quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Falhas de comunicação

A propósito de algo que ocorreu hoje, lembrei-me de uma história que ouvi há muitos anos.

Eu trabalhava em uma empresa de engenharia na qual desabou uma jovem senhora tão simpática quanto maluquete. Digo desabou porque nunca entendi o que a levou a ir trabalhar lá e muito menos quais as razões que levaram alguém a contratá-la.
O facto é que nos divertíamos bastante com as histórias que ela nos contava.
Por exemplo, explicou que uma vez terminou um namoro com um rapaz da seguinte maneira:
- Fulano, vamos terminar esse namoro. Isso jamais vai dar certo. Acontece que nós dois somos apaixonados pela mesma pessoa: você.

Mas vamos à história que me veio primeiro à memória hoje:
Ela costumava deixar o filho ainda pequeno na casa da mãe dela durante o expediente. Pela manhã, como tantas outras mães, levava o filho para a casa da avó e retornava no final da tarde para buscá-lo.
Certo dia estava já atrasada e tinha uma reunião importante logo no início da manhã.
Afobada, telefonou para a mãe. Quando esta atendeu, disparou a falar:

- Mãe. Bom dia. Estou muito atrasada. Tenho uma reunião importante agora de manhã, não posso chegar atrasada de jeito nenhum e não tenho tempo para levar seu neto aí. Dá pra você vir buscá-lo? Já deixei uma sacola pronta com as coisas dele. É só você parar o carro em frente ao prédio e pedir ao porteiro que avise a empregada pra descer com o garoto e com a sacola. Tudo bem?

E a mãe:
- Alô!


Pois é. Por que lembrei dessa história?
Acontece que tenho um sobrinho no Brasil que nunca me visitou cá em Portugal. Como ele é meu amigo no Facebook, mandei a ele ontem uma longa mensagem a explicar detalhadamente como ele deve fazer para vir passar uns dias aqui connosco. Minha mensagem ficou enorme.
Hoje percebi que havia resposta dele.
Fui ver e li:
- Olá.

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