domingo, 9 de novembro de 2008

A ilha engraçada


Circula na Internet um áudio, supostamente de programa ao vivo em uma rádio de São Paulo, no qual o locutor pergunta a um ouvinte, por telefone:
- Vamos ver se você acerta: nome de país com duas sílabas; uma delas se refere a algo bom para comer.
E o gaiato responde:
- Cuba!
O locutor, meio sem graça:
- Parabéns pela criatividade. Mas aqui na minha ficha consta como resposta certa “Japão”.

Pois é. Cuba permite piadas sem fim.

É verdade que tem gente que chora, quando vai lá. Tipo Zé Dirceu, por exemplo.

É verdade, também, que se o povo, lá, vive parcamente, há espertos, aqui, ganhando algum dinheirinho com o tema. Fernando Morais, por exemplo.

Agora, início da Era Obama, muita gente ressalta a presumível importância da atitude do novo presidente em relação à ilha de Fidel.

Isso me lembra um episódio lá do final da década de 80. Uma amiga minha, esquerdista habitante de Higienópolis (*), visitou Cuba. Na volta, levei-a à casa de minha mãe, que a conhecia desde pequena.

Minha família sempre teve, em política, uma queda pela direita. Afinal, são quase todos batistas. Minha amiga sabia disso.

Na conversa com minha mãe e o restante da família não parou um instante de ressaltar as virtudes de Cuba. Aquela história de sempre: saúde, educação etc etc.

No caminho de volta à casa dela, segredou:

- Elogiei bastante Cuba porque tua família é de direita. Mas a verdade é que aquilo é um favelão.

(*)tradução, para os leitores portugueses: Higienópolis está para São Paulo assim como Cascais para Portugal.

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