Quando saí do Presídio
Tiradentes, lá no distante ano de 1.973, me dei conta do absurdo: eu
conhecia mais a história da União Soviética do que a do Brasil.
Sabia mais sobre Lênin e Trotsky do que sobre José Bonifácio e
Cipriano Barata.
Resolvi mudar isso. E
comecei pela leitura de “O que se deve ler para conhecer o Brasil”
de Nelson Werneck Sodré. Apesar de milico e marxista, Sodré foi um
grande historiador.
Ainda tenho, entre as
folhas de minha 4ª edição, de 1.973, o resumo de seis páginas
datilografadas que fiz a partir da leitura do livro. Mas, como Sodré
mesmo afirma, o essencial se resume a três obras: Casa Grande &
Senzala, de Gilberto Freyre, Formação do Brasil Contemporâneo, de
Caio Prado Jr. e Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda.
Quem não leu ao menos
essas três nada sabe sobre Brasil.
Aliás, a coisa mais
comum é lerem-se comentários sobre o brasileiro como “homem
cordial” que deixam a nu o facto de que os respectivos
comentaristas jamais passaram perto de Raízes do Brasil (obra que em
algumas bibliotecas brasileiras é catalogada entre os livros de
botânica).
Oh! tempos, oh!
Costumes. Tudo isso é passado.
Para conhecer o Brasil,
agora, faça o seguinte:
Vá ao You Tube,
assista ao vídeo em que Rafinha Bastos entrevista Whindersson Nunes.
São só oito minutos. Não sabe quem é Rafinha? Isso não faz
diferença. O importante é conhecer Whindersson.
Depois que você já
souber o básico sobre ele, faça uma pesquisa com o nome dele no
próprio You Tube e assista a algum de seus vídeos.
Pronto. Você acaba de
conhecer o Brasil.
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