terça-feira, 27 de março de 2012

Mistério sem mistérios


Ontem, um amigo nos punha a par das novidades de um caso banal, mas nem por isso desinteressante.
Um cidadão bem situado socialmente, casado há muitos anos com uma mulher daquelas de deixar os amigos com inveja, descobriu recentemente que era corneado havia já um par de anos, ou mais.
Nas suas confissões a esse nosso amigo, confissões destinadas a aliviar a dor de corno, mostrava sua perplexidade diante da insensibilidade da (ex-)mulher:
- Eu sempre lhe dei de tudo. Comprava-lhe vestidos e mais vestidos. Nunca nada lhe faltou!
O final da história parece demonstrar que, sim, algo faltou.

Hoje, ao pequeno-almoço, pensava eu no infeliz. Meu cérebro ainda boiava em sonolência quando tive um insight:
Volta e meia leio informações a respeito da impotência masculina e os números são assustadores. Fala-se sempre em percentuais de 25 a 50% de indivíduos com disfunção eréctil.
Ora, já vivi 67 anos. Isso é tempo pacas. Já ouvi relatos de segredos de alcova de vários amigos.
Pois bem: não me recordo de ninguém ter confessado a mim, fora uma ou outra desculpável brochada, que padecia de impotência.

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