A luta de classes saiu de moda. Afinal, é mesmo cada vez mais difícil definir o que seja "classe". Mais ainda fazer com que lutem umas contra as outras.
Vai daí, é preciso descobrir novas formas de pôr setores da sociedade em conflito.
Qualquer coisa serve.
Há negros e brancos? Joguemos uns contra os outros. Como a escravidão já vai um tanto longe no passado, que tal lançar a ideia de cotas que privilegiem negros a pretexto de que até aqui foram injustiçados?
Há homossexuais e heterossexuais? Lancemos no ar a ideia de combate à homofobia. Os homossexuais já têm largo espaço na sociedade? Já são até nicho cobiçado pelo marketing? Não faz mal. Ainda é possível colocar em luta os dois grupos. Basta atuarmos fortemente na busca desse objetivo.
Há homens e mulheres? Vamos explorar a identidade de gênero.
Nessa vertente, o Bloco de Esquerda (BE), em Portugal, lançou-se destemidamente.
Considerando que não há mais guerras, não há terrorismo, não há fome no mundo, não há mais problemas reais, lancemo-nos aos problemas imaginários.
Até há pouco, Portugal identificava seus cidadãos por meio do BI (Bilhete de Identidade). De uns anos para cá, surgiu o Cartão do Cidadão, a reunir em um só documento a identidade civil, o número de contribuinte, o número da segurança social e o número de utente de saúde. Pode ser manipulado em computador e guarda, sob senha, informações como a morada do indivíduo.
Para o BE o importante é que o nome desse documento gera uma indesculpável discriminação das mulheres. E exige que a denominação seja alterada para Cartão da Cidadania.
Menos mal.
Se estivéssemos sob o governo Dilma, no Brasil, a "presidenta" exigiria: Cartão do Cidadão para homens, Cartã da Cidadã para mulheres e Cart d Cidad para @s demais.
Dessa maneira chegaremos inevitavelmente ao socialismo. Isso quanto aos homens.
As mulheres chegarão à socialisma. Etc etc.
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