sábado, 11 de fevereiro de 2012

O amanhã de cada um


Um dos melhores escritores que já li, J. Rentes de Carvalho - do alto de seus quase 82 anos - escreve hoje em seu blog:

Gostaria, mas não me é dado esperar amanhãs.

De minha parte, gostaria que Rentes estivesse errado. E que continuasse a escrever durante muitos anos.

Lembrei-me, então, de meu cunhado, o matemático Maurício Matos Peixoto, de quem já falei aqui neste blog algumas vezes.
Na época em que completava seus 80 anos, Maurício começou a construir, com minha irmã de cúmplice, uma casa em seu sítio de Petrópolis, Rio de Janeiro.
Na ocasião, pensei:
Incrível, um homem resolver construir uma casa, para nela morar, aos 80 anos!

Ele a construiu e a utiliza prazerosamente há 10 anos, pois já comemorou seus 90 anos, na mais absoluta lucidez e trabalhando intensamente.
E se o cálculo de probabilidades não estiver errado, tem tudo para curtir sua casa de Petrópolis durante mais tempo do que eu terei para me deliciar com Bragança.
Eu, que não pretendo bater as botas tão cedo.

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