Foi no tempo em que eu vivia meu 12º
ou 13º ano de vida.
Dona Yolanda, professora de Canto
Orfeônico no Colégio Canadá, escolheu-me para representar o
colégio em um concurso na rádio Cacique de Santos a respeito dos
hinos pátrios.
O programa foi realizado no auditório
da rádio e transmitido ao vivo.
Na plateia os adeptos de cada escola
faziam sua algazarra.
As perguntas não respondidas
desclassificavam o concorrente.
Ao final, sobramos uma garota de não
me lembro qual colégio e eu.
Os organizadores do concurso
resolveram, então, que duas perguntas extras seriam feitas para
provocar o desempate.
A menina conseguiu responder a dela.
Era minha vez. Pediram, então, que eu
dissesse os primeiros versos do Hino Nacional Brasileiro em ordem
direta. Não consegui responder no tempo concedido e perdi o
concurso.
O pessoal do Canadá protestou. A
alegação era a de que aquela não era uma pergunta referente aos
hinos pátrios mas uma pergunta “de Português”.
Restaria explicar para que serve saber
a letra de todos os hinos pátrios se não se tem claro o significado
delas.
Para redimir-me parcialmente da falha
de umas tantas décadas passadas, aí vai o início do Ouvirundum em
ordem direta. Quem sabe ajudo com isso muita gente a finalmente
entender o que ele diz.
As margens plácidas do Ipiranga
ouviram o brado retumbante
do povo heróico.
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