quinta-feira, 30 de março de 2006

Paulo de Tarso Wenceslau


Não por nada, o rapaz devia chamar-se Perdeslau. Vai ser azarado assim no inferno.
Conheci PT (que não se perca pela sigla) na prisão, em 1.971. Na época havia uma controvérsia a respeito de quem teria informado a repressão sobre como encontrar Marighela. Os suspeitos, digamos assim, eram o Paulo de Tarso e os padres dominicanos presos em São Paulo, o Ivo e o Fernando.
PT jurava que não tinha sido ele. E, apesar de eu não me lembrar dos argumentos dele em sua própria defesa, parece que havia algum sentido em suas explicações.
Frei Betto parece que até escreveu um livro (que, óbvio, não li. Tenho mais a fazer) para provar que não foram os dominicanos.
Ficamos assim: parece – a julgar por tudo isso – que deve ter sido o próprio Marighela que ligou pro DOPS e pediu pra ser morto.
Mas voltemos ao nosso garoto, o PT.
Em função das dúvidas sobre quem disse, quem não disse, PT fazia de tudo para agradar a turma guardiã da alma revolucionária. Parece que obteve algum êxito. Alguns anos depois, lá estava ele, fundando o PT (agora sim, o nauseabundo Partido dos Trabalhadores).
Tudo estava a indicar que nosso garoto começava a ter sorte na vida. Mas a alegria durou pouco. Quando teve a ingenuidade de querer denunciar a roubalheira que corria solta nas prefeituras do PT, nosso PT tomou um chega-pra-lá do companheiro Lulla. Foi expulso e execrado.
Agora está aí, às voltas com tentativas de dizer o que sabe sobre Aquele-Que-Nada-Sabe.
PT jamais me pediu conselhos. Mas arrisco um: sai dessa, garoto. Por muito menos, uns tais de Celso e Toninho partiram desta pra melhor.
Não abuse da sorte que a tua já se viu que não é lá essas coisas.

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