sábado, 25 de agosto de 2012

Poema erótico

Neste blog, costumo só postar textos de minha autoria. Mas acontece que ando um tanto ocupado com leituras que consomem quase todo meu tempo. Por serem leituras referentes à Bíblia, ocorreu-me que poderia publicar aqui alguns textos tirados dela.
Penso que isso possa ser útil a muitos leitores, pois apesar de a maioria ser cristã poucos terão tido a ideia de ler o Livro.

Como tudo que diz respeito a sexo atrai a atenção de muita gente, comecemos com um poema erótico:


Quão formosos são os teus pés nos sapatos, ó filha do príncipe! Os contornos de tuas coxas são como jóias, trabalhadas por mãos de artista.

O teu umbigo como uma taça redonda, a que não falta bebida; o teu ventre como montão de trigo, cercado de lírios.

Os teus dois seios como dois filhos gêmeos de gazela.

O teu pescoço como a torre de marfim; os teus olhos como as piscinas de Hesbom, junto à porta de Bate-Rabim; o teu nariz como torre do Líbano, que olha para Damasco.

A tua cabeça sobre ti é como o monte Carmelo, e os cabelos da tua cabeça como a púrpura; o rei está preso nas galerias.

Quão formosa, e quão aprazível és, ó amor em delícias!

A tua estatura é semelhante à palmeira; e os teus seios são semelhantes aos cachos de uvas.

Dizia eu: Subirei à palmeira, pegarei em seus ramos; e então os teus seios serão como os cachos na vide, e o cheiro da tua respiração como o das maçãs.

E a tua boca como o bom vinho para o meu amado, que se bebe suavemente, e faz com que falem os lábios dos que dormem.

Eu sou do meu amado, e ele me tem afeição.

Vem, ó meu amado, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias.

Levantemo-nos de manhã para ir às vinhas, vejamos se florescem as vides, se aparecem as tenras uvas, se já brotam as romãzeiras; ali te darei os meus amores.

As mandrágoras exalam o seu perfume, e às nossas portas há todo o gênero de excelentes frutos, novos e velhos; ó amado meu, eu os guardei para ti.





(Bíblia, Antigo Testamento, tradução Almeida, corrigida e revisada, Cântico dos Cânticos, capítulo 7)

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