José Sócrates
Carvalho Pinto de Souza, conhecido simplificadamente por José
Sócrates, foi primeiro-ministro de Portugal por pouco mais de seis
anos (2005 - 2011).
Detido agora por fraude
fiscal, corrupção e branqueamento de capitais (/lavagem de
dinheiro) passou a ser citado nas investigações, não sem alguma ironia, como José Pinto de
Souza.
Ao deixar o cargo de
primeiro-ministro decidiu refugiar-se em Paris e fazer estudos de
Filosofia. Mas o estilo luxuoso que adotou nessa sua etapa parisiense
despertou a atenção da Justiça portuguesa.
Até aí nada de novo.
Agora surgem
informações novas que conseguem surpreender-me, malgrado meus
vetustos anos.
Em Paris, Pinto de
Souza (poupemos o antecessor grego) resolveu escrever um livro.
Passou das intenções
à ação – ação essa que logo detalharemos – e mandou editar
seu livro, sob o título “A Confiança no Mundo – Sobre a
Tortura em Democracia”.
Fica-se agora a saber
que Pinto de Souza organizou, valendo-se de correligionários e
amigos, uma compra de seus próprios livros com seu próprio (será?)
dinheiro. Seus cúmplices nessa empreitada iam a uma livraria e
diziam:
“Quero o livro do
Sócrates”.
O vendedor apanhava o
livro e o comprador acrescentava:
“Mas quero cem
exemplares”.
Conseguiu “vender”
vinte mil exemplares.
Agora a cereja do bolo:
ele pagou a um professor universitário para que escrevesse o livro.
E já encomendara uma segunda obra.
Assombra-me a carência
afetiva dessa criatura.
Não foi à toa que, na
condução dos destinos de Portugal durante mais de seis anos, ele
quase levou a nau portuguesa a pique.
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