quinta-feira, 3 de junho de 2004
Ainda sobre cotas
Dia 26 de maio escrevi aqui sobre a questão das cotas para negros nas universidades brasileiras. Na ocasião, o que me sugeriu o assunto foi uma foto que vi - acho que na Folha de S.Paulo - na qual uns quatro estudantes eram mostrados como candidatos a vagas em uma universidade na cota para negros. A universidade em questão informava que o critério para admissão de candidatos na cota para negros havia sido a cor da pele. Ora, nenhum deles - pelos critérios popularmente usados entre nós - poderia ser considerado negro a julgar pela cor da pele. Acho até que mesmo nos EUA dificilmente o seriam. Meu comentário voltou-se, então, mais para essa questão de como determinar quem entra em cota, quem não.
Gostaria de pensar melhor a própria existência das cotas. Esse artigo de Antônio Gois, na Folha de S.Paulo de hoje, reconhece as dificuldades de se avaliar adequadamente a questão, mas entende que a simples proposta de um sistema de cotas tira da letargia em relação às desigualdades setores importantes (como a Universidade de São Paulo) que teriam partido para ações afirmativas diante da "ameaça" de um sistema de cotas.
Vou pensar no assunto. Enquanto isso, espero comentários. A Susana Paixão, o Padre Pedro, o Luccks, por exemplo, parecem ter idéias a respeito. Que tal compartilhá-las aqui?
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