quarta-feira, 16 de abril de 2014

Férias conjugais

Fiz uma pesquisa perfunctória e descobri que o inventor das férias conjugais foi Paulo, aquele, o apóstolo.

Abro parêntesis para dizer que sempre que posso utilizo a palavra perfunctória ligada a investigação, análise, pesquisa. Ela dá uma ideia de profundidade, rigor. E, vai ver, significa exatamente o contrário: superficial, ligeira.  Sugiro seu uso por políticos. Pega muito bem.  Fecha parêntesis.

No texto em que Paulo fala aos coríntios sobre casamento e virgindade (I Coríntios 7) ele diz que o ideal seria que as pessoas não se casassem. Antes que você pense que o criador do cristianismo está a liberar algo assim como sexo livre, diga-se logo que ele começa o papo com a frase: É bom ao homem não tocar em mulher. A mim ficou a dúvida: se todos os homens seguissem o conselho de Paulo, como o apóstolo providenciaria a continuidade da espécie?  Mas por sorte os homens não são lá essa maravilha...

E Paulo sabe muito bem disso. E recomenda:Todavia, para evitar a fornicação, tenha cada homem a sua mulher e cada mulher o seu marido.
E entra em detalhes: O marido cumpra o dever conjugal para com a esposa; e a mulher faça o mesmo em relação ao marido.
Um bocadinho redundante mas tudo bem. E completa: A mulher não dispõe do seu corpo; mas é o marido quem dispõe. Do mesmo modo, o marido não dispõe do seu corpo; mas é a mulher quem dispõe.
Ficou claro?
Mas agora vem a surpresa:
Não vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo e por algum tempo, para que vos entregueis à oração; depois disso, voltai a unir-vos [...] (grifos meus)


Estavam criadas as férias conjugais. A única alteração feita ao longo dos últimos séculos foi a respeito do que fazer durante elas.

1 comentário:

Anónimo disse...

de momento meu caro vc está sofrendo desse mal: está de férias conjugais, solteirinho da silva .... e quem sabe ;) kkkkkkkkkkkk...A voz do Seven ;)