sexta-feira, 31 de março de 2006
O rei está nu
(mas a rainha tem roupa pra chuchu)
O Chuchu começou sua campanha pra presidente deste país proclamando a necessidade de um banho de ética. Há muuuitos anos, um tal de Jânio se elegeu presidente com uma vassoura. Como a coisa piorou muito, de lá pra cá, parece que agora é preciso jogar água, também. Ou, quem sabe, o Jânio só falava em vassoura porque água não era propriamente o negócio dele. Como, aliás, no caso do atual. Deixa pra lá.
Vai daí, o Chuchu resolveu surfar na onda da moralidade. Só que surgiu um problema, digamos, caseiro (ops!).
Dona Lulu (a mulher do Chuchu) tem um costureiro. Sei lá eu por que cargas d’água (lá vem água, de novo), o designer resolveu botar a boca no mundo e disse que, durante os últimos anos, doou mais de 400 peças de roupa pra Lulu. Tudo de grátis.
Foi um perereco nas hostes tucanas e pefelistas. César Maia anunciou que aguardava explicações.
E, como a única coisa para a qual não cabe explicação é batom em cueca, o Chuchu e seus aspones imediatamente engendraram uma saída: todas as peças haviam sido doadas para uma casa de caridade, em lotes anuais, durante os últimos três anos.
Faltou combinar com a freirinha lá da casa de caridade. A dita cuja informou, candidamente, que faz alguns dias que ligaram pra lá pra doar algumas roupas. Mas que é a primeira vez que isso acontece.
Como candura fica bem em todo mundo, Lulu também resolveu esclarecer que não eram 400 peças, eram 40, só. Ah, bom.
Pra Lulu, não sei quantas peças foram. Mas, o que eu sei, é que em nós eles pregam peça toda hora.
quinta-feira, 30 de março de 2006
Paulo de Tarso Wenceslau
Não por nada, o rapaz devia chamar-se Perdeslau. Vai ser azarado assim no inferno.
Conheci PT (que não se perca pela sigla) na prisão, em 1.971. Na época havia uma controvérsia a respeito de quem teria informado a repressão sobre como encontrar Marighela. Os suspeitos, digamos assim, eram o Paulo de Tarso e os padres dominicanos presos em São Paulo, o Ivo e o Fernando.
PT jurava que não tinha sido ele. E, apesar de eu não me lembrar dos argumentos dele em sua própria defesa, parece que havia algum sentido em suas explicações.
Frei Betto parece que até escreveu um livro (que, óbvio, não li. Tenho mais a fazer) para provar que não foram os dominicanos.
Ficamos assim: parece – a julgar por tudo isso – que deve ter sido o próprio Marighela que ligou pro DOPS e pediu pra ser morto.
Mas voltemos ao nosso garoto, o PT.
Em função das dúvidas sobre quem disse, quem não disse, PT fazia de tudo para agradar a turma guardiã da alma revolucionária. Parece que obteve algum êxito. Alguns anos depois, lá estava ele, fundando o PT (agora sim, o nauseabundo Partido dos Trabalhadores).
Tudo estava a indicar que nosso garoto começava a ter sorte na vida. Mas a alegria durou pouco. Quando teve a ingenuidade de querer denunciar a roubalheira que corria solta nas prefeituras do PT, nosso PT tomou um chega-pra-lá do companheiro Lulla. Foi expulso e execrado.
Agora está aí, às voltas com tentativas de dizer o que sabe sobre Aquele-Que-Nada-Sabe.
PT jamais me pediu conselhos. Mas arrisco um: sai dessa, garoto. Por muito menos, uns tais de Celso e Toninho partiram desta pra melhor.
Não abuse da sorte que a tua já se viu que não é lá essas coisas.
quarta-feira, 29 de março de 2006
Amerai-vos!
Nim deraveis, nim comentóis. Serrimo-nos tercos.
Pátia coíbriga. Pir paledos, tur mansales, sejurnamente desverla-vos intorníveis rametráceos.
Cercônditos dotreitos arpúcios pertemperam mímias zazucréditas.
Tejemo-nos. Boleifas cárpais vocupletam amendos. Encruíveis fastúrias gastufletam solíficas.
Calta.
Habrerá ópegas qui intinedarão toifos us larápulos.
