sábado, 29 de maio de 2004
Índices econômicos
Sugiro ao ministro Antonio Paloffi que considere - em suas decisões macroeconômicas - as cotações do Louco da Montanha (à direita da tela, descendo um pouco).
Nota (30/07/2.006) - mantenho este post apenas como homenagem póstuma ao blog do Léo (Louco da Montanha).
sexta-feira, 28 de maio de 2004
Já o Santos F. C. ...
Com um gol de bola parada, o Santos Futebol Clube perdeu por 1 a 0 para a equipe do ... ah. Deixa pra lá.
quinta-feira, 27 de maio de 2004
Parabéns
quarta-feira, 26 de maio de 2004
F.C. Porto já está lá
PORTO 3 X 0 OUTRO TIME
FICHA DO JOGO
UEFA Champions League (final)
Estádio Arena Auf Schalke, em Gelsenkirchen
Árbitro: Kim Milton Nielsen (Dinamarca)
Assistentes: Jens Larsen e Jorgen Jepsen
4º árbitro: Erik Knud Fisker
MÓNACO: onze indivíduos, mais alguns reservas e um treinador.
F.C. PORTO: Vítor Baía; Paulo Ferreira, Jorge Costa «cap.», Ricardo Carvalho e Nuno Valente; Costinha, Pedro Mendes, Maniche e Deco; Derlei e Carlos Alberto
Substituições: Carlos Alberto por Alenitchev (60m), Derlei por McCarthy (77m) e Deco por Pedro Emanuel (84m)
Não utilizados: Nuno, Ricardo Costa, Jankauskas e Bosingwa
Treinador: José Mourinho
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Carlos Alberto (39m), Deco (70m) e Alenitchev (75m)
Disciplina: Cartão amarelo a Nuno Valente (28m), Carlos Alberto (39m)
Fácil fácil.
Co(i)tados
Deixa ver se entendi.
O sistema de cotas para negros nas universidades destina-se a dar uma chance maior de entrada no nível de ensino superior a pessoas que – graças à cor da pele – não tiveram as mesmas oportunidades de aprendizado durante o ensino médio.
Trocando em miúdos, o cidadão não está preparado para entrar na faculdade mas como isso é culpa da sociedade ele entra assim mesmo.
Aí começa o curso. Como a tal sociedade continua não oferecendo ao tal cidadão das cotas (é cotado? ou coitado?) condições para que ele estude tanto e em tão boas condições quanto os brancos, o coitado não vai conseguir boas notas nas provas.
Aí os professores vão viver o dilema: ou reprovam o coitado e um belo dia ele desiste dessa idéia elitista de fazer um curso superior, ou aprovam o dito cujo sem que ele saiba o que deveria saber.
Na primeira hipótese, o resultado é apenas postergar por um ou dois anos a frustração do jovem.
Na segunda hipótese, ele vai acabar por formar-se sem o conhecimento necessário. Digamos, só pra raciocinar, que ele se forme em medicina. Aí ele vai pro mercado de trabalho e descola um emprego em algum hospital ou em alguma clínica.
Quando morrer o primeiro paciente como resultado da inépcia do nosso medicota, ele alega em sua defesa o sistema de cotas? Argumenta de que maneira?
a) Diz que há um monte de médicos igualmente incompetentes e que se formaram fora do sistema de cotas;
b) Vale-se do corporativismo dos conselhos regionais de medicina e continua matando impunemente;
c) Manda a família do morto reclamar com o bispo, já que esse não chegou onde chegou graças a nenhum sistema de cotas (ou será que?);
d) Fica na dele já que ninguém vai perceber que ele entrou na faculdade pelo sistema de cotas. Ele é loiro, olhos azuis. Só declarou que era negro pra facilitar a vida;
e) Todas as anteriores.
Dream Team # 1
Disse que não ia mais dar palpites sobre futebol.
Sonhar eu posso.
Gilmar dos Santos Neves
Mauro Ramos de Oliveira / Dario Pereyra
Carlos Alberto Torres / Newton Santos
Zito / Roberto Dias
Maradona
Garrincha / Pelé / Canhoteiro
terça-feira, 25 de maio de 2004
Bico calado
Desde que vi jogar pela primeira vez Belletti e Edmílson (nos tempos em que começaram no São Paulo) sentenciei: como jogam mal, que coisa horrível.
Júlio Baptista, então, poderia praticar várias modalidades esportivas mas futebol - decididamente - não era sua praia.
Eis que no dia da graça de vinte e cinco de maio do ano de dois mil e quatro, ou seja, hoje, tive que engolir (além do Zagallo) Belletti jogando o fino na lateral direita do time do Brasil, Edmílson enfiando um passe de 40 metros - a la Gerson - pro Ronaldo fazer um gol e - pasmem senhores leitores! - Júlio Baptista fazendo dois gols na seleção da Catalunha.
Pior: quando a bola lhe foi passada pelo Edu, Júlio Baptista tocou-a sem nenhum carinho (sem aquela intimidade dos sábios), ela subiu desastradamente e ele... transformou necessidade em virtude. Jogou-se ao ar e fez um incrível gol de bicicleta.
Nunca mais dou palpites sobre futebol. Foi demais pra mim.
sábado, 22 de maio de 2004
Lusitanidade
Não sei, não sei.
Fui criado por um pai português que não amava Portugal (estarei sendo incorreto?). Já não posso certificar-me disso. Há muito ele nos deixou. Passei bastante tempo sem preocupar-me com isso. Com Portugal. Quando aí estive pela primeira vez, lá por 1.990, sobrevoei o Porto e fui ancorar em Lisboa. Era domingo. Fui ao restaurante Pabe e pedi um cognac antes do bacalhau. O garçom não entendia porque comi o bacalhau a chorar (‘Será que está tão ruim assim o prato’, deve ter pensado). É verdade que Carlos Drummond de Andrade já havia dito: ‘mas essa lua, mas esse conhaque, botam a gente comovida como o diabo’. Não era isso. Era estar na terra de meu pai, ainda que fosse a terra que ele havia renegado. Não se renega o sangue. Ele volta.
A primeira vez que visitei Passos, minha aldeia, senti que chegara à minha terra. Meu lugar. Não sei qual a ligação que meu pai tinha – lá no íntimo do íntimo – com sua terra natal. Sei de mim. Sei – não me perguntem por quê – que Passos é minha pátria.
Gosto de ver os portugueses a reclamar de tudo. Queixam-se dos políticos, da burocracia, do diabo. Bom. Muito bom. Mas eu não consigo discutir Portugal. Ao menos por enquanto. Quem sabe, quando for português mais experiente, possa eu vociferar contra os poderes constituídos. Por ora, encharco-me de lusitanidade.
Amo esse cantinho da Europa como uma criança cultua seu pedaço de quarto. Seu esconderijo, sua privacidade.
É verdade que o Algarve me intimida um pouco. É lindo demais, é elegante ao extremo.
É verdade que Lisboa é uma metrópole como muitas outras. Cidade universal.
Agora, quando penso em meu Trás-os-Montes, com suas cores pastel, seus relevos, sinto-me em casa, sou eu e minha circunstância.
Quero viver Passos, morrer em Passos, reatar os laços que meu pai rompeu. E quem sabe, lá adiante, tudo se rejunte, se consolide. Ou não. Talvez não haja como recuperar os elos perdidos. Talvez tudo seja novo, nada de retorno. Se for assim, que seja. O novo é esplêndido.
sexta-feira, 21 de maio de 2004
Cemitério vertical
A propósito de um post no blog FDR sobre o Cemitério Memorial do Carmo fiz este comentário:
Já dentro do elevador, apertei o 23 (acho que é no 23).
Sei lá. Tava perdidão, não sabia aonde ir.
Quando parou, desci, olhei em volta. Ninguém.
Entrei na primeira sala com a porta aberta.
Procurei pela secretária, recepcionista, qualquer pessoa que me desse informação.
Não aparecia ninguém. Havia umas cadeiras. Sentei em uma delas e comecei a observar o ambiente.
As paredes eram monotonamente divididas em quadrados. Pareciam gavetas.
Todas iguais. Brancas.
Como não aparecia viva alma, levantei e fui ver o que havia naquelas gavetas. Abri uma delas, a esmo.
Estava começando a me interessar pelo que vi, quando fui interpelado:
- Oi! Tudo bem?
- Tudo bem, Alfredo. O ministro está?
- Sim, está. Vai te receber logo.
- Ainda bem. Estava achando estranho esse vazio aqui no ministério.
- É. É um seminário. Foram todos pra lá. Só voltam no final da tarde, pra bater o ponto.
- Tudo bem. Mas... aquele corpo naquela gaveta. É pra quê?
- Sei lá. Coisas da administração pública.
quinta-feira, 20 de maio de 2004
Melhor que ambrosia
O Quarteto de cordas da cidade de São Paulo toca o Quarteto op. 59, nº3, de Beethoven.
Em seguida, com o pianista convidado Eduardo Monteiro, apresenta o Quinteto para piano e cordas, de Henrique Oswald.
Tá certo. Tudo isso foi ontem. Mas dia 23 de junho tem mais, no Espaço Promon.
A entrada é vintinho. Estacionamento na faixa.
Pelo nível do Quarteto, é 'de grátis'.
Atualização: Em 30/07/2.006, ao transpor para cá este post, que tinha sido publicado primeiramente em meu blog no Mblog, percebi que quase todos os links já não remetiam a sites existentes. Tratei de substituí-los.
quarta-feira, 19 de maio de 2004
Os bailes da Ilha Fiscal
Ao final da monarquia houve o famoso baile da Ilha Fiscal.
A elite "desse país" (como gosta de falar o companheiro Lulla) continua do mesmo jeito. Não está nem aí.
Olha só a notícia na coluna da Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo de hoje:
Rodopios no ar
Fernando de Arruda Botelho, do grupo Camargo Corrêa, vai abrir sua fazenda, no começo de junho, para um encontro de 'jatinhos' e 'jatões' em sua propriedade de Itirapina, no interior de São Paulo.
Mais de 500 aviões devem pousar na pista da fazenda - no ano passado, em encontro parecido, foram 350. Para o evento, Arruda Botelho ampliou o pátio em que as aeronaves vão pousar, de 18 mil m2 para 70 mil m2. E construiu uma torre tão moderna quanto a do aeroporto de Congonhas.
Cada avião que pousa na pista dá um show à parte, com o piloto fazendo demonstrações de suas habilidades no ar.
Que gracinha.
domingo, 16 de maio de 2004
sábado, 15 de maio de 2004
What Famous Leader Are You?
Fiz esse teste, que se propõe a dizer que tipo de líder famoso é você, desde que você responda a uma série de perguntas. Tem gente que é do tipo Madre Tereza de Calcutá. Outros são tipo Bin Laden. Há ainda os Abraham Lincoln, os Che Guevara etc etc. O meu resultado foi esse aí, ó:
What Famous Leader Are You?
personality tests by similarminds.com
"Você gosta de ser o centro das atenções e deseja fama. Você é Bill Clinton. Você é capaz de sacar os pontos de vista mais populares e, então, encampá-los. Você é um camaleão social."
Cadê a minha Mônica?
Que eu saiba, já fizeram o teste:
o Asulado, do Asul;
a Oblíqua, do Pilha Oblíqua;
a Carla Hilário, do Bomba Inteligente;
Vieira do Mar, de Controversa Maresia;
o André Abrantes Amaral, d'O Observador;
o Afonso Neves, d'A Razão das Coisas;
...
Isso não acaba nunca!
(Por "social chameleon" acho que eles querem dizer, em bom português, Vaselina.)
quinta-feira, 13 de maio de 2004
Boticas e o Padre Pedro
Por falar em Chaves, um pouco a sudoeste fica Boticas.
E, em Boticas, o Padre Pedro, com seu blog.
Se você quiser ficar com vontade de ir até lá, leia - além do Padre Pedro - estas informações de Isabel Joyce.
Muito bem. Mas o Padre Pedro bem que podia detalhar como vem a ser essa truta recheada com presunto.
terça-feira, 11 de maio de 2004
Chaves e as fotos de Pedro Malheiros
Se você nasceu em - ou é de - Chaves não deixe de deliciar-se com as fotos expostas por Pedro Malheiros aqui.
Se você não tem nada a ver com Chaves mas é um ser humano dotado de um mínimo de sensibilidade, não deixe de lambuzar-se com esse néctar também.
