terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Os portugueses e o rigor na linguagem


Hoje foi dia, entre outras coisas, de comprar uma televisão. Uma prima que mora em Braganca nos indicou uma loja no centro da cidade e lá fomos nós.
Ao entrarmos na loja - cheia de televisores - fomos logo atendidos por um senhor bastante simpático e solícito.
Disse eu:
- Quero comprar uma televisão.
E ele, para minha surpresa:
- Não trabalhamos mais com televisões. Agora só com LCD [pronúncia: élcedê, nada de élecedê].

Noves fora esse pequeno contratempo, conseguimos comprar a televisão (perdão, o LCD), não sem antes aumentarmos nossa cultura com uma completíssima aula sobre LCDs, plasmas e quejandos.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Consoada feliz


Hoje, dia de Consoada, fomos às compras. O apartamento ainda precisa de um tudo: vassoura, detergente pra máquina de lavar loucas (é pra lavar pratos, coisas assim. Não pra lavar dementes do sexo feminino. Lembre que este mini-mini-computador não dispõe de c cedilha).
Mas, antes de mais nada, uma foto tirada da varanda da sala: meio dia e meia, muito sol, temperatura amena, uns 12 graus centígrados. Ao fundo, lá na Espanha, as serras da zona da Sanábria, cobertas de neve.


Passamos em casa de primos em Braganca e em seguida fomos à aldeia (Passos, claro), à casa da prima Zelinda. Um delicioso presunto, uma pinguinha (vinho feito em casa) e uma boa conversa. Mas não ficamos para a consoada por medo de que, à noite, a estrada ficasse coberta de gelo.
Amanhã voltaremos à aldeia para o almoco de Natal.

Alguns comentários:

1. O Asulado adverte: o correto não é "o aeroporto fica em Maia"; o certo é "o aeroporto fica na Maia". É assim que vou aprendendo.

2. O Bic Laranja lembra: sobre estradas de Portugal o especialista é o Manuel Campos Vilhena. Eu já tinha pensado nele quando escrevi. Mas já era tarde, estava com sono e fiquei com preguica de fazer a referência. Faco-a agora.

3. Aliás, já é tarde de novo. Agorinha mesmo tive de interromper a redacão deste post porque a Baixinha me pediu para ajudá-la a empurrar um móvel de um quarto até a cozinha, local que ela considera mais apropriado para o dito cujo. Isso lá é coisa que se faca à primeira hora do dia de Natal?!?!

Acho bom ir dormir.

Bom Natal a todos.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Braganca - o início


O vôo, sábado à noite, saiu de Guarulhos - acredite quem quiser - rigorosamente no horário. E chegou ao Porto 35 minutos antes do previsto. A temperatura da manhã de domingo estava acima dos 10 graus centígrados e o sol magnífico. Céu sem uma nuvem. Foi entrar no carro e partir para Braganca. Ao longo do percurso (pela A4, depois pelo IP4), ainda alguma neve na beira da estrada. A temperatura chegou a bater em zero, mas - felizmente - nada de gelo na pista.
Já em Braganca, check-in no hotel e almoco no Gôndola.
Uma soneca à tarde, que ninguém é de ferro e jantar no - vejam só - Sabor Brasil.
Hoje, segunda-feira, tomar posse da nova morada e partir para as providências básicas: comprar talheres, alguns pratos, poucos copos, uma infinidade de pequenas necessidades em uma residência. Cama, mesa e algumas cadeiras o antigo proprietário teve a bondade de deixar para nosso uso.
Hoje ainda dormiremos no hotel. Amanhã inauguramos a nova residência.
Fica o registro feito às 11 e pouco da manhã de hoje, da janela do hotel: o céu azul, uns fiapos de névoa em vale próximo.



Observacões irrelevantes:

1. Desta vez, trouxe comigo meu computador minúsculo. Não consigo achar nele o c cedilha.

2. O aeroporto de São Paulo não fica em São Paulo. Fica em Guarulhos. O aeroporto do Porto não fica no Porto. Fica em Maia.

3. As estradas, em Portugal, são classificadas em hierarquia que não domino. Há, em primeiro lugar, as Auto Estradas, as "A"s. Penso que, em seguida vêm os "IP"s, Itinerários Principais. Há, ainda, os "IC"s, Itinerários Complementares, as "EN"s, Estradas Nacionais e sabe-se mais o que.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Segue o enterro


Outro dia, minha chefe (sim, eu tenho uma chefe. Maravilhosa, por sinal [ela lê o blog].) falava ao telefone e usou essa expressão, em substituição a algo do tipo paciência, vamos em frente.
Gostei.
E, dada a crise global que se abate sobre todos nós (ou quase todos, sejamos rigorosos), nada como repetir aos quatro ventos:
- Segue o enterro.
Em assim sendo, logo depois de chegar à minha terra (pra quem não sabe: Bragança, Portugal) vou começar a disparar fotos e comentários sobre o inverno mais rigoroso dos últimos 20 anos.
Pra quem, como eu, já passou dos 60, esse negócio de o mais qualquer coisa dos últimos vinte anos não impressiona. É pouco.
Aguardem.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Rumo à Terra Prometida