Nium pardem pur espriar.
terça-feira, 28 de março de 2006
Ideias do Meu Bazar
= Se você chuta o balde pra lavar a alma, derrama a água.
= Quando, ao final do expediente, o Palocci ia encontrar a misteriosa Carla na Casa do Lobby, ele não fazia mais do que treinar o que faria com a gente no dia seguinte.
= Se o Jorge Mattoso, por milagre, conseguir voltar à vida pública, sugiro que retorne como Jorge Ressuscittoso.
= Junta Palocci, Buratti, Poletto e não quer que acabe em pizza?
= Lulinha e Telemar: TUDO HAVER.
= LuLLa e Okamoto: o NÃOSSEI e o NISSEI.
= Tá bem. Fui companheiro de militância do Mattoso. Contemporâneo de presídio do Frei Betto (bem verdade que a contragosto de ambos). Dei umas aulinhas de marxismo pro Mantega. Daí a dizer que o culpado sou eu, vai uma certa distância.
Confusão
Confesso que estou confuso. Não porque Palocci pediu afastamento e ninguém sabe o que é isso.
Mas porque a raposa Mattoso (ou seria Jorge Rapposo?) foi lá na PF e entregou o chefe, com casca e tudo. E porque não sei o que faz o ingênuo Mantega no meio dessa história toda. E outros detalhes, pra mim significativos.
O Mantega é genovês. Meu filho, ao passar por Gênova, teve seu carro arrombado e suas malas roubadas. Acho que não tem a ver. Mas, como diria Sarney, parece mau agouro.
Sei lá.
Esse bando de gângsteres que assumiu a República é capaz de tudo e totalmente incapaz.
Dá pra entender?
domingo, 26 de março de 2006
Era uma vez - XXX
Jorge Mattoso, o Renato do POC
Já resumi aqui a formação do POC (Partido Operário Comunista) como junção de dissidência da POLOP com dissidência gaúcha do Partidão.
Essa dissidência gaúcha deu muito trabalho. Liderada pelo Emílio (nome de guerra de Fábio), vivia às turras com a direção nacional, que ficava em São Paulo.
Houve até um episódio divertido, no meio de tanta briga. Mas, pra falar dele, preciso fazer um rodeio antes. Quando comecei a participar de uma OPP (Organização Para-Partidária), adotei o codinome Eduardo. Já quando ingressei no POC, disseram que teria de escolher outro nome de guerra.
Nome de guerra? Escolhi Guerra. Pareceu-me adequado. Afinal, até sisudos revolucionários marxistas-leninistas precisam fazer uns trocadilhos, vez em quando.
Mas voltemos a nossos belicosos gaúchos. Iria haver um congresso regional do POC em Porto Alegre. A direção nacional temia que o pessoal do sul resolvesse romper com o restante da organização. Fui destacado pra representar a direção nacional no tal congresso.
Fui a Porto Alegre, encontrei-me lá com uma militante simpática e um tanto rechonchuda que me levou em seu carro até uma casa de classe média alta na qual ficamos fechados – em infindáveis reuniões – durante todo um final de semana.
Não tive muita dificuldade em aceitar vários dos pontos de vista do pessoal do sul, assim como eles se mostraram surpreendentemente cordatos em relação a minhas opiniões.
Resumo: acordo completo. Tudo resolvido na santa paz.
Voltei a São Paulo e fui encontrar-me com a Taís e o Nicolau na casa que eles ocupavam, no bairro de Moema, casa que eu viria a ocupar quando da viagem deles para a França. Quando lá cheguei, levado pelo Nicolau, estava presente, também o Emir Sader.
A Taís já havia recebido notícias do sul. E perguntou:
- Guerra, como você conseguiu não brigar com os caras?!
Tentei iniciar uma explicação. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, o Emir, que se balançava em uma gostosa cadeira de balanço, disse, como quem pensa em voz alta:
- Que concessões terá feito o camarada Guerra.
A ironia fina do Emir impediu que a conversa prosseguisse em tom sério.
Pois bem. Esse pessoal do sul tinha um representante que morava em São Paulo. Era um gaúcho que conhecíamos pelo nome de guerra de Renato.
