Em meu caso não há paradoxo. Aquiles vence a corrida com a tartaruga.
Aquiles é o conhecimento, o saber.
A tartaruga sou eu.
A tartaruga sou eu.
Ao tornar-me português, quis passar a usar a língua portuguesa em sua modalidade europeia. Escrever como português. Falar como português.
Não é tarefa simples. Percebi isso já nos Correios, ao me perguntarem se desejava Aviso de Receção. Pensei logo que seria alguma advertência em relação à crise de 2.008. Despendi algum esforço até perceber que se tratava do popular AR (Aviso de Recebimento).
Não desisti. Passei a escrever "facto" para referir-me não a roupa mas a acontecimento.
Aí, cá em Portugal, ratificaram o tal Acordo Ortográfico. Quase tudo passou a ser escrito como no Brasil Quase.
Quase todos os opinadores e politólogos continuaram a utilizar a grafia antiga. Quase.
Não é tarefa simples. Percebi isso já nos Correios, ao me perguntarem se desejava Aviso de Receção. Pensei logo que seria alguma advertência em relação à crise de 2.008. Despendi algum esforço até perceber que se tratava do popular AR (Aviso de Recebimento).
Não desisti. Passei a escrever "facto" para referir-me não a roupa mas a acontecimento.
Aí, cá em Portugal, ratificaram o tal Acordo Ortográfico. Quase tudo passou a ser escrito como no Brasil Quase.
Quase todos os opinadores e politólogos continuaram a utilizar a grafia antiga. Quase.
E eu fiquei como o guarda-redes traído pelo contrapé: ao inclinar-se para um lado vê a bola entrar no outro.
Ou, ainda em metáfora de futebol: senti-me como aquele defesa brasileiro. Veio jogar na Itália. Não aprendeu italiano e esqueceu o português.
Ou, ainda em metáfora de futebol: senti-me como aquele defesa brasileiro. Veio jogar na Itália. Não aprendeu italiano e esqueceu o português.
Hoje é o dia da língua portuguesa.
Qual delas?
Qual delas?
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