sexta-feira, 4 de abril de 2014
Mediocridade
Esse é o nome escolhido por Cláudio Giordano para seu livro de "considerações sobre a vida humana a partir de minha existência".
Giordano começa por discutir a ideia de Deus. E se declara incapaz de apostar tanto em Sua existência quanto no contrário.
Resigna-se ao agnosticismo.
Passa, então, à condição humana. E conclui pela supremacia da sociedade em face do indivíduo.
É quando se mostra revoltado pela incapacidade dos homens em submeter o egoísmo à supremacia devida ao convívio em sociedade.
A partir da afirmação do primado do coletivo sobre o individual, passa a mostrar-se o bibliófilo que Giordano sempre foi.
Aos poucos, cede a palavra a proeminentes nomes da Cultura.
E nos brinda com uma seleção magnífica e fascinante de textos que vão de Platão (Apologia de Sócrates) a Roger Scruton (Bebo, logo existo).
Aliás, termina o livro com citação desse último, a dar vaza a fina ironia:
Ao apressar a nossa morte, uma bebida não causa nenhum dano ambiental real - afinal de contas somos biodegradáveis e talvez isso até seja a melhor coisa a ser dita sobre nós.
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