sábado, 28 de março de 2015

Naufrágio anunciado


José Sócrates Carvalho Pinto de Souza, conhecido simplificadamente por José Sócrates, foi primeiro-ministro de Portugal por pouco mais de seis anos (2005 - 2011).
Detido agora por fraude fiscal, corrupção e branqueamento de capitais (/lavagem de dinheiro) passou a ser citado nas investigações, não sem alguma ironia, como José Pinto de Souza.

Ao deixar o cargo de primeiro-ministro decidiu refugiar-se em Paris e fazer estudos de Filosofia. Mas o estilo luxuoso que adotou nessa sua etapa parisiense despertou a atenção da Justiça portuguesa.
Até aí nada de novo.
Agora surgem informações novas que conseguem surpreender-me, malgrado meus vetustos anos.

Em Paris, Pinto de Souza (poupemos o antecessor grego) resolveu escrever um livro.
Passou das intenções à ação – ação essa que logo detalharemos – e mandou editar seu livro, sob o título “A Confiança no Mundo – Sobre a Tortura em Democracia”.

Fica-se agora a saber que Pinto de Souza organizou, valendo-se de correligionários e amigos, uma compra de seus próprios livros com seu próprio (será?) dinheiro. Seus cúmplices nessa empreitada iam a uma livraria e diziam:
“Quero o livro do Sócrates”.
O vendedor apanhava o livro e o comprador acrescentava:
“Mas quero cem exemplares”.
Conseguiu “vender” vinte mil exemplares.
Agora a cereja do bolo: ele pagou a um professor universitário para que escrevesse o livro. E já encomendara uma segunda obra.

Assombra-me a carência afetiva dessa criatura.


Não foi à toa que, na condução dos destinos de Portugal durante mais de seis anos, ele quase levou a nau portuguesa a pique.

Sem comentários: