sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007
Siglas
O PFL, Partido da Frente Liberal, nasceu com esse nome graças a uma das muitas maravilhas existentes nas entranhas de nossas leis eleitorais. Os fundadores queriam chamar a coisa de Frente Liberal. Acontece que a lei exigia que o nome começasse pela palavra Partido. Foi a mesma lei que obrigou o famoso Movimento Democrático Brasileiro (MDB) a virar PMDB.
Nossas leis são assim: tão fantásticas quanto quase tudo neste imenso país.
Vai daí, como há males que vem pra bem, o PFL, cuja força maior sempre residiu no nordeste, ficou com uma sigla que soa péssima no sul/sudeste (pê éfe éle) mas é perfeita no norte/nordeste: PÊFÊLÊ.
Eis que agora, dado que inexistem problemas maiores na política nacional, o Pêfêlê resolveu voltar-se para uma questão magna: mudar de nome.
E surge o PD, acho que é Partido Democrata. Mas podia ser Partido do Demo, com sua ambigüidade reveladora da própria alma da organização.
Demo é o capeta, Demo é o povo.
Como em português a pronúncia da nova sigla resvala para significados escatológicos pouco edificantes, é melhor pensá-la em inglês, PIDI.
Pidi, voltando ao nordeste, serve bem aos desígnios da agremiação: vamo pidi isso, vamo pidi aquilo.
Se você preferir, pode encarar PD como abreviação de Pay Day (ops), dia de pagamento, que logo nos remete a mensalão, afinal de contas uma das faces do objetivo último e único de toda essa estrutura.
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