Porto e Benfica jogaram entre si para, na prática, definirem o campeão da temporada.
Ao Benfica bastava um empate.
O Porto precisava da vitória.
Se Jorge Jesus, o treinador do Benfica, tivesse visto com atenção o jogo de Barcelona entre o Bayern e o Barcelona, teria aprendido uma boa lição. O Bayern havia vencido a primeira mão, em Munique, por 4 a 0. Bastava não perder por diferença de 5 golos em Barcelona. Jogou a abafar o Barcelona desde o início. Resultado: 3 a 0 para o Bayern.
Não. Jorge Jesus decidiu lutar pelo empate. Foi castigado por um golo nos acréscimos. Aliás, um golo brasileiro. Tabela entre Kelvin e Liedson (com esses nomes, só podiam ser brasileiros...) e belíssimo pontapé de Kelvin, cruzado, indefensável.
O que me chocou foi a declaração de Jorge Jesus ao final. Ao invés de reconhecer que sua estratégia fracassou, desculpou-se ao alegar que o primeiro golo do Porto foi um auto golo (gol contra) do guarda-redes brasileiro Artur.
Ora, a bola tinha a direção da meta. Artur tentou desviá-la para fora. Não conseguiu e ela entrou. Se isso é auto golo, todo golo em que o guarda-redes toca na bola antes que ela entre na meta seria auto golo.
Para uma equipa - o Benfica - que joga na próxima quarta-feira uma final da Liga da Europa, essa verdadeira acusação do treinador ao guarda-redes é desastrosa.
Mais do que isso: revela total falta de carácter.
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