quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Vitórias de Pirro e falsos encantos

E, ontem, ganhei no Euromilhões. Pena que foram € 4,49. É aquele prémio para incentivar o jogador a continuar  a jogar.
Da mesma forma como a vida nos dá pequenas alegrias cotidianas para que nos entusiasmemos a prosseguir.
A neve, por exemplo. Os flocos a cair e a paisagem a tornar-se branca nos transmitem a certeza de que é bom estar vivo.
Um cognac Martell Cordon Bleu, então, nem se fale. Deixa a gente de bem com a existência.

É certo que há a crise. Mas Portugal voltou aos mercados. Quem sabe haja luz no fim do túnel.

Por falar em túnel, para quando o final da construção do túnel do Marão? Certa vez ouvi José Carlos Barros a dizer, ele que é de Boticas:
- Nada funciona acima do Marão.
Quem sabe tudo passe a funcionar nestes Trás-os-Montes quando terminarem de furar o tal túnel.

Já os socialistas - leia-se António José Seguro - querem que o PSD governe com o programa do PS. Seguro desafiou Passos Coelho a pôr em prática a Agenda para o Crescimento e o Emprego, dos socialistas. Mas sossegou os credores internacionais dizendo~lhes claramente que caso o PS assuma o governo, honrará os compromissos do Estado português.
Ou seja, a bola deve ser quadrada, sem deixar de ser bola.
Nesse ponto, prefiro Lula que optou por governar, no Brasil, com o programa do governo anterior (Fernando Henrique Cardoso).

E também prefiro os comunistas e o Bloco de Esquerda (BE). A primeiríssima razão da minha preferência é que não há a mais remota hipótese de essa turma assumir o poder.
Depois, encanta-me a ingenuidade com que a jovem líder do BE, Catarina Martins, defende suas ideias. Cito o jornal Diário de Notícias, edição de hoje:
Jerónimo de Sousa, do PCP, desvalorizou o pedido do Governo. “Deslocaliza o problema para mais à frente quando o que se impunha era, de facto, uma renegociação da dívida”, disse. Catarina Martins, coordenadora do BE, defendeu que “uma renegociação dos termos do memorando não pode ser para prolongar mais a agonia da economia portuguesa”. “Tem de ser para haver uma reestruturação séria da dívida”, afirmou.
Cogito enviar a essa senhora uma senha para que consulte os jornais de São Paulo e Rio de Janeiro dos anos 80 e 90. Há neles montanhas de artigos da esquerda brasileira a defender a reestruturação séria da dívida, a renegociação da dívida, até mesmo - vamos logo ao extremo - o calote puro e simples.
A Jerónimo não mando palavra-passe nem nada. Já não tem mais idade para criar juízo.

Continuação!

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