Atualização (31/07/2.006): O link acima levava ao blog Chaves, de Pedro Malheiros. Tal blog acabou de forma um tanto tumultuada. Pedro Malheiros ameaçou suicidar-se, depois pediu dinheiro aos leitores, atraiu com isso a ira de vários moradores de Chaves. Finalmente sumiu. Constato, agora, que no mesmo endereço está o blog Chaves I, com fotos de Fernando D C Ribeiro.
Quem quiser ver as fotos de Pedro Malheiros, inclusive as de Chaves, vá aqui.
O amor ao Porto
A primeira vez que cheguei ao Porto não tinha um mapa da cidade e fui guiando a esmo. Era domingo de manhã. Depois de algum tempo resolvi parar para perguntar onde estava e como chegar ao centro histórico. Percebia estar em um bairro residencial. Parei em uma padaria de esquina. Dela ia saindo um rapaz de bermudas. Estava evidente que acordara havia pouco tempo. Decidira ir comprar uns pães, jornal, coisas assim. Iria voltar pra casa (devia morar ali por perto) e aproveitar o restante daquela bela manhã dominical para não fazer deliciosamente nada. Perguntei-lhe como devia fazer para ir ao centro. Disse-me que entrasse no carro e o seguisse. Fiquei um tanto desconsertado mas fiz o que me sugeria. Ele dirigiu durante uns quinze minutos, parou em uma praça e me esclareceu que estávamos já no centro histórico, ali estava a Torre dos Clérigos. Explicou-me como descer até a margem do Douro, desejou boa estada, despediu-se e foi embora. Minha mulher e eu ficamos nos olhando por uns segundos, sem entender tudo aquilo. A gentileza daquele tripeiro escapava à nossa compreensão de selvagens paulistanos.
Vários anos antes eu - indo para Lisboa - sobrevoara o Porto e ficara com uma impressão idílica da cidade. Essas lembranças se concretizavam nesse momento, em função daquele gesto.
Mais tarde, conhecemos o Majestic. Lá, tomando vinho durante conversas intermináveis, convenci-me de que essa cidade é a minha preferida. Certo que Passos é minha pátria. Mas Passos é pequenina, tadinha. Cidade, cidade mesmo, é o Porto.
domingo, 9 de maio de 2004
Violência e Tráfico no Rio
João Ubaldo Ribeiro termina seu artigo sobre a relação entre tráfico de drogas e violência no Rio de Janeiro (hoje em O Globo) passando a bola pro leitor: "...os senhores tirem suas próprias conclusões. Meu medo é que, quaisquer que sejam elas, tudo acabe indo, se já não foi, para a Cucuia de qualquer jeito. ".
Já foi, João, já foi.
Fim do mundo
Ponta de Sagres
(não sei se dá pra ver, mas tem um fulano pescando lá de cima)
Na Idade Média entendia-se que esses promontórios no extremo sudoeste de Portugal eram o fim do mundo. No período romano, no cabo de São Vicente não era permitido oferecer sacrifícios nem pernoitar, pois dizia-se que os deuses o ocupavam a essas horas. E o povo de Sagres concluía que o Sol deste lugar emitia ruído quando se punha em cada dia... (leia mais aqui)
Era um tempo em que havia fim do mundo, no sentido espacial. Hoje ninguém sabe se há fim do mundo ou não, se o universo é finito ou não (leia, por exemplo, um pouco disto).
No sentido temporal, a mesma coisa. Há os que acham que o mundo não terá fim. Outros acreditam que já acabou faz tempo.
Há quem afirme que é o fim do mundo o que o Bush e os soldados americanos estão aprontando. Outros têm certeza de que coisas assim sempre aconteceram e vão continuar a acontecer. O absurdo não tem fim, dizem.
Já decretaram o fim da História, o fim das Ideologias, o fim do futebol.
Enquanto o mundo não acaba, me passa o sal, por favor.
sexta-feira, 7 de maio de 2004
Pecém, Ceará, BR
Em homenagem ao Luis Tamiosso, o Luccks do ChargesBR, aí vai uma foto da praia do Pecém, no Ceará. Essa foto eu tirei no final de 1.998. Fiquei hospedado em uma pousada em que o gerente era um gaúcho ex-funcionário da Varig. Largou tudo pra viver no Ceará. Mais ou menos na linha Luccks.
