A corrupção empolga os leitores de jornais. Mas não deveria ser assim. Isso se tudo obedecesse à razão. Ocorre que a emoção, em geral, predomina.
Por que digo isso? Porque se um governante embolsa um montão de dinheiro mas faz a felicidade da nação, bem feito está. É simples: o Maluf, por exemplo, é acusado de ter embolsado centenas de milhões de dólares durante seus governos na cidade e no estado de São Paulo, Brasil. Ora, o orçamento da cidade de São Paulo, para 2.011, era de mais de 35 mil milhões (no Brasil se diz 35 bilhões) de reais. Algo da ordem de 20 mil milhões de dólares. Logo, a taxa - digamos assim - cobrada por Maluf, teria sido coisa em torno de 1 ou 2 ou 3% do orçamento anual da cidade. E olha que ele governou o estado de São Paulo todo e a cidade por vários anos. Se me perguntassem o que eu achava de pagar a alguém para gerir minha vida económico-financeira, durante vários anos, míseros 3% de minha renda de um ano, eu não teria dúvida: se ele fizer uma excelente gestão, negócio fechado!
Portanto, uma avaliação séria das gestões de Maluf à frente da prefeitura e do governo de São Paulo só depende da análise dos benefícios ou malefícios que ele trouxe à colectividade paulista durante seus períodos de mando.
Ah!, mas há o lado moral disso tudo.
Sim, no confessionário talvez Maluf tenha sido orientado no sentido de rezar um certo número de Ave-Marias. Mas, agora, já não mais estamos no terreno da política.
Política não é lugar para moralistas.
Voltaremos ao tema.
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