terça-feira, 22 de agosto de 2006
O desespero da classe média
Deu paúra. A turma resolveu se mobilizar. Vez ou outra, isso ocorre. Desde quando esse Brazilsão foi pro brejo. Faz tempo. Mas agora o pessoal achou que deve fazer alguma coisa. Marcha com Deus, família, o que mais?
Desisti de tudo isso faz algum tempo. Décadas, talvez. Mas o povo vai nascendo, as coisas têm de se repetir. A garotada não viveu o que passou. Tem de viver tudo de novo.
Vamos lá. Gritem. Gretchen. Reclamem. Digam que não estão gostando.
Tudo vai continuar como está.
Falta é educação, mas educação daquele jeito que a pedagogia atual condena: decorar tabuada, aprender a recitar os afluentes do Amazonas, margem esquerda, margem direita.
Estudar Português. Saber geografia. Aprender outra língua. Espanhol, inglês, francês. História. Do Brasil e Universal.
Tem que botar a bunda na carteira e estudar.
E-s-t-u-d-a-r.
Fora isso, conversa fiada.
O PCC, o CV, já dominam tudo. Ou quase. Setores da sociedade vivem sob outro governo. O tráfico é comandado por setores ditos nobres. Só não cito nomes, aqui, pra não ser processado, pra não morrer. Mas é gente importante. Não tem bacuri nisso.
Vamos lá. Vamos reeleger o Lulla. Alguém duvida? Migalhas em forma de bolsa família e pronto. Tudo resolvido.
Quem tem grana, está realizando 2% ao mês, no mercado financeiro. Na Europa, é 2% ao ano, e olhe lá.
Isso é o que interessa.
De quem é o Banco Santos? Do pobre Edemar Cid Ferreira? Ou de algum senador importantérrimo? Daqueles que nascem em um Estado do Nordeste mas se elegem em outro lugar?
E o Pitta? Terá algum parentesco com o Maluf?
E se fossem irmãos?
Pense nisso. Afinal, você não sabe o que os ascendentes do Maluf andaram fazendo por aí.
A primavera vem aí.
Feliz primavera.
P.S.: Este post faz parte de uma blogagem coletiva, organizada pela Laura.
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