segunda-feira, 9 de junho de 2014

Das limitações da Linguagem

Reza a tradição de minha família que uma tia, cujo nome preservo, viu-se em tempos à volta com a impossibilidade de expressar algo que com ela se passava.
Aos factos:
Ocorreu ter a mencionada tia sido  vítima de um problema qualquer que lhe afetou um dos olhos.
Ao pensar em qual seria o modo adequado de comunicar a seus próximos o mal que a incomodava, viu-se diante de dilema:
- Se digo que estou com problema nos olhos, pensarão que tenho os dois olhos enfermos, o que não é verdadeiro.
- Caso diga eu, então, que tenho problema no olho, corro o risco de pensarem que falo do olho do cu.


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