Reza a tradição de minha família que
uma tia, cujo nome preservo, viu-se em tempos à volta com a
impossibilidade de expressar algo que com ela se passava.
Aos factos:
Ocorreu ter a mencionada tia sido vítima de um problema qualquer que
lhe afetou um dos olhos.
Ao pensar em qual seria o modo adequado
de comunicar a seus próximos o mal que a incomodava, viu-se diante
de dilema:
- Se digo que estou com problema nos
olhos, pensarão que tenho os dois olhos enfermos, o que não é
verdadeiro.- Caso diga eu, então, que tenho problema no olho, corro o risco de pensarem que falo do olho do cu.
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