quarta-feira, 2 de fevereiro de 2005

Brasil, meu Brasil brasileiro


Dois acontecimentos chamaram minha atenção ontem.
Primeiro: o deputado federal pelo PT, Luiz Eduardo Greenhalg, que acaba de torrar algo em torno de 250 mil reais para tentar eleger-se presidente da Câmara dos Deputados, foi – em 1.989, há 16 anos – acusado de levar grana para facilitar um empreendimento imobiliário de uma empresa paulistana. Na época, não deu em nada. Houve comissão parlamentar de inquérito, investigação policial etc etc, e nada. Agora, apareceu uma fita de áudio, contendo conversas incriminadoras. Quer dizer: a turma guarda os porretes em armários. Se o cidadão levanta a cabeça, pum. Cacetada nele. Caso contrário, as provas dormem nos esconderijos.
Segundo: estava a assistir ao noticiário da TV Band. Surgiu a notícia: em 1.985, Paulo Maluf teria pedido ao general Newton Cruz que matasse Tancredo Neves. Claro que nem o general, nem o Maluf, nem a Band, nem o cadáver de Tancredo, merecem a menor credibilidade. Mas o que me parece sintomático é que essa notícia não terá a mais mínima repercussão. Ficará tudo por isso mesmo. Um general (de pijama, mas general) vem a público afirmar que recebeu pedido de um candidato à presidência da república para que assassinasse o outro candidato. Esse outro candidato ganha a eleição e morre de maneira jamais bem explicada. E fica tudo por isso mesmo.
Não é divertido?

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