Não quero nem saber como está Pecém hoje. Se o projeto dos doidivanas Tasso e Ciro foi em frente, acabou. Se o projeto gorou, quanta grana no lixo. A dinastia Jereissati/Gomes inventou um projeto a ser implantado na região: fizeram um porto enorme no Pecém (o primeiro navio que tentou atracar lá ficou quinze dias tentando, sem conseguir, por causa do vento), bolaram uma forma de transportar matéria prima pra uma usina no interior pra fabricar chapas de aço pra exportação. Tudo tocado por grandes empreiteiras. Tudo com grandes orçamentos. Cê sabe, né. Campanha eleitoral custa caro, meu. Toda essa maravilha em um lugar com vocação evidentemente turística, natureza a esbanjar beleza. É evidente que as previsões para o investimento foram sempre sendo reavaliadas pra cima. De repente, o empreendimento - que era pra ser tocado por um pool de empresas estrangeiras vai buscar dinheiro aonde, aonde? BNDES, claro, claro.
Pô, mas como estou azedo. Todo esse papo começou como homenagem ao Luccks, ao Ceará.
De repente rola essa choradeira toda. Xapralá.
Atualização (17/02/2008): a página associada a BNDES (último link do post) não existe mais. Coloquei outra, do próprio BNDES, falando em mais grana a ser enterrada no mirabolante projeto do Pecém. A turma não se contenta com pouco.
quinta-feira, 6 de maio de 2004
O amor em Coimbra
Em algum dia de agosto, 1.999, minha mulher e eu estávamos jantando no restaurante do Hotel D. Luis, em Coimbra. Às tantas começamos a prestar atenção em um casal sentado numa mesa próxima. Ambos tinham mais de oitenta anos. A senhora havia apoiado sua bengala no espaldar de sua cadeira. Conversavam animadamente e olhavam-se com carinho, mãos dadas sobre a mesa. Minha mulher - que não tem a minha timidez - levantou-se e foi conversar com eles. Explicaram: tinham sido namorados na juventude. O pai dela não permitiu o casamento. Os dois casaram-se com outras pessoas e levaram a vida. Ele terminou viúvo. Procurou-a. O amor persistia. Ela, ainda casada, encontrava-o furtivamente, como agora.
A fotografia do casal está distorcida. Não sei o rolo que daria se publicasse a foto original. Cautela e caldo de galinha...
Mas que é emocionante ver uma coisa dessas, lá isso é.
Rouba mas faz
ou
Estupra mas não mata
Vista da favela Paraisópolis, Morumbi, São Paulo.
É inacreditável, apesar de secular, o egoísmo da nossa elite. Vou ficar só num exemplo. Selecionei, pelo Google, uma matéria sobre o custo de acabar com as favelas na cidade de São Paulo. Dá só uma olhada aqui. Segundo essa matéria, a solução total do problema custaria três bilhões de reais (tá certo que a matéria fala em um prazo de quinze anos. Vamos chutar cinco anos e aumentar a "verba" pra três bilhões de DÓLARES. Certo? Só pra argumentar.)
Nessa outra matéria aqui, fica-se sabendo que em quatro anos (entre 1.996 e 1.999) uma parte da elite brasileira enviou para o exterior a módica quantia de trinta bilhões de dólares.
Minha pergunta é a seguinte: por que diabos, ao invés de ficar blindando automóveis, contratando seguranças particulares como moscas, pagando resgastes de parentes seqüestrados etc etc etc, essa nossa iluminada elite não paga o dízimo de sua corrupção? (veja que nem quero acabar com a corrupção, só estou dando uma de Edir Macedo)
Com o dízimo disso que eles mandaram pra fora do país dava pra resolver o problema das favelas de São Paulo (e olha que são mais de duas mil!) em quatro ou cinco anos.
Ia acabar com os seqüestros, roubos, assassinatos, etc etc etc? Não. Nem eu estou dizendo que a origem desses crimes esteja nas favelas (em parte está, mas só em parte). Mas ao menos a elite poderia começar a orgulhar-se de alguma coisa além das festas em Comandatuba com as esposas vestidas de oncinhas.
sábado, 1 de maio de 2004
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