terça-feira, 17 de maio de 2005

O Google e o Bazar


Fico aflito com as pesquisas que trazem o pessoal até meu blog. Quase sempre, o que o cidadão procura não tem nada a ver com o que eu escrevo. Imagino a enorme frustração do indivíduo ao chegar a meu Bazar. Hoje, por exemplo. Um esforçado colegial (ou terá sido um renomado pesquisador acadêmico? Um autor de samba-enredo? Um ?) colocou no Google a seguinte interrogação:
qual é o coletivo de médicos?
Veio parar aqui. É justo, isso? Só porque eu já falei em coletivo (dos presos, no Presídio Tiradentes) e já falei de médicos.
Então resolvi colaborar. Afinal, qual é o coletivo de médicos?
Primeiro, depende. Se o médico tem seu consultório já montado, clientela estabelecida, coisa e tal, nada de coletivo. Ele anda é de carro próprio mesmo. Mas se é daqueles médicos em começo de carreira, trabalhando em cinco hospitais ao mesmo tempo, aí então, haja coletivo. É metrô, ônibus, o scambau. Só não anda de bonde porque não existe mais (escrevo em São Paulo, lembra?).
Alguém poderia conjecturar: o coletivo de médico é hospital. Errado. Hospital tem um monte de médicos, é verdade. Mas também tem fisioterapeutas, enfermeiros etc – os tais paramédicos – funcionários administrativos, esparadrapo e por aí vai.
Pronto. O coletivo de médicos pode ser estraga-prazeres.
Não, isso não é coletivo. Isso é definição.
Sei lá. Acho que vou pesquisar no Google.

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