Quando, no Brasil, irrompeu o movimento militar-popular de 1.964, a adesão foi quase total.
Os inimigos do novo regime eram poucos, pouquíssimos.
Até finais de 1.968, houve um regime de liberdade relativa.
Alguns poucos haviam sido presos, outros banidos, vários outros perseguidos.
Com o Ato Institucional nº 5, começou a verdadeira ditadura.
A partir de então, quase nenhuma contestação.
As organizações de esquerda, raquíticas, foram perdendo o apoio dos poucos setores da classe média que ainda lhes davam algum respaldo.
Em finais dos 60 e início dos 70, a aceitação da ditadura foi quase absoluta.
O povo, quase em uníssono, era parceiro do regime.
É por isso que hoje, quarenta anos depois, fico admirado ao ver a enorme quantidade de brasileiros acima dos 50 anos que revelam sua profunda aversão àquela ditadura.
Onde estaria essa gente toda nos anos 70? A passear em Marte?
Isso para não mencionar as instituições que hoje fazem profissão de fé na democracia.
Onde estavam naquela época?
Nos anos 70 existiam os que gostavam da ditadura militar e os que sonhavam com a ditadura do proletariado.
Noves fora, quase nada mais.
Hoje, quase todo mundo, no Brasil, é democrata desde criancinha.
Quanto aos mais velhos, são poeira que vai para onde o vento a leva.
Já os mais jovens... Nada sabem da História. Navegam no imenso mar do analfabetismo.
quinta-feira, 30 de maio de 2013
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Ia
Hoje eu quis fotografar
Lua cheia que brotou
no horizonte de Bragança.
Deixei de lado a ideia.
Esta lua é de hoje,
a nossa é de antigamente.
Nem crescente nem minguante.
Lua nova inesquecível.
Invisível. Radiante.
É astro que não se vê,
mas chama que não se apaga.
Beleza num céu vazio.
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Os instantes de fama de uma juíza
Uma juíza de Indaiatuba, Estado de São Paulo, ordenou à Folha de SPaulo a retirada de menção, em coluna do José Simão de 22/08/2012, a uma candidata nas eleições do ano passado. Para ajudar a tal juíza a perceber que em tempos de Internet essa censura é inócua, aí vai a explicação do caso e o texto original do Simão.
(clique nas imagens para ampliá-las)
quarta-feira, 22 de maio de 2013
sábado, 18 de maio de 2013
domingo, 12 de maio de 2013
A falta de carácter de Jorge Jesus
Porto e Benfica jogaram entre si para, na prática, definirem o campeão da temporada.
Ao Benfica bastava um empate.
O Porto precisava da vitória.
Se Jorge Jesus, o treinador do Benfica, tivesse visto com atenção o jogo de Barcelona entre o Bayern e o Barcelona, teria aprendido uma boa lição. O Bayern havia vencido a primeira mão, em Munique, por 4 a 0. Bastava não perder por diferença de 5 golos em Barcelona. Jogou a abafar o Barcelona desde o início. Resultado: 3 a 0 para o Bayern.
Não. Jorge Jesus decidiu lutar pelo empate. Foi castigado por um golo nos acréscimos. Aliás, um golo brasileiro. Tabela entre Kelvin e Liedson (com esses nomes, só podiam ser brasileiros...) e belíssimo pontapé de Kelvin, cruzado, indefensável.
O que me chocou foi a declaração de Jorge Jesus ao final. Ao invés de reconhecer que sua estratégia fracassou, desculpou-se ao alegar que o primeiro golo do Porto foi um auto golo (gol contra) do guarda-redes brasileiro Artur.
Ora, a bola tinha a direção da meta. Artur tentou desviá-la para fora. Não conseguiu e ela entrou. Se isso é auto golo, todo golo em que o guarda-redes toca na bola antes que ela entre na meta seria auto golo.
Para uma equipa - o Benfica - que joga na próxima quarta-feira uma final da Liga da Europa, essa verdadeira acusação do treinador ao guarda-redes é desastrosa.
Mais do que isso: revela total falta de carácter.
Ao Benfica bastava um empate.
O Porto precisava da vitória.
Se Jorge Jesus, o treinador do Benfica, tivesse visto com atenção o jogo de Barcelona entre o Bayern e o Barcelona, teria aprendido uma boa lição. O Bayern havia vencido a primeira mão, em Munique, por 4 a 0. Bastava não perder por diferença de 5 golos em Barcelona. Jogou a abafar o Barcelona desde o início. Resultado: 3 a 0 para o Bayern.
Não. Jorge Jesus decidiu lutar pelo empate. Foi castigado por um golo nos acréscimos. Aliás, um golo brasileiro. Tabela entre Kelvin e Liedson (com esses nomes, só podiam ser brasileiros...) e belíssimo pontapé de Kelvin, cruzado, indefensável.
O que me chocou foi a declaração de Jorge Jesus ao final. Ao invés de reconhecer que sua estratégia fracassou, desculpou-se ao alegar que o primeiro golo do Porto foi um auto golo (gol contra) do guarda-redes brasileiro Artur.
Ora, a bola tinha a direção da meta. Artur tentou desviá-la para fora. Não conseguiu e ela entrou. Se isso é auto golo, todo golo em que o guarda-redes toca na bola antes que ela entre na meta seria auto golo.
Para uma equipa - o Benfica - que joga na próxima quarta-feira uma final da Liga da Europa, essa verdadeira acusação do treinador ao guarda-redes é desastrosa.
Mais do que isso: revela total falta de carácter.
sábado, 11 de maio de 2013
De boleiros e jornalistas
Pensar com os pés não costuma dar bons resultados.
Mas, neste caso, fico na dúvida: quais serão os mais ignorantes: os jogadores de futebol ou os jornalistas que fizeram a pesquisa e escreveram essa matéria?
Afinal, separar evangélicos de um lado e batistas de outro é samba do jornalista doido.
Ou analfabeto.
Mas, neste caso, fico na dúvida: quais serão os mais ignorantes: os jogadores de futebol ou os jornalistas que fizeram a pesquisa e escreveram essa matéria?
Afinal, separar evangélicos de um lado e batistas de outro é samba do jornalista doido.
Ou analfabeto.
(clique na imagem para ampliá-la)
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Propaganda e Verdade
Quando era menino, perguntei certo dia
a minha mãe se havia manteiga de 2ª qualidade. Na mercearia da
esquina eu só via manteiga de 1ª qualidade.
Foi meu primeiro esbarrão na
propaganda.
É evidente que propaganda é mentira.
Um dos melhores pleonasmos correntes é
o tal propaganda enganosa.
Ora, toda e qualquer propaganda é
necessariamente enganosa. Ou seria desnecessária.
Claro: estabeleceram-se certos limites
para separar a propaganda normal da enganosa.
Por exemplo, se uma propaganda afirmar
que a geleia XPTO cura o cancro, é enganosa.
Mas se afirmar que a geleia XPTO é
excelente coadjuvante no tratamento do cancro, é normal.
Mesmo que a tal geleia nada tenha a ver
com cancro.
Mesmo quando nada se diz quanto ao
produto propagandeado mas cria-se um clima que venha ao encontro dos
sonhos do consumidor, a propaganda continua a ser, em certo sentido,
enganosa. Ou seria melhor dizer, dissimuladora. O que não nos tira
do terreno da mentira.
Quanto a isso, basta lembrar das
famosas propagandas de margarina, a mostrar pequenos-almoços
idílicos, com todos os membros da família a distribuir sorrisos nos
primeiros minutos de um novo dia, em ambientes quase paradisíacos.
Uma propaganda assim seria capaz de
convencer muita gente a comer veneno.
A partir de tais reflexões, ponho-me a
pensar em como seria um mundo moderno mas desprovido de propaganda.
É facto que tal mundo é quase
impensável. Mas vamos fazer um esforço.
Ligo a TV e assisto a informações
precisas sobre todo tipo de objecto.
Quanto às margarinas, para ficar no
exemplo, fico a saber quantas calorias nos fornecem, quais os
benefícios e quais os inconvenientes de seu consumo.
Se falam de móveis, alertam para os
vários tipos de mesas e cadeiras para salas de jantar. Suas
vantagens e desvantagens. Mostram-me comparações de preços e
analisam as relações custo/benefício.
E por aí vamos.
Tudo verdadeiro. Tudo às claras.
E me interrogo:
Não seria esse mundo muito enjoado?
Um bocadinho de mentira, de ilusão, não nos faz falta?
Afinal, não é essa necessidade que dá longa vida também às religiões?
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Sobre traduções
No Antigo Testamento há um sem número
de casos de nomes atribuídos a recém nascidos em função de algum
evento associado ao nascimento deles.
Essa vinculação de nomes a
significados relacionados aos nomeados é explícita e clara no texto
original, em hebraico. Mas esse elo se perde com a tradução do
texto bíblico para outras línguas.
Um bom exemplo disso consta da
narrativa do nascimento de Isaac, filho de Abraão e de Sara.
A história é bem conhecida: Deus
resolve conceder a maternidade a Sara quando esta já é quase
centenária.
Sara, então, diz (Gênesis 21:6):
{Nota: as traduções deste versículo
para o português, várias das mais difundidas, são muito ruins. Vou
citar as menos fracas]
Versão católica:
Sara
disse: "Deus deu-me algo de que rir; e todos aqueles que o
souberem se rirão de mim."
Sociedade bíblica
britânica:
Disse
Sara: Deus preparou riso para mim; todo aquele que o ouvir, se rirá
por minha causa.
Uma
tradução melhor, ou seja, mais fiel ao original e até mais
compreensível seria:
Disse
Sara: Deus me fez algo risível: todos que souberem disso rirão de
mim.
Ou até mesmo:
Ou até mesmo:
Disse Sara:
Deus me fez algo risível; todos que souberem disso zombarão de mim.
Pra quem gosta de
modernices, poderia ser:
Disse Sara:
Deus aprontou o maior mico pra mim; quando o pessoal souber, vai me
tirar o maior sarro.
Enfim, dá pra
entender o sentimento de Sara. Mas o ponto aqui não é este.
A questão é que
pouco antes (Gênesis 21:3) ficamos a saber que o nome dado ao garoto
foi Isaac (ou Isaque).
Em português a
escolha do nome parece ter sido absolutamente aleatória.
Mas não foi.
Em hebraico,
“rirá” (com um sentido beirando o “zombará”) é יצחק,
que se
pronuncia mais ou menos assim: Itsrrac
(com “r” à moda carioca ou como o “j” do espanhol).
Ora,
o personagem que conhecemos como Isaque tem seu nome grafado, em
hebraico, exatamente assim como consta acima.
Minha
sugestão seria a de buscar-se, para esses nomes próprios, traduções
que se ligassem – em português – ao evento que evocam em
hebraico.
No
caso de Isaque, eu proporia chamá-lo, em português, de Hilário.
Missão
difícil? Claro! Quase impossível.
Ora,
mas depois que conseguiram traduzir Guimarães Rosa para o alemão,
tudo é possível.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Espiritismo, coisa de vivos.
E, às vezes, resulta.
Quando meu pai escreveu o livro Espiritismo, coisa de vivos e não de mortos, o intento dele era o de mostrar que os tais fenômenos extraordinários que costumam ocorrer em sessões espíritas eram simplesmente fraudes.
Mas, vista a coisa de outro ângulo, chega-se a conclusão não oposta mas diferente.
Comecei, agora, a me dar conta de que esse tal de kardecismo tem seu lado interessante.
Nessa onda de como é bom ser bom, muito gajo consegue mulheres que não conseguiria com outra estratégia.
No tempo em que os animais falavam e eu trabalhava, nas doces paragens da cidade de Osasco, vizinhança de São Paulo, tive um colega de trabalho que, nas horas vagas, pilotava um grupo espírita.
Não sei qual era a rotina do grupo. Apenas sei que o tal líder, com o papo que Kardec lhe emprestou, faturava a mulherada toda na maior.
Bendito seja.
Hoje percebo que ele não estava só. Há muito garanhão por aí a utilizar-se das ideias espíritas para, digamos, arregimentar fãs.
É o que se pode chamar de presença de Espírito.
E não digo mais nada para não comprometer ninguém.
Sabe-se lá o que pode fazer um espírito traído se percebe que a encarnação com que vive anda a baixar em outros terreiros?
Quando meu pai escreveu o livro Espiritismo, coisa de vivos e não de mortos, o intento dele era o de mostrar que os tais fenômenos extraordinários que costumam ocorrer em sessões espíritas eram simplesmente fraudes.
Mas, vista a coisa de outro ângulo, chega-se a conclusão não oposta mas diferente.
Comecei, agora, a me dar conta de que esse tal de kardecismo tem seu lado interessante.
Nessa onda de como é bom ser bom, muito gajo consegue mulheres que não conseguiria com outra estratégia.
No tempo em que os animais falavam e eu trabalhava, nas doces paragens da cidade de Osasco, vizinhança de São Paulo, tive um colega de trabalho que, nas horas vagas, pilotava um grupo espírita.
Não sei qual era a rotina do grupo. Apenas sei que o tal líder, com o papo que Kardec lhe emprestou, faturava a mulherada toda na maior.
Bendito seja.
Hoje percebo que ele não estava só. Há muito garanhão por aí a utilizar-se das ideias espíritas para, digamos, arregimentar fãs.
É o que se pode chamar de presença de Espírito.
E não digo mais nada para não comprometer ninguém.
Sabe-se lá o que pode fazer um espírito traído se percebe que a encarnação com que vive anda a baixar em outros terreiros?
terça-feira, 7 de maio de 2013
segunda-feira, 6 de maio de 2013
sábado, 4 de maio de 2013
Pílulas Bíblicas - 03
Resumo do início da história:
Um levita (na época os levitas eram os sacerdotes de Israel) arrumou uma concubina (os homens, naquela época, podiam ter varias mulheres). Essa o traiu, ou se encheu dele, e voltou para a casa de seus pais. Passados alguns meses, o levita foi buscá-la. Levou consigo um moço, seu servo, e dois jumentos.
Ficou alguns dias na casa do sogro e depois iniciou o caminho de volta a sua casa, levando a concubina.
Ao chegar em uma cidade (Guibea ou Gibeá) foi hospedado por um ancião que o viu na praça e o convidou para pousar em sua casa.
A partir daí eu os deixo com o texto bíblico, para que o leiam e façam o que ele, ao final, recomenda:
Pensem! Reflitam! Digam o que se deve fazer!(clique na imagem para ampliá-la)
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Pílulas Bíblicas - 02
(clique na imagem para ampliá-la)
E os gays continuam a querer ser aceitos nas igrejas cristãs. Perto da Bíblia, a homofobia (palavrinha mais mal construída...) do tal pastor Feliciano é argent de poche.
quinta-feira, 2 de maio de 2013
Pílulas Bíblicas - 01
(clique na imagem para ampliá-la)
Naqueles longínquos tempos, Deus ainda não ouvira falar de ecumenismo nem de liberdade de crença.
Modernices.
terça-feira, 30 de abril de 2013
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Soluções novas para velhos problemas
No Brasil, actualmente, discute-se a questão da idade adequada à responsabilização penal dos cidadãos.
Muito bem.
Deveríamos começar a discussão a partir da questão:
Há cidadãos no Brasil?
Mas, com isso, muitas pessoas ficariam chocadas, revoltadas, iriam revirar-se na cama antes de dormir.
Então vamos pular esse item.
Sugiramos logo a solução: as pessoas devem ser responsabilizadas criminalmente desde o nascimento.
Desse modo, um recém nascido que cometa um homicídio bárbaro, deverá sofrer as consequências.
Mas... quais consequências?
Tomar mamadeira (em Portugal diz-se biberão) só de 12 em 12 horas.
Não! dirão os adeptos de ideologias de esquerda. Afinal, o bebé é, apenas, uma vítima da iniquidade burguesa. Tornou-se assassino justamente por carência de biberão.
Além disso, os locais nos quais receberá sua dose de leite são de péssima qualidade. Neles não há nem TV a cabo.
Então tá.
Que mamem de 6 em 6 horas. Mas apenas pelo prazo máximo de 3 meses. Depois, que tudo se normalize. Ou seja: quem tem tem. Quem não tem não tem.
Já o grosso da população (ou os grossos da população, como queiram) prefere mesmo a pena de morte.
Acontece que essa mesma maioria se diz católica. Ou ao menos cristã. E, ipso facto, é contra o aborto. Ora, aborto e pena de morte para recém nascidos são coisas perigosamente próximas. Aí a discussão se embaralha. Melhor matar os recém nascidos criminosos de maneira informal, como se faz com boa parte dos adultos criminosos.
Ainda este último domingo, uma senhora revelou à Folha de SPaulo que foi estuprada aos 19 anos. Mas era no tempo da ditadura, o garoto estava subnutrido. Coisas assim. Por isso, ela é contra baixar a maioridade penal para 16 anos. Do ponto de vista lógico, perfeito!
O indivíduo estupra por estar subnutrido. Ergo, a maioridade tem de continuar nos tais 18 aninhos.
Que falta faz o Chacrinha!
Muito bem.
Deveríamos começar a discussão a partir da questão:
Há cidadãos no Brasil?
Mas, com isso, muitas pessoas ficariam chocadas, revoltadas, iriam revirar-se na cama antes de dormir.
Então vamos pular esse item.
Sugiramos logo a solução: as pessoas devem ser responsabilizadas criminalmente desde o nascimento.
Desse modo, um recém nascido que cometa um homicídio bárbaro, deverá sofrer as consequências.
Mas... quais consequências?
Tomar mamadeira (em Portugal diz-se biberão) só de 12 em 12 horas.
Não! dirão os adeptos de ideologias de esquerda. Afinal, o bebé é, apenas, uma vítima da iniquidade burguesa. Tornou-se assassino justamente por carência de biberão.
Além disso, os locais nos quais receberá sua dose de leite são de péssima qualidade. Neles não há nem TV a cabo.
Então tá.
Que mamem de 6 em 6 horas. Mas apenas pelo prazo máximo de 3 meses. Depois, que tudo se normalize. Ou seja: quem tem tem. Quem não tem não tem.
Já o grosso da população (ou os grossos da população, como queiram) prefere mesmo a pena de morte.
Acontece que essa mesma maioria se diz católica. Ou ao menos cristã. E, ipso facto, é contra o aborto. Ora, aborto e pena de morte para recém nascidos são coisas perigosamente próximas. Aí a discussão se embaralha. Melhor matar os recém nascidos criminosos de maneira informal, como se faz com boa parte dos adultos criminosos.
Ainda este último domingo, uma senhora revelou à Folha de SPaulo que foi estuprada aos 19 anos. Mas era no tempo da ditadura, o garoto estava subnutrido. Coisas assim. Por isso, ela é contra baixar a maioridade penal para 16 anos. Do ponto de vista lógico, perfeito!
O indivíduo estupra por estar subnutrido. Ergo, a maioridade tem de continuar nos tais 18 aninhos.
Que falta faz o Chacrinha!
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Sobre a Fé
É famosa a definição de fé que consta em Hebreus 11:1:
Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem
Temos, então, uma definição bíblica de fé. Daquilo que é a Fé. Inclusivamente com muitos exemplos, no próprio capítulo 11 de Hebreus.
Muito bem. Meu interesse, neste post, é pensar um bocadinho sobre algumas coisas que a Fé não é.
Nos meus tempos de Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP), meu orientador, o grande lógico Newton da Costa, costumava brincar - ele que se notabilizara mundo afora por sua tese sobre Lógicas Inconsistentes - a repetir que um de seus maiores desejos era o de provar que 2 + 2 = 5.
Mas atenção! O desejo dele era provar isso. E não, ter fé nisso. Além do mais, tratava-se de brincadeira.
Não é possível ter fé em que Lula não tenha sido presidente da República no Brasil ou que o inefável Cavaco não seja o presidente de Portugal. É apenas possível ter fé em que não voltem a ser o que já foram.
Não é possível ter fé em que a Terra seja plana. Outrora já foi possível ter fé nisso. Hoje não mais é.
Não é mais possível ter fé em que Moisés tenha escrito os livros do Pentateuco. Nem que as cartas atribuídas a Paulo sejam todas dele. Já está provado que nada disso é verdadeiro. O Catecismo diz o contrário? Pior para o Catecismo.
Enfim: não é possível ter fé em algo que já se sabe ser factualmente falso.
Maria pariu Jesus e continuou virgem. É possível ter fé nisso? É.
Há várias indicações de que isso não tenha sido facto. Mas não há prova disso. Então é possível ter fé nisso.
É possível ter fé na existência de seres extra-terrestres? Claro. Por mais mistificação que exista em torno desse tema, é possível que existam seres inteligentes fora de nosso planeta.
Quanto a mim, coloco alguma dúvida quanto à existência de vida inteligente cá na Terra...
Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem
Temos, então, uma definição bíblica de fé. Daquilo que é a Fé. Inclusivamente com muitos exemplos, no próprio capítulo 11 de Hebreus.
Muito bem. Meu interesse, neste post, é pensar um bocadinho sobre algumas coisas que a Fé não é.
Nos meus tempos de Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP), meu orientador, o grande lógico Newton da Costa, costumava brincar - ele que se notabilizara mundo afora por sua tese sobre Lógicas Inconsistentes - a repetir que um de seus maiores desejos era o de provar que 2 + 2 = 5.
Mas atenção! O desejo dele era provar isso. E não, ter fé nisso. Além do mais, tratava-se de brincadeira.
Não é possível ter fé em que Lula não tenha sido presidente da República no Brasil ou que o inefável Cavaco não seja o presidente de Portugal. É apenas possível ter fé em que não voltem a ser o que já foram.
Não é possível ter fé em que a Terra seja plana. Outrora já foi possível ter fé nisso. Hoje não mais é.
Não é mais possível ter fé em que Moisés tenha escrito os livros do Pentateuco. Nem que as cartas atribuídas a Paulo sejam todas dele. Já está provado que nada disso é verdadeiro. O Catecismo diz o contrário? Pior para o Catecismo.
Enfim: não é possível ter fé em algo que já se sabe ser factualmente falso.
Maria pariu Jesus e continuou virgem. É possível ter fé nisso? É.
Há várias indicações de que isso não tenha sido facto. Mas não há prova disso. Então é possível ter fé nisso.
É possível ter fé na existência de seres extra-terrestres? Claro. Por mais mistificação que exista em torno desse tema, é possível que existam seres inteligentes fora de nosso planeta.
Quanto a mim, coloco alguma dúvida quanto à existência de vida inteligente cá na Terra...
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Utilidade Pública
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Código da Auto-Ajuda
Às vezes alguns juristas se reúnem para elaborar um Código. Ou seja, uma compilação das leis a respeito de um determinado assunto que permita consultar toda a legislação referente ao tema em uma única fonte. Sem precisar garimpar leis e mais leis. A definição de Código é um bocadinho mais elaborada, mas fiquemos com essa ideia simples. Há Código Civil, Código Penal, Código Tributário etc etc.
Proponho a criação de um Código da Auto-Ajuda. Terá de resultar de elaboração coletiva de vários Paulos Coelhos espalhados mundo afora.
Sinto mesmo falta desse Código. Porque, atualmente, o terreno da Auto-Ajuda está confuso.
Um afirma que o verdadeiro amor não faz sofrer. Vem outro e diz que amar dói.
Um terceiro garante que a vida é bela. Vem um quarto e nos conclama a que sejamos fortes para enfrentar as amarguras da vida.
A lista é infindável.
Mas uma vez elaborado o Código toda essa ambiguidade será evitada.
E seremos estupidamente felizes. Ou felizmente estúpidos.
Proponho a criação de um Código da Auto-Ajuda. Terá de resultar de elaboração coletiva de vários Paulos Coelhos espalhados mundo afora.
Sinto mesmo falta desse Código. Porque, atualmente, o terreno da Auto-Ajuda está confuso.
Um afirma que o verdadeiro amor não faz sofrer. Vem outro e diz que amar dói.
Um terceiro garante que a vida é bela. Vem um quarto e nos conclama a que sejamos fortes para enfrentar as amarguras da vida.
A lista é infindável.
Mas uma vez elaborado o Código toda essa ambiguidade será evitada.
E seremos estupidamente felizes. Ou felizmente estúpidos.
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