Antigamente dizia-se que o seguro morreu de velho.
Não parece ser o caso no Portugal de hoje.
O Bloco de Esquerda (BE) convidou o Partido Comunista (PCP) e o Partido Deixa-Que-Eu-Seguro (também conhecido como Partido Socialista (PS) ) a prepararem o programa de um governo de esquerda.
Resultado: não foi possível nem sequer fazer uma primeira reunião. O PS recusou-se a conversar. Parece que também o PCP fugiu da ideia. Afinal, a esquerda é, antes de tudo, As Esquerdas. Caciques os há sempre aos magotes. Índios são mais raros. Fora o pequeno detalhe de que "programa de governo de esquerda" é círculo quadrado. (Quase) toda gente sabe que o poder é como o violino: toma~se com a esquerda e toca-se com a direita.
O inefável Cavaco clamou, então, ao PS que se acertasse com os partidos que compõem o actual governo (PSD e CDS) para a formação de um governo de "salvação nacional".
Seguro acaba de informar à nação que o entendimento para tanto não foi possível.
Pelo que se viu até aqui, António José Seguro não se sente seguro nem à esquerda nem à direita.
Tudo indica que só lhe voltará a coragem de governar quando lhe derem o governo inteirinho.
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