domingo, 6 de julho de 2008
Cassetada nos fatos
A sra. Bia Abramo, que escreve aos domingos na Folha de S.Paulo sobre TV, costuma cometer atentados contra a língua portuguesa aproveitando o clima de impunidade reinante em Pindorama.
Neste domingo, resolveu mudar de vítima. E feriu gravemente a história do Casseta & Planeta, programa fúnebre das noites de terça-feira na TV Globo.
Ensina a mestra:
O "Casseta" surgiu do "TV Pirata", que, por sua vez, é a aventura televisiva do "Planeta Diário", semanário que mudou os parâmetros de humor nos anos 80. De alguma maneira, todas as produções dessa linhagem inverteram a equação do humor a partir do final dos anos 70. Retomando, de certa forma, a esculhambação do "Pasquim", o "Planeta Diário" revolve o humor político em sentido quase que oposto ao da imprensa de resistência e, de quebra, revela um sentido de comicidade das contradições do cotidiano brasileiro, de forma menos edulcorada, mais "da rua" que seus antecessores.
(Assinante Folha ou UOL lê a íntegra aqui.)
Seja lá o que a moça quis dizer com essa ladainha gongórica, a questão é que a origem do programa de TV Casseta & Planeta é o jornal Planeta Diário mas é – também – a Casseta Popular.
O humor do Planeta Diário era bastante diferente do produzido pela revista Casseta Popular. Era muito mais sofisticado. A Casseta Popular fazia um humor mais grosseiro, ainda que nem sempre ruim.
Com a ida dos dois grupos para a TV, predominou, claro, o tipo de humor da Casseta Popular.
Antes de escrever, dona Bia podia ler, ao menos, este resumo da Wikipedia. Afinal, os atentados dominicais que ela perpetra são reproduzidos em mais de 400.000 exemplares da Folha.
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