segunda-feira, 3 de janeiro de 2005
Da morte de minha avó
Estas paredes de pedra são o que sobrou da casa em que minha avó paterna viveu em Passos. Antes de viver nessa casa com o marido Zé Grande (que já trouxe três filhos do Brasil e teve mais três filhas com minha avó), minha avó teve meu pai e meu tio Agripino. O pai de meu pai? Bem, meu avô, feitos dois filhos em minha avó, foi-se ao Brasil e é outra história. Meu pai, logo que pôde, mandou-se também ao Brasil. Lá tornou-se evangélico. Virou pastor baptista. Quando o irmão o notificou da morte da mãe, escreveu a meu tio Agripino manifestando seu pesar por ter sido chamado um padre para oficiar o sepultamento de vovó. Contam minhas primas Zelinda e Dora que meu tio Agripino, tomado de perplexidade, comentou:
- Com que caralho queria que a enterrasse!
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