Próximo sábado, a esta hora, estarei começando a voar para o Porto. Dia seguinte, Bragança.
Começa neste finalzinho de ano um período de transição que, espero, deve durar uns dois aninhos. Ou seja, um pé aqui, outro lá.
Sabe aquela piada do português preso numa cela em frente à cela de um leproso?
O hanseniano (esse é o termo politicamente correto) cada dia jogava fora um dedo.
O português foi ao diretor do presídio e denunciou:
- Meu vizinho está a fugir aos poucos.
Pois é isso: vou aos poucos fugindo deste Egito em busca da Terra Prometida.
É certo que lá não jorra leite e mel. Mas o bagacinho é garantido.
Moisés não entrou na Terra Prometida. Hoje a garotada diria que morreu na praia. Mas foi no deserto, mesmo.
Jeová, em quem não acredito – mas sabe-se lá – me concederá alguns aninhos a curtir meu nordeste trasmontano.
Como dizia aquela paródia:
Segura na mão de deus e vamo que vamo.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Da série O Brasil acabou - XI


Quando saio de casa de manhã posso escolher entre dois caminhos para ir ao trabalho. O mais curto é mais sujeito a congestionamentos. O outro, mais longo, raramente apresenta problemas de tráfego.
Hoje de manhã, como o caminho mais curto estivesse todo parado, resolvi ir pelo outro. Nele, ando boa parte em sentido contrário ao do trânsito intenso. Aliás, é por isso que ele é mais desimpedido.
Entrei em uma rua de duas mãos, rua estreita, de prédios residenciais. No sentido em que eu ia tudo estava livre. No sentido contrário, uma fila interminável de carros, deslocando-se lentamente.
Vai daí, um automóvel resolveu sair da fila e vir em minha direção pela contra-mão.
Eu poderia ter deslocado meu carro bem para a direita para dar passagem ao malandro. Mas achei aquilo um desaforo (não só comigo mas principalmente com os demais carros que iam no sentido contrário ao meu). Parei, ele parou em frente a meu carro e assim ficamos durante uma fração de minuto.
Do automóvel transgressor não se via nada dentro. Como já tornou-se regra de poucas exceções, em São Paulo, os vidros eram todos negros, opacos.
Lembrei-me de alguns casos recentes de motoristas que mataram a tiros outros motoristas, até mesmo pelo banal motivo de um ter reclamado do outro piscando os faróis.
Pensei que, em pouco tempo, estarei livre desta barbárie que aqui se instalou.
Desviei o carro e fui em frente. O outro, triunfante, acelerou na contra-mão.

Mais tarde, durante o almoço, fiquei sabendo, pela TV, da invasão de um Pronto-Socorro por estudantes de medicina bêbados.

Não tenho mais dúvidas. Nós, os brasileiros, perdemos a capacidade de conviver em sociedade.
Daqui pra frente, salve-se quem puder.
Espero poder.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Japonês impecável


O pecador acaba sendo você. Pecado da gula, claro. Trata-se do restaurante japonês que começou a funcionar há coisa de menos de dois meses, em São Paulo.
Fica em lugar distante dos centros gastronômicos mas - sorte minha! - pertinho de minha casa.


Se eles mantiverem o nível inicial, já já não se consegue mais lugar pra jantar. Isso apesar de serem três os ambientes disponíveis: terraço externo (mas coberto com vidro), salão principal e mezanino.
Que fique claro que não ganhei nem um mísero sashimi pra falar bem do Tadashii. Aliás, eles nem sabem que eu existo, apesar de já ter estado lá duas maravilhosas vezes. Mas você pode entrar de cabeça no rodízio (o preço varia conforme o dia da semana e entre almoço e jantar, mas é algo tipo 40 reais, pouco mais pouco menos). O único arrependimento possível será o de ter comido demais.
Fica longe da sua casa?
A Esfiha Juventus também fica longe da minha e eu costumo ir até lá.
Comer bem não mede distâncias.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Mordam-se de inveja


A coluna de hoje da Mônica Bergamo , na Folha de S.Paulo, tem duas notas assim, ó:


DÁ UM TEMPO
Acendeu a luz amarela entre executivos da Telemar que negociam a compra da Brasil Telecom. Um dos conselheiros da Anatel já avisou informalmente que pode pedir vistas do processo que autoriza a negociação entre as duas empresas, em reunião que deve acontecer até o dia 18.

NO BOLSO
Se isso acontecer, a Telemar terá que pagar R$ 490 milhões aos acionistas da Brasil Telecom. A multa foi estipulada para o caso de o negócio não fechar até o fim de dezembro.


Recapitulando: a Anatel tem cinco conselheiros (veja aqui).

Se qualquer um deles pedir vistas do processo, vão 490 milhões de reais pelo ralo.
Não é que os conselheiros tenham de fazer nada irregular. Simplesmente pedir vistas do processo, atitude a que eles têm direito.

Ora, arredondando, 1% de 490 milhões costuma ser 5 milhões.

Dado o número de conselheiros, estamos falando de 5% para salvar os 100%.

Tudo limpo, redondinho.

Um dos conselheiros, segundo a coluna, já avisou informalmente que vai pedir vistas.

Humm, humm.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Mais especulações


Não sou praça de cidade do interior mas tenho cá minhas fontes luminosas.
Uma delas, mais por dentro que unha encravada, confidenciou-me:

Não. Esse mandato 69 não emplaca. Por que?
Na época do mensalão, Lula safou-se graças a uma negociação com a oposição, capitaneada por FHC. Não lhe cassariam o mandato, permitiriam sua reeleição mas o preço a pagar seria abrir caminho para Serra-2.010.
Lula aceitou de bom grado. Além de não ter alternativa, Lula sabia que depois da bonança vem a tempestade, ou seja, mais cedo ou mais tarde viria a crise financeira e econômica.
Ficará para Serra a carne de pescoço da crise. Na eleição de 2.014, Lula terá a faca e o queijo nas mãos, com comparações entre os números de seu governo e os do governo Serra. Eleito, encontrará o país com economia saneada.
A partir do acordo, Lula começou o processo de destruição pró-Serra em São Paulo: eliminou Mercadante, agora eliminou Marta.
Dilma? Receberá alguma recompensa por se prestar ao papel de fantoche.


A conferir.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Mandato 69


A ideia de José Alencar, atual vice-presidente, candidatar-se a presidente em 2.010 tendo Lula como vice, ou seja, uma espécie de candidatura 69, me parece uma excelente ideia.
Logo depois da posse, Alencar se afastaria por motivo de saúde (todo mundo sabe que ele tem doença grave) e pronto: Lulla lá, de novo.

Gosto da ideia por alguns motivos:

1° - É engenhosa;
2° - O Brasil se livra de ter a Dilma como Presidente;
3° - O Brasil se livra de ter o José Serra como Presidente;
4° - O Brasil se livra de ter o Aécio Neves como Pósidente;
5° - Espero já não residir no país quando tudo isso acontecer.

Uma dúvida: algum constitucionalista pode me dizer se, além de tudo, esse arranjo não poderia incluir, em 2.014, a reeleição do Lulla?

terça-feira, 25 de novembro de 2008

De perdas


Agora à noite sentei-me pra terminar uma dose de Grappa e me dei conta: deixei meu dente lá.
, no caso, é o consultório do meu dentista. Fui extrair um dente, hoje à tarde.
Terminado o trabalho, o dentista mostrou-me o dente, ensangüentado. Disse qualquer coisa sobre ter ele mais raízes do que o normal, algo assim (meu dentista é japonês de pouquíssimas palavras).
Meu deus. Quantas coisas fui perdendo ao longo da vida. Bibliotecas, uma levada pelos militares que me prenderam, outra dividida com ex-mulher, na separação.
Discos, nem se fala. Quantos foram distribuídos em razão de mudanças, ou sem razão.
Móveis, até automóveis. Perdi um sem número de coisas.
E também amigos, empregos, lugares que me eram caros.
Como fui deixar meu dente lá?!
Devia tê-lo trazido comigo. Arranjaria para ele um cantinho aconchegante, aqui em casa. Afinal, ele convive comigo (conviveu, devo dizer agora) desde a infância.
De vez em quando, ao passar por ele, daria uma piscadela cúmplice:
- E aí, companheiro?
E ele me retribuiria do alto de suas raízes já sem função, aposentadas.
Poderíamos trocar ideias. Quem sabe ele clareasse as minhas.
Prepararia para ele um lugar especial. Um nicho. Assim como fazem as pessoas com as nossas (delas) senhoras. Com os santos.
Não. Deixei-o lá. Ao abandono. Com certeza foi ao lixo. Parte de mim.
Antes de mim.

sábado, 22 de novembro de 2008

Os trapalhões

MUSSUM: CLIQUE PARA ASSISTIR

foto tirada daqui.



A já famosa Operação Satiagraha, da Polícia Federal (ou talvez seja melhor dizer: de uma das facções da Polícia Federal), envolve personagens tais como o juiz De Sanctis e o promotor De Grandis.

