domingo, 26 de abril de 2015

Da liberdade


Pois. Contam-me as primas de Passos de Lomba, Vinhais, que meu saudoso primo Abílio tinha lá suas manias.
Quando o médico de família recomendava que fizesse tal ou qual exame, comparecia ao posto de saúde para o realizar.
Perguntado se estava em jejum havia ao menos oito horas, respondia que sim. Minutos antes de sair de casa comera à grande.
Valia também o inverso. Garantia estar empanturrado quando isso era exigido pelo exame. Estava em jejum.
Morreu, como todos nós o faremos.
Mas morreu livre.

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