quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Minha segunda bicicleta

Quando me preparava para o exame de admissão ao Ginásio (na época, no Brasil, fazia-se o Curso Primário dos 7 aos 10 anos e depois o Ginásio, dos 11 ao 14) meu pai, absolutamente descrente de minha possibilidade de aprovação, provocou-me com a promessa de uma bicicleta, caso fosse aprovado.
Uma vez aprovado, cobrei dele a promessa. E recebi minha maior companheira de infância e parte da adolescência.
A bicicleta me permitiu uma liberdade com a qual pouco sonhara.
Santos era cidade plana. Possuir uma bicicleta dava a seu proprietário a possibilidade de percorrer praticamente toda a cidade a bordo da magrela.

O tempo passou. Voltei a ter uma bicicleta aos 38 anos. Morava, então, em São Paulo, perto do Parque do Ibirapuera. E ia lá passear sempre que o trabalho me permitia. Mas, por uma série de razões, essa bicicleta dos anos 80 foi paixão fugaz.

Chegado a Portugal comprei uma nova bicicleta. Com marchas, coisa que jamais experimentara. Ocorre que, além de já estar em meus 67 anos, tenho a aorta dilatada. O que não me recomenda esforços excessivos.

Essas duas últimas, portanto, não contam.

Hoje adquiri minha segunda bicicleta, uma ebike Smart.


É cara pra burro, mas minha aorta merece. Você pedala o tempo todo mas - quando necessário - com a ajuda do motor eléctrico.

As ciclovias de Bragança ganharam mais um utente!

1 comentário:

maray disse...

eu tive minha primeira o ano passado. Foi um custo e vários tombos aprender a andar (pedalar seria o termo). Mas fiquei babando nessa, pois aqui, como vc sabe, os planos são só inclinados...
Boa sorte com essa lindona! E obrigada por me ensinar mais um termo: utente. Que coisa estranha essa nossa língua igual mas tão diferente! Bjs