Renato atazanava minha vida. Tudo ele contestava, nada estava bom pra ele, jamais. Não sei de seus antecedentes, de como ele foi parar na esquerda, mas tudo indica que teve largo treinamento em assembléias estudantis, pois usava de todos os conhecidos truques usados pelos líderes estudantis pra embaralhar qualquer assembléia e encaminhar as votações para o resultado por eles desejado.
Para cúmulo do meu azar, Renato fazia parte da mesma célula que eu ( o POC era organizado em células, que se reuniam periodicamente). Lembro de um episódio divertido, um dos poucos engraçados ocorrido em nosso tumultuado relacionamento. Combinamos, certa reunião, que todos leriam o 18 Brumário, de Marx, para ser discutido na reunião seguinte. Reunião seguinte, Renato chega eufórico:
- É aqui! É aqui!
Todos o olharam com ar de I beg your pardon.
E ele:
- Eu sempre ouvi essa de que a história se repete, uma vez como tragédia, outra como farsa. Não sabia de onde tinha saído isso.
Esse era Renato. Ingenuozão, porque meio garoto ainda. Mas sagaz na hora de criar chicanas.
Quando fomos presos, Emílio, por ter sido muito torturado e ter visto sua companheira praticamente enlouquecer durante as torturas, recolheu-se, tornou-se cordato. Perdeu, graças aos céus, aquela arrogância que antes exibia.
Já com Renato, passou-se o contrário. A estúpida morte de Nicolau já deixara os homens do DOI-CODI proibidos de utilizarem-se do pau-de-arara. Renato, logo nas primeiras cacetadas que levou, teve um braço fraturado. Foi levado ao hospital e não mais sofreu torturas.
Sentiu-se herói.
Se já era difícil suportar sua atitude quase sempre insolente, daí pra frente a coisa ficou impossível.
Nunca mais conversei com ele.
Entrou para o PT. Sei lá por quais caminhos, caiu nas graças da marquesa Suplicy e seu príncipe encantado Luis Favre.
Virou Secretário de Relações Internacionais da prefeitura de São Paulo durante a gestão da socialite. Foi acusado de gastar os tubos da prefeitura viajando adoidado, mundo afora.
Isso o levou, quando Lulla assumiu, a ganhar a presidência da Caixa Econômica Federal, que ele acaba de desmoralizar, com o affair da quebra de sigilo do caseiro que afirma que Palocci vivia na casa da esbórnia da turma de Ribeirão Preto.
Ao que tudo indica, continua mestre em chicanas.
Sai, satanás.
sábado, 25 de março de 2006
Era uma vez - XXIX
O Prata
Dia desses, alguém entrou em meu blog por meio de uma pesquisa no Google a respeito de Ricardo Prata Soares. Aliás, não é a primeira vez que isso acontece.
Fui olhar o resultado da pesquisa e encontrei isto.
Não consegui descobrir o que disse o tal Luiz Flávio Assis Moura a respeito do Prata. Só pude ler as reações indignadas de parentes e amigos. (ver Nota no fim deste post)
Resolvi, então, falar sobre ele. Para o bem ou para o mal. Espero que para o bem.
Meu interesse, em toda essa história, é iniciar uma conversa com o leitor a respeito da questão da tortura. E também da origem dessa canalha que dominou o PT. Conversa que nunca vai terminar, é claro. Mas que pode ser iniciada e lançada ao vento.
Quando entrei para a Direção Nacional do POC (Partido Operário Comunista) comecei minha convivência com o Hugo. Era um mineiro alto, magro, moreno. Apesar de todo o cuidado que tínhamos com a segurança, era impossível deixar de perceber que ele era mineiro. O sotaque o denunciava ineludivelmente.
As reuniões da Direção Nacional eram em minha casa, um aparelho (casa destinada a operações clandestinas da esquerda) situado em Moema, São Paulo, Avenida Chibarás.
Toda vez que marcávamos reunião (sempre em finais de semana) eu recolhia um a um os membros da direção em pontos (locais de encontro) previamente combinados. Levava-os para o aparelho dando um sem número de voltas, para despistar o destino. Eles, óbvio, de olhos fechados.
Passávamos o final de semana em reunião. A casa permanecia com as janelas fechadas. Ninguém podia saber em que local estávamos.
