sábado, 7 de maio de 2005

Thiaguinho não. Thiago de Mello.


O Wilton, do blog Quitanda do Chaves, reproduz, em um post, os Estatutos do Homem, de Thiago de Mello.
Lá por volta de 1.965 ou 66, montei uma peça teatral com texto que era uma colcha de retalhos de tudo que eu andava a ler na época, imitando os espetáculos tipo Opinião, Liberdade, Liberdade etc etc. Tinha Vinicius, Drummond, Bandeira, o diabo. E tinha Thiago de Mello. E seus Estatutos do Homem. Eram, aliás, o ponto apoteótico da coisa toda. Foram muitos ensaios e uma apresentação um tanto canhestra para um público errado, no auditório do Colégio Baptista Brasileiro, em São Paulo.
Depois do fim de tudo, minha mãe me contou que conhecia o tal de Thiago de Mello. Fiquei surpreso. Ela explicou:
Nos idos de 1.935, recém casada com meu pai, fora morar em Manaus, Amazonas, tudo porque meu pai não queria ser um pastor baptista qualquer, queria ser missionário em lugares inóspitos.
Pois bem. Na Igreja Baptista de Manaus minha mãe conheceu a mãe de Thiago de Mello, na época um garoto. Mais: ganhou dele uma pequena pintura, escolhida entre seus primeiros esboços de arte.
- Pois é, disse minha mãe, era um quadro do Thiaguinho.
E eu, já aflito:
- Mãe. E onde anda esse quadro.
- Ah, filho. Acabei jogando fora em alguma mudança.

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