quarta-feira, 7 de dezembro de 2005
Dúvida e sugestão
Combinei, com uns amigos, encontro num bar da rua Aspicuelta, Vila Madalena, São Paulo. E aí nasceu a dúvida. Aprendi no primário que o cara se chamava Aspilcueta. Fui ao Google e consultei "aspilcueta". Não deu outra:
Quem primeiro entendeu a língua que os índios falavam, abanheenga ou tupi — conhecida hoje como nheengatu, foi o padre João de Aspilcueta Navarro, que veio com o padre Manuel de Nóbrega.
Aí fui ao site História das Ruas de São Paulo e achei o que segue:
No ano de 1937, através da Lei 3.650, este logradouro foi considerado oficial pela Prefeitura e teve o seu leito incorporado ao domínio público (em conjunto com as Ruas Fidalga, Girassol e Harmonia). Na citada Lei, uma curiosidade: a Rua Aspicuelta é citada com a denominação de "Haspica". Em 1948 (Lei 3.694) a sua denominação já é citada corretamente como "Aspicuelta". Durante um curto período (no ano de 1940), ela foi conhecida também como "Rua Aspicuelta Navarro". A homenagem refere-se ao padre jesuíta João de Aspicuelta Navarro que, em companhia dos padres Leonardo Nunes, Antonio Pires e os irmãos Diogo Jacome e Vicente Rodrigues, integrou o grupo chefiado por Manuel da Nóbrega que veio ao Brasil na expedição colonizadora de Tomé de Souza. Saindo de Lisboa a 01/02/1549, chegou ao Brasil a 29/03/1550. Aspicuelta Navarro foi enviado para Porto Seguro, onde estavam os melhores intérpretes da língua Tupi, como escreveu o historiador Varhagem. Navarro aprendeu a língua da terra com facilidade por ser conhecedor do Euskara. Em carta de 28 de maio de 1550, ele informou já ter traduzido a "Criação do Mundo", a "Crença" e os demais artigos da fé e outras orações, especialmente o "Padre Nosso". Aspicuelta Navarro faleceu no dia 30 de abril de 1557.
Vai daí, como os caras não entram em acordo se o dito padreco era Aspilcueta ou Aspicuelta, sugiro ficarmos com a denominação anterior a 1948: Haspica. Parece-me que tal nome resulta do fato de que se tratava de rua onde muitos homens se encontravam pra bater papo e pra pegar mulher. Como desde aquele tempo os paulistas já comiam os esses, eles falavam As pica, ao invés do correto As picas.
Fosse essa rua lá na minha terra, seria Os Car@%$&%.. Deixa pra lá.
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