terça-feira, 25 de maio de 2004

Bico calado


Desde que vi jogar pela primeira vez Belletti e Edmílson (nos tempos em que começaram no São Paulo) sentenciei: como jogam mal, que coisa horrível.
Júlio Baptista, então, poderia praticar várias modalidades esportivas mas futebol - decididamente - não era sua praia.



Eis que no dia da graça de vinte e cinco de maio do ano de dois mil e quatro, ou seja, hoje, tive que engolir (além do Zagallo) Belletti jogando o fino na lateral direita do time do Brasil, Edmílson enfiando um passe de 40 metros - a la Gerson - pro Ronaldo fazer um gol e - pasmem senhores leitores! - Júlio Baptista fazendo dois gols na seleção da Catalunha.
Pior: quando a bola lhe foi passada pelo Edu, Júlio Baptista tocou-a sem nenhum carinho (sem aquela intimidade dos sábios), ela subiu desastradamente e ele... transformou necessidade em virtude. Jogou-se ao ar e fez um incrível gol de bicicleta.
Nunca mais dou palpites sobre futebol. Foi demais pra mim.

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