sexta-feira, 4 de junho de 2004
O gato comeu
Tenho imensa curiosidade acerca do que foi feito com os dólares obtidos com a venda de jogadores pelo São Paulo F.C. nos últimos vinte anos. Como bem sabe quem acompanha (um pouco que seja, como eu) o dia-a-dia do futebol paulista, o SPFC já há muitos anos adotou a estratégia de formar seus jogadores em casa, valorizá-los rapidamente e vendê-los, de preferência para clubes europeus. É uma estratégia que tem méritos inegáveis. O custo é quase zero. O lucro, enorme. É verdade que a frustração dos torcedores é constante. Quando começa a se encantar com algum jogador... pronto. Já lá se vai o dito cujo para a Europa. Passa-se a vê-lo tão somente pela TV, nos campeonatos europeus. Que se há de fazer. As diferenças econômicas entre cá e lá tornam esse fenômeno praticamente inevitável.
Mas pra onde vai essa dinheirama?
Fiz um levantamento superficial e verifiquei que - nos últimos vinte anos - foram vendidos os seguintes jogadores (quase todos para a Europa): Cafu, Oscar, Antonio Carlos, Ricardo Rocha, Bordon, Ronaldão, Beletti, Ronaldo Luis, André Luis, Fabio Aurélio, Nelsinho, Serginho, Sidney, Edmilson, Bernardo, Julio Batista, Leonardo, Válber, Silas, Edu, Juninho, Raí, Kaká, Muller, Dodô, Caio, França, Denílson, Zé Sérgio, Serginho Chulapa, Careca. São 31 jogadores. Provavelmente esqueci de alguns. Só um deles,o Denilson, foi vendido (ao Betis) por trinta e dois milhões de dólares americanos.
É isso aí.
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