Assisti, no noticiário das 20 horas na RTP1, a uma matéria a respeito do livro As Cinquenta sombras de Grey (ou Cinquenta tons de Cinza, no Brasil).
É bom ir dizendo logo que não gosto de best sellers.
Como costuma afirmar Janer Cristaldo, se um livro agrada a milhões de pessoas, não pode ser bom. Afinal, não existem milhões de pessoas inteligentes no mundo (vamos deixar de lado os livros que foram feitos para usar no sovaco, como a Bíblia. São os livros-desodorantes).
No caso do 50 tons, trata-se de livro que já vendeu dezenas de milhões de exemplares em dezenas de países.
E, diga-se, é uma porcaria de centenas de páginas.
Qual o mérito de ler um livro desses?
É por essa e por outras que não tenho lá grande simpatia por páginas na Internet (no Facebook, por exemplo) do tipo Eu amo ler.
Depende do que se lê.
Ler, assim, verbo intransitivo, não significa nada para mim. Há muito hipocondríaco que adora ler bula de remédio.
Para ver como é relativa essa paixão pela leitura, basta lembrar da quantidade de livros de auto-ajuda que as pessoas devoram.
Pior: lêem e publicam partes no Facebook e em blogues.
Daí que tanto faz: Eu amo ler ou Eu detesto ler.
Tudo depende do que se coloca debaixo do nariz.
2 comentários:
tempos atrás eu concordaria contigo. Hoje - sinal dos tempos - já estou achando que saber ler é uma virtude.
O apocalipse está chegando. Paulo coelho deve ter razão ;)
Ora, meu irmão, há já algum tempo que os verbos são intransitivos: Você comunica ou não! Você se acha ou não! Você promete e, enfim, a lista continua...
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