Nunca houve problema nenhum em relação à segurança, naquela casa. Só quem a conhecia, além de mim e minha mulher, eram o Nicolau e minha mãe (que não aceitara não saber onde eu morava. E eu, estupidamente, lhe dera o endereço). Os vizinhos só denunciaram à polícia alguma movimentação estranha na casa quando o pessoal do DOI-CODI a ocupou e lá permaneceu por quinze dias à minha espera.
Voltemos ao Prata, ou Hugo.
Enquanto eu passava férias em Ubatuba, discutindo com minha mulher nosso futuro, começaram as prisões de camaradas do POC. Prata e sua mulher, Eleonora (*), foram presos, torturados e sofreram ameaças de torturas na filha pequena (tinha uns quatro ou cinco anos, não me lembro bem). É óbvio que Prata resolveu dar algumas informações a seus algozes. Eu, em seu lugar, faria o mesmo. Neste ponto, há uma zona cinzenta.
Em paralelo, Nicolau fora preso ao voltar da França. Ele sabia onde eu morava (ele me passara a casa, antes de viajar). O que ouvi dizer é que Nicolau, pouco antes de morrer, teria dito onde ficava a casa. E que o Prata teria levado a repressão até lá, pois conhecia o local por ter aberto os olhos em alguma ocasião durante o trajeto (ou por ter aberto uma janela da casa durante sua permanência lá). Sei lá. O facto é que essas informações são meio desencontradas. Se o Nicolau disse onde ficava a casa, pra que diabos a repressão precisava que o Prata os levasse lá?
Nada disso me parece significativo, hoje (aliás, nem naquela época).
Para mim, parece mais importante falar a respeito do que aconteceu depois.
Prata e Eleonora ficaram marcados como traidores, colaboradores e outras besteiras que tais. Até aí, nada de tão terrível. Metade do pessoal preso era mais ou menos considerado dessa maneira pelos heróis da ALN. (Só ficou faltando explicar como tantos heróis caíram (foram presos) em seqüência. Coincidência, talvez.)
E aí começa minha divergência em relação ao Prata. Durante infindáveis banhos de sol conversamos sobre a situação da esquerda. Eu, totalmente desiludido, deixava claro que iria abandonar tudo aquilo. Prata me dizia:
Mas como você vai sobreviver sem a esquerda?
Talvez essa frase explique a atual degringolada do PT e do governo Lulla.
O pessoal passou a depender disso pra sobreviver. No começo, eram empregos arrumados aqui e ali em estatais, universidades, centros de pesquisa. Depois, com a criação do PT e a conquista das primeiras prefeituras, começaram os cargos nos governos. E não parou mais. Até atingir o ápice com a conquista da presidência da República.
Continuo admirando o antigo companheiro Prata. Foi sempre pessoa ponderada, equilibrada, dotada de bom senso.
Só que dependia – ou pensava depender – daquela rede de influências para sobreviver. E puxou o saco do pessoal o mais que pôde.
Adoraria sentar em uma mesa de bar pra papear com o Hugo, hoje. Nem sei se ele bebe. Tomaríamos umas cachaças mineiras, recordaríamos velhos episódios.
Bom caráter ele era. Diferente de Jorge Mattoso, o Renato, atual presidente da Caixa, segurando-se no cargo como carrapato, sobre o qual falarei qualquer hora dessas.
Por hora, vamos ficar só no Bem.
Hugo, se você estiver por aí, vamos conversar?
Nota (02/11/2014): Ao preparar a transcrição deste post para o Facebook fui verificar se o link que incluí com comentários sobre Ricardo Prata ainda estava ativo. Ainda está. Como se pode constatar, trata-se de alguns textos que procuram defender o Prata de críticas feitas a ele no número anterior a esse da revista (ou jornal) Revelação. Mas, ao procurar o artigo de Luiz Flávio Assis Moura na edição anterior à do link verifiquei que ele foi eliminado. O restante do conteúdo da revista está lá (http://www.revelacaoonline.uniube.br/2004/arquivo2004/281.html). Mas o artigo que criticava Ricardo Prata desapareceu (chamava-se Marcas da Ruína).
Parece que uma certa tradição stalinista persiste na esquerda brasileira....
