segunda-feira, 2 de outubro de 2006
Se a eleição para Deputado Federal fosse majoritária
A bancada de São Paulo, de 70 deputados, foi composta de acordo com os critérios da eleição proporcional, exposto no post abaixo.
Caso a eleição para Deputado Federal fosse majoritária, estado por estado, a bancada de São Paulo sofreria as seguintes modificações:
Os 58 primeiros se elegeriam do mesmo modo.
Isso significa:
PP – 3 deputados
(Maluf, Celso Russomano e Vadão)
PTC – 1 deputado
(Clodovil)
PRONA – 1 deputado
(Enéas)
PSDB – 17 deputados
(Emanuel, Edson Aparecido, Thame, Renato Amary, Walter Feldman, Duarte Nogueira, Julio Semeghini, Trípoli, Arnaldo Madeira, Vanderlei Macris, Silvio Torres, José Aníbal, Paulo Renato Souza, Lobbe, William Woo, Fernando Fuad Chucre e Pannunzio)
PDT – 2 deputados
(Paulinho da Força e Reinaldo Nogueira)
PSB – 3 deputados
(Marcio França, Luiza Erundina e Dr. Ubiali)
PFL – 5 deputados
(Dr. Pinotti, Jorge Tadeu, Silvinho Peccioli, Guilherme Campos e Walter Ihoshi)
PPS – 1 deputado
(Arnaldo Jardim)
PT – 14 deputados
(João Paulo Cunha, Arlindo Chinaglia, Antonio Palocci, Jilmar Tatto, Zarattini, José Eduardo Cardozo, Vaccarezza, Janete Pietá, Paulo Teixeira, Ricardo Berzoini, José Mentor, Genoíno, Vicentinho e Devanir Ribeiro)
PC do B – 1 deputado
(Aldo Rebelo)
PTB – 4 deputados
(Ricardo Izar, Frank Aguiar, Nelson Marquezelli e Arnaldo Faria de Sá)
PL – 2 deputados
(Milton Monti e Valdemar Costa Neto)
PMDB – 3 deputados
(Antonio Bulhões, Francisco Rossi de Almeida e Michel Temer)
PSOL – 1 deputado
(Ivan Valente)
Vai daí, esses estariam eleitos por qualquer dos critérios.
Há 12 candidatos que foram eleitos e não o seriam no esquema majoritário. São:
PV – 5 deputados
(Dr Talmir, Roberto Santiago, Marcelo Ortiz, Toffano e Dr. Nechar)
Acontece que os cinco tiveram boas votações, muito próximas entre si (entre 40 e 60 mil) e um pouco abaixo da votação do 70º colocado (aproximadamente 78 mil). Isolados, nenhum deles se elegeria. Juntos, levaram para o PV uma boa votação que lhe rendeu cinco cadeiras. No critério majoritário o PV não teria representante na bancada paulista na Câmara.
PP – 3 deputados
(Beto Mansur, Aline Correa e Marcelo Mariano)
Esses três foram no vácuo de Maluf e Russomano.
Uma bancada que seria de três, pelo critério majoritário, pulou para seis deputados.
Quatro partidos ganharam um deputado a mais cada um:
PSB (Edinho Montemor)
PDT (Dado)
PSC (Regis de Oliveira)
PTC (Cel Paes de Lira, a menor votação entre os eleitos: 6.673 votos)
Reparem que no PV, do qual se espera maior coesão programática, o critério proporcional gerou uma bela bancada. O critério majoritário deixaria o PV fora.
Já no caso mais gritante, o do PTC, Clodovil arrastou consigo um coronel linha dura, contrário em quase tudo às idéias de Clodovil. Neste caso, como se trata de um partido sem identidade programática, o critério proporcional gera uma anomalia desse teor. Os eleitores de Clodovil elegeram, de quebra, o coronel que é o avesso daquilo em que votaram.
Por fim, os azarados, ou seja: os que seriam eleitos pelo critério majoritário mas ficaram de fora para ceder seus lugares aos acima nomeados:
Os doze são:
PFL – 4 candidatos
(Jorginho Maluly, Bispo Gê, Milton Vieira e Eleuses Paiva)
PMDB – 2 candidatos
(Paulo Lima e Professor Benjamin)
PTB – 2 candidatos
(Pastor Jefferson e Roberto de Jesus)
PT – 2 candidatos
(Telma de Souza e Oswaldo Dias)
PL – 1 candidato
(Souza Santos)
PSDB – 1 candidato
(Jose Carlos Stangarlini)
Um detalhe que me chamou a atenção: dois ex-prefeitos de Santos, Beto Mansur e Telma de Souza, ficaram em situações opostas. O primeiro não estava entre os 70 mais votados e foi eleito (67.447 votos). Telma de Oliveira era um dos 70 mais bem votados (89.637 votos) e ficou fora.
Coisas do sistema proporcional.
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