Com esses nomes e com as confusões que gerou, teria sido melhor chamá-la Operação Mussum.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Avaliação profissional


Em 1.974, depois de curtir um tempinho de tranca (como inquilino no Presídio Tiradentes) e depois de voltar à docência na USP e perceber que o mar ainda não estava pra peixe, resolvi – finalmente – curvar-me diante da dura realidade: fui trabalhar em empresa, em computação, única coisa que eu conhecia e que dava algum dinheiro. Foi difícil encontrar uma empresa que desse emprego a um cassado político, mas alguma coisa sempre se salva: a Promon Engenharia me contratou.
Trabalhar em empresa, como quase todo mundo sabe, tem como efeito colateral ser avaliado de tempos em tempos pelo chefe de plantão.
O meu, na época, era daquele tipo que se recebesse um memorando de um superior mandando que ele pulasse da janela do décimo andar não titubeava: pulava.
Vai daí, o sistema de avaliação adotado pela empresa naquelas priscas eras consistia em cada um – subordinado e chefe – responder a um mesmo questionário a respeito das qualidades ou defeitos do subordinado. A segunda etapa era uma reunião dos dois para comparar os resultados.
Sentei-me diante do DFL (era a sigla do meu chefe) e começamos a comparar as notas dadas por nós dois em cada quesito.
Surpreendentemente, as notas coincidiam em quase todos os itens.
A exceção era no capítulo “Capacidade de vender ideias aos outros”.
Ele me dera nota alta. Eu me atribuíra nota bem baixa.
Começamos a discutir sobre a discrepância. Por meio de alguns exemplos factuais, foi fácil convencê-lo de que eu estava certo: tinha baixa capacidade de vender ideias aos outros.
Mais do que depressa ele tratou de alterar para baixo a nota alta que me concedera.

Foi aí que observei:
- Acabamos de passar por uma situação em que demonstrei forte capacidade de convencimento do outro. Você comprou minha ideia integralmente.

A reunião acabou por aí. Até hoje não sei que nota ele finalmente adotou para esse item da minha avaliação.

Combustível para a imaginação

E porque hoje é sexta-feira, deliciem-se com as fotos de
Chema Madoz.
(sugestão do Pé de meia)



CLIQUE NO OLHO MÁGICO

domingo, 9 de novembro de 2008

A ilha engraçada


Circula na Internet um áudio, supostamente de programa ao vivo em uma rádio de São Paulo, no qual o locutor pergunta a um ouvinte, por telefone:
- Vamos ver se você acerta: nome de país com duas sílabas; uma delas se refere a algo bom para comer.
E o gaiato responde:
- Cuba!
O locutor, meio sem graça:
- Parabéns pela criatividade. Mas aqui na minha ficha consta como resposta certa “Japão”.

Pois é. Cuba permite piadas sem fim.

É verdade que tem gente que chora, quando vai lá. Tipo Zé Dirceu, por exemplo.

É verdade, também, que se o povo, lá, vive parcamente, há espertos, aqui, ganhando algum dinheirinho com o tema. Fernando Morais, por exemplo.

Agora, início da Era Obama, muita gente ressalta a presumível importância da atitude do novo presidente em relação à ilha de Fidel.

Isso me lembra um episódio lá do final da década de 80. Uma amiga minha, esquerdista habitante de Higienópolis (*), visitou Cuba. Na volta, levei-a à casa de minha mãe, que a conhecia desde pequena.

Minha família sempre teve, em política, uma queda pela direita. Afinal, são quase todos batistas. Minha amiga sabia disso.

Na conversa com minha mãe e o restante da família não parou um instante de ressaltar as virtudes de Cuba. Aquela história de sempre: saúde, educação etc etc.

No caminho de volta à casa dela, segredou:

- Elogiei bastante Cuba porque tua família é de direita. Mas a verdade é que aquilo é um favelão.

(*)tradução, para os leitores portugueses: Higienópolis está para São Paulo assim como Cascais para Portugal.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

De máquinas


Alguém já disse que o italiano é que é feliz: pode chamar qualquer calhambeque de macchina.
Também me parece que o italiano é o único povo que sabe torcer, na Fórmula 1: torce pela Ferrari, não pelo piloto. Ainda que o campeonato seja principalmente de pilotos.
Não entendo bulhufas de automobilismo, mas os que entendem afirmam que o carro é algo como 70 ou 80 por cento do resultado. Ao piloto, sobram parcos 20 ou 30 por cento.
Pode-se discutir esse percentual, mas todos concordam em que o determinante é a macchina.
Talvez por mera coincidência, 2008 ficará marcado pelas vitórias quase concomitantes de dois negros: Lewis Hamilton, na F-1, e Barack Obama, para a presidência dos USA.

Em ambos os casos, exaltam-se as personalidades.
Em ambos os casos, o determinante é a máquina.