É verdade que não teve a menor preocupação em definir o que entendia por classe média. Antigamente, os marxistas delimitavam classes sociais pela maneira como se inseriam no modo de produção.
Pelo que entendi da palestra da doutora, classe média, para ela, é o grupo social das pessoas que ocupam duas ou mais vagas com um único veículo ao frequentarem um estacionamento.
Com definição ou sem definição, a dita celebridade provou que a tal classe média paulistana é fascista (para ser exato, disse que costuma dizer que a cidade de São Paulo é protofascista. Mas se deteve particularmente na caracterização dessa ideologia na classe média).
Daí resulta explicado por que a população paulistana elegeu, ao longo dos últimos anos, tantas porcarias. Diga-se que, para ela, as porcarias são como os tomates dos quais é feita a massa de tomates industrializada: são seleccionadas. Serra, Kassab e Pitta são porcaria. Já Maluf é engenheiro, logo não porcaria. Marta e Erundina, nem pensar. Mas essas últimas pérolas já constam de outra palestra da verborreica professora.
Daí resulta explicado por que a população paulistana elegeu, ao longo dos últimos anos, tantas porcarias. Diga-se que, para ela, as porcarias são como os tomates dos quais é feita a massa de tomates industrializada: são seleccionadas. Serra, Kassab e Pitta são porcaria. Já Maluf é engenheiro, logo não porcaria. Marta e Erundina, nem pensar. Mas essas últimas pérolas já constam de outra palestra da verborreica professora.
Tudo isso foi pacientemente ministrado a uma plateia de estudantes à véspera das eleições para prefeito, agora em 2.012, em um momento em que o candidato do PT estava lá atrás na preferência do distinto público (3º lugar). Previa-se um(a) segundo(a) turno(volta) entre Celso Russomanno e José Serra.
O primeiro é daqueles que (desconfio) se acha - ele mesmo - uma porcaria. O segundo, claro, é porcaria - para o PT - por questão de princípio.
Aliás, um breve mas necessário parêntesis: discordo dos que pensam que o PT não tem princípios. O problema do PT é não ter fim.
Mas voltemos à filósofa Chauí. Taxar a tal classe média paulistana de fascista tinha o objetivo de explicar por que o candidato/poste do ex-presidente em exercício Lula não conseguia crescer na preferência popular.
Pois bem: no final o poste foi eleito. Ou toda - e apenas - a classe média votou em Serra ou os fascistas ajudaram a eleger o prefeito do PT.
Ou pode ser que a classe média tenha aprendido a estacionar direitinho.
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