(*) Eleonora Menicucci, atualmente (02/11/2014) - e desde 10/02/2012 - Ministra-Chefe da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do Brasil (governo Dilma). Ela e Ricardo Prata separaram-se parece que já há muitos anos.
quinta-feira, 23 de março de 2006
Saber na ponta do lápis
Parabéns
quarta-feira, 22 de março de 2006
Notícias da pós-última hora
Exercício de profecia aplicada:
- Funcionário da Caixa que imprimiu o extrato da conta do caseiro Nildo é encontrado com a boca cheia de formiga. Polícia chegou à conclusão de que a morte foi natural. Aliás, todas as mortes - em certo sentido - são naturais.
******
- Terrível coincidência: funcionário da Caixa que passou o fax do extrato lá pro Ministério da Fazenda também é encontrado morto. Mas não com a boca cheia de formigas. Neste caso parece que foi atropelamento. As formigas chegaram depois.
Foi instaurado rigorosíssimo inquérito.
******
- Funcionário do Ministério da Fazenda que
(notícia interrompida por força de liminar concedida pelo Supremo)
******
Pergunta a um velho conhecido:
Caro Jorge Mattoso, o Renato do POC, atual presidente da Caixa:
aqui entre nós, valeu a pena toda aquela tortura, aquela privação de liberdade, pra chegar nesse tipo de política?
Ou política - pra ti - sempre foi isso. Hein?
segunda-feira, 20 de março de 2006
Vamos ao que interessa
Se a política, no Brasil, ficou resumida a notícias policiais e a fofocas de alcova; se as eleições irão resumir-se a uma escolha entre um deslumbrado ex-operário, ex-sindicalista, ex-esperança e atual caricatura de si mesmo e um burocrata insosso e descendente direto do Conselheiro Acácio; se a política, no mundo, virou a banalização da barbárie;
Que tal jogar Campo Minado?
De minha parte, já consegui chegar aos 130 segundos.
Meu objetivo atual é conseguir baixar pra 2 minutos.
E você? Vai encarar?
terça-feira, 14 de março de 2006
Esqueletos em armários
Em 18 de fevereiro de 2.002, o site do Claudio Humberto publicou a seguinte nota:
Baixaria à paulista
Se Geraldo Alckmin acha que a campanha eleitoral será limpa, como deseja, pode tirar o cavalinho da chuva. Seus inimigos não têm limites: estão dispostos a contar na TV a dolorosa história do primeiro casamento de sua esposa, afinal anulado. A mãe do ex – que muito tempo depois morreu metralhado num estacionamento – estaria municiando a baixaria.
Isso foi antes das eleições para governador de São Paulo. Em 2.002.
Alckmin, agora, é o candidato do PSDB à Presidência da República. Será que a imprensa vai continuar fingindo nada saber sobre o assunto? Terá o mesmo comportamento que teve durante os oito anos de governo Fernando Henrique, durante os quais ignorou solenemente o filho extra do grão-tucano?
Ou tais assuntos privados nada têm a ver com a vida pública?
Quanto a mim, penso que temos o direito de conhecer a vida privada dos cidadãos que se oferecem para nos governar.
Mas nossa imprensa tem outros intere$$es.
Elite estúpida => País atrasado
O Sarney, quando presidente, não recebia em audiência ninguém que estivesse trajando terno marrom.
Nosso talvez-candidato tucano, José Serra, tem também suas superstições, tal qual o presidente do PSDB, Tasso Shopping Iguatemi Jereissati.
De estupidez em estupidez, vamos enfiando o País na merda.
Beleza.
segunda-feira, 13 de março de 2006
sábado, 11 de março de 2006
OSESP de volta
Começou, esta semana, a temporada 2.006 da OSESP. Voltamos a freqüentar a sala São Paulo hoje, para ouvir a Missa de Réquiem, de Verdi.
Além da orquestra e dos quatro solistas, um coro de 140 vozes, valendo-se da junção do Coro da OSESP e do Coro da Fundação Príncipe de Astúrias.
Indescritível. A certa altura, pareceu-me que músicos e coral flutuavam. Será?
Penso que foi impressão minha.
Prioridades
Portugal já estabeleceu, segundo o Público, quais os cidadãos prioritários para receber antivirais relativos à gripe aviária: são profissionais de saúde, responsáveis de sectores como o fornecimento de electricidade, água, gás ou alimentos e as forças de segurança.
Fico a imaginar quais seriam os cidadãos escolhidos para receber o tal remédio, caso essa preocupação existisse no Brasil.
Que achas, hein.
Preferências
- De que animais você gosta?
- Cachorro...
- E gato?
- Não, gato não.
- Outro.
- Sei lá.
- Tartaruga?
- Hmmm. Não, não.
- Papagaio?
- Não, não curto papagaio.
- E sogra?
quinta-feira, 9 de março de 2006
Penúltimas notícias
TV Digital
O governo optou pelo padrão japonês para a televisão digital no Brasil. Minha dúvida: vai ter legenda?
*****
Nobre prioridade
Ao inocentar o deputado Professor Luizinho das acusações de ter recebido dinheiro espúrio, o Congresso brasileiro deu inequívoca demonstração de que prestigia o ensino.
*****
Amante ingrato
O ministro Palocci não mentiu à CPI quando afirmou que nunca freqüentara a Casa de Ribeirão Preto em Brasília. Ele simplesmente esqueceu.
Chateada ficou uma das meninas da cafetina Jeany Mary Córner. Ele teria jurado a ela que aqueles momentos de luxúria eram inesquecíveis.
*****
quarta-feira, 8 de março de 2006
Final de jogo
O jogo Juventus x Werder Bremen, que começara com vitória parcial do time alemão (gol do francês Micoud), resultou na classificação da Juventus para a próxima etapa da Liga dos Campeões. Depois de empatar (gol de Trezeguet) a Juventus foi beneficiada por uma incrível falha do goleiro alemão, que soltou a bola, já defendida, nos pés do brasileiro Émerson, que desempatou.
Ao final, um desolado Micoud foi cumprimentar o brasileiro Émerson e se apresentou:
- Micoud
E o brasileiro, enfrentando as dificuldades da comunicação em línguas diferentes o consolou:
- Mi, também, às vezes, me sinto um bosta.
segunda-feira, 6 de março de 2006
Eleições - Brasil - 2.006: Certeza
O PMDB ameaça candidato.
Garotão, Rigotinho.
Tudo barganha.
No final,
o bar ganha.
(tchim, tchim, Lulla)
Eleições - Brasil - 2.006: Dúvida
Os tucanos estão
como sempre estiveram:
na dúvida.
In dubio, pro Serra.
Ou será pro Geraldo Chuchu.
Ou Aécinho, o sobrinho.
Ou o quê. FHC?
domingo, 5 de março de 2006
Eleições - Brasil - 2.006: Esperança
Até a última eleição presidencial, existia o discurso moralista do PT. Talvez a grande vantagem desta crise que acabamos de viver seja a de ter acabado com tal discurso.
Daqui pra frente, talvez consigamos discutir os verdadeiros problemas do país. Pena que nenhum candidato tenha visão estratégica do país. Todos preocupam-se simplesmente com as estratégias eleitorais. Mas, ao menos, penso que não teremos os chatos do PT falando sobre moralidade. Passarão batidos pelo tema.
Afinal, não se fala de corda em casa de enforcado.
E, antes que alguém venha com o papo de que a corrupção é problema fundamental, sugiro assistir àquele velho filme italiano em quatro episódios: Bocaccio 70. Em particular o primeiro, aquele do Fellini.
Eleições - Brasil - 2.006: Tédio
Mais uma vez, teremos confronto PT - PSDB. Ou melhor, Lulla - PSDB. O desenvolvimento, no governo Lulla, foi pífio. Mas menos ruim do que o da era FHC.
Quanto à corrupção, não fará diferença nas eleições, ao que tudo indica. Aliás, ela é generalizada. Portanto, não serve de divisor de águas (ou de lamas).
Vamos de mal a pior. Ou, a julgar pelos mensalões, de mala a pior.
Que tédio.
Quando surgirá algum projeto para o país?
sábado, 4 de março de 2006
Posições
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deste país, decidiu hoje pela manutenção da verticalização nas eleições deste ano.
Isso quer dizer que as alianças estabelecidas em âmbito federal deverão ser mantidas nos demais níveis federativos: estados e municípios. Como o Brasil (este país) é pequenininho, tudo vai dar certo. Nem pense que os políticos buscarão formas de burlar essa determinação. 'Magina!
Fico à espera de uma determinação do TSE no sentido da horizontalização. Aí a coisa pode ficar mais saborosa, se é que me entendem.
Boa continuação de final de semana.
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