quarta-feira, 8 de dezembro de 2004

Conímbriga


Claro que o dia começou por Coimbra. Consegui comprar uma placa Vodafone (viu, Asulado) para acessar a Internet sem fio e sem wi-fi e uma máquina digital. Meu Pai Natal está completo. Só não ponho aqui já uma foto porque fui meter o CD com fotos do Hotel Palace de Buçaco no drive de CD e ele sumiu dentro do notebook (mais problemas a resolver).
No almoço, leitão no Pedro dos Leitões, Mealhada. Isso sim, é algo que se pode sem receio de errar chamar de "o melhor do mundo". Quando comecei a comer, deixei escapar uma exclamação: "Huummmmmm!". A baixinha já caiu matando: "não começa a elogiar".
Ao contrário, fiz uma crítica: ao invés de mesas e cadeiras, o restaurante devia ser dotado de genuflexórios. Só deveria ser permitido comer esses leitões de joelhos, em atitude de adoração.
À tarde, fomos a Conímbriga, pouco ao sul de Coimbra, ver as ruínas lá existentes. É impressionante. Em Santiago de Compostela eu já ficara fascinado pelos degraus do século XI, gastos pelo uso. Os pés de milhares e milhares de seres humanos ao longo de quase dez séculos gastaram a parte central do mármore daqueles degraus.
Em Conímbriga, você se vê dentro de casas construídas entre os séculos I e IV. Quase é possível ver pessoas praticamente contemporâneas de Cristo a andar por salas, quartos, banheiros e cozinhas.
É um verdadeiro choque temporal. Saímos de lá em silêncio, reverentes.
Não sei se sabem, mas sou fã incondicional da espécie humana.

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