domingo, 16 de novembro de 2014

Pra falar a verdade

Durante muitos anos trabalhei em empresas privadas, no Brasil. Empresas sérias.
Antes de passar ao serviço público, como Auditor-Fiscal da Receita Federal, fui diretor de uma empresa que começou séria e acabou em um emaranhado de contravenções. Como diria Dilma, a presidenta, malfeitos.
Antes de cair fora, pude presenciar o diabo. Aquilo que a presidenta Dilma diz que se deve fazer em lutas eleitorais.
Corria o ano da graça de 1.988. Governo Sarney.
Alguns garotões envelhecidos dizem que para conhecer a política é preciso ler Platão e visitar o Congresso. Trancados em seus gabinetes, elucubram o futuro socialista da pátria amada. Eu usava e abusava das salas do Secretário da Receita Federal e do assessor especial do ministro das Comunicações, na época o ACM (Antônio Carlos Magalhães).
Vivi o intestino da República.
Nunca visitei o Congresso. Os congressistas e mesmo alguns ministros vinham a nossas suítes no Hotel Nacional.
Alguma coisa aprendi.
Sei, por exemplo, que é impossível que Lula e Dilma não saibam do que ocorria na Petrobrás.
Aliás, "saber" funciona aqui como eufemismo, quase mentira deslavada.

Sem comentários: