Todo ano, já lá se
vão uns vinte e tal, ia eu ao Colégio Rio Branco, uma instituição
dos rotarianos em São Paulo, para assistir à entrega do prêmio
Rotary aos melhores alunos, entre eles meu filho.
Encontrava sempre meu
amigo Armando Kagueyama, muito ocupado a fotografar os dois filhos
que também invariavelmente ganhavam o prêmio.
Ao fim de uma dessas
cerimônias comentei com Armandinho em tom de brincadeira:
- Parece que o
grande mérito dos prêmios de teus filhos é teu e de tua mulher.
Afinal sempre os dois são premiados. Já em meu caso o mérito maior
é mesmo de meu filho. Minhas filhas não dão importância a isto.
Logo, a culpa não é minha. É só dele.
Lembro esse episódio
ao constatar a satisfação de muitos pais ao verem todos os seus
filhos a seguirem seus passos. Ou ao menos os passos por eles
recomendados...
Todos com profissões
que os pais admiram. Todos com as mesmas crenças religiosas.
De quem é a culpa? Ou
o mérito, tanto faz.
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