terça-feira, 7 de dezembro de 2004
Aveiro: ovos moles, farol rijo
Saímos do hotel lá pelas dez da manhã. Fazia um frio de quatro graus Celsius. Dia lindo, céu azul, tudo ensolarado. Ao descer a serra já se consegue uma "melhoria" de uns quatro a cinco graus na temperatura. De Buçaco passa-se por Luso (um lugarejo. Dirão os brasileiros: mas, por aí, tudo não é luso?), chega-se a Mealhada e, daí, à auto-estrada Lisboa-Porto, a A1. Fomos por ela até a entrada para Ílhavo. Cidadezinha encantadora, a de meu nascimento burocrático português. Quando entrei na Conservatória do Registro Civil para conhecer dona Zulmira, que tantas vezes aturou-me ao telefone para informar sobre o andamento dos processos de nacionalidade de meus filhos (e, antes, do meu próprio) ela já saíra a almoçar. Fomos, então, às praias. Pensei que fosse um pulinho, do centro de Ílhavo às praias. Ledo engano. É um labirinto guiado por placas. Finalmente chega-se à Barra, balneário bem ajeitado. Fica aí o Farol de Aveiro. Se tivesse já comprado minha máquina fotográfica digital, colocaria aqui a foto do farol. Grandão, imponente. Símbolo fálico evidente, que só pra isso serve. Parece que só os ovos é que são moles, nestas bandas.
Daí, fomos a Aveiro. Cidade grandinha (deve ter uns duzentos mil habitantes, por aí). Não nos demos muito bem. Sem termos feito a lição de casa, não sabíamos nada sobre restaurantes, nada sobre o que visitar, nada de nada. No posto turístico nos disseram que na região do Mercado do Peixe havia uma porção de restaurantes. Comemos em um sofrível. Depois, toca a procurar a loja da TMN pra comprar a placa que deverá fazer este notebook comunicar-se com o mundo depois que não existir mais wi-fi.
E aí aconteceu o que parece justificar o comentário irônico do José Carlos sobre a escassez de tecnologia ao norte de Portugal: ontem, domingo, em Figueira da Foz, o garotão da loja TMN me disse que em Aveiro sim. Sim, lá há uma loja verdadeira da TMN, com tudo à disposição.
Hoje, em Aveiro, primeiro no Forum (centro comercial super bonitinho): não, esta é uma loja contratada da TMN. Em tal lugar assim assim há a real loja TMN. Há lá uma assistência técnica que tudo resolverá etc etc etc. Com a ajuda das explicações de uma gaúcha que encontramos na rua e que mora há três anos em Aveiro (sem perder o pesado acento gaúcho) chegamos na loja verdadeira. Só uma atendente, um monte de gente para ser atendida. Espera que espera. Na minha vez peço a placa. Não, não a temos. Isso só em Lisboa, Porto ou Coimbra. Coimbra? Lá vou eu. Amanhã de manhã.
Ovos moles? São a gemada que minha mãe me preparava na infância, servida em uma casquinha chamada 'hóstia'. Milagre de marketing. Só perde pra Fátima. Pelo menos os ovos moles existem e são deliciosos. Já quanto a Fátima. Deixa pra lá.
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