasil, foi prolongado pela comemoração da Proclamação da República na segunda-feira. Como é praxe no Brasil, as coisas são feitas sempre no chute e de modo enviesado. Não é à toa que o Roberto Carlos, do Real Madrid, cobra tão bem os tiros livres diretos. A República, no Brasil, foi proclamada (aqui as coisas são proclamadas. Não instauradas, implantadas ou estabelecidas) por um marechal monarquista. E eu, como genuíno brasileiro, fui passar a data em um sítio em Petrópolis, cidade na qual nossos Pedros, imperadores, repousavam seu cansaço. Meu cunhado e minha irmã têm lá um sítio de proporções - para mim - latifundiárias. Foram três dias de silêncio quase absoluto, não fora o canto das maritacas e poucos latidos de um cachorrinho que circula por lá.
Minha felicidade ficou completa quando, ao chegar de volta a casa, percebi que recebera mais um e-mail de Maria João. Diz ela que está prestes a debitar as diárias em meu cartão